Texto de: PARMAGNANI, Jacob José. O oratório do padre. In: Revista da Academia Pelotense de Letras, Pelotas, Educat, volume 1, número 1, 2005, p. 84-85.
O oratório do padre
Todos os povos do oriente e do ocidente, mesmo aqueles reputados como selvagens, tiveram seus lugares destinados à oração, ao culto. Construíram para isso, templos com os maiores requintes da técnica e da arte, então conhecidos: Fenícios, Egípcios, Gregos e Romanos, povos orientais da Índia, da China e do Japão. Os templos são as testemunhas concretas de uma avançada civilização. A Bíblia nos relata a magnificência do Templo de Salomão, rei dos israelitas. Cumpre-se até hoje o que disse o sábio grego:
“O homem é um animal religioso”.
Não me recordo do nome desse homem dotado de espírito de observação que constatou ser a religiosidade foi a característica do povo português. Os navegadores e exploradores dos mares levavam consigo um ou mais sacerdotes. O primeiro ato público social na nova terra descoberta por Cabral, foi uma santa missa e o erguimento de uma cruz.
Na época da colonização do Brasil, quando era formado um núcleo ou povoado, no meio era erguida logo uma ermida. Crescendo o número de habitantes, construía-se uma capela. Quando o povoado atingia mais importância, um sacerdote permanente preparava a criação da paróquia. Era o curato. Passados um ou dois anos, talvez mais, mediante Portaria do Bispo Diocesano, era criada a paróquia.
Porém, nas extensas fazendas, longe dos povoados, não havia essa evolução de ser organizado o lugar e o serviço do culto. Então, os fazendeiros construíam seus oratórios ou mesmo destinavam para isso uma das dependências da “casa grande”. Poucas vezes o sacerdote passava por essas fazendas. Quem presidia os atos religiosos era o dono da fazenda ou a sua esposa.
Uma história da Igreja (de vários autores) da Editora Vozes de Petrópolis, como à dissemos, deu o nome de “familismo”, a esse fenômeno de religiosidade familiar.
Foi muito válido, visto que supria suficientemente a uma grande deficiência.
O padre Sílvio Giocondo Dall’Agnol em seu livro “Capão do Leão”, referindo-se ao Oratório do Padre Doutor, escreveu:
Este oratório foi o primeiro templo católico da Diocese de Pelotas. Serviu interinamente de sede da freguesia de São Francisco de Paula. Quem o construiu foi o Padre Doutor Pedro Pereira Fernandes de Mesquita, lá pelos idos de 1780 a 1800. os parentes do Padre Doutor venderam todas as propriedade ao Barão de Santa Tecla.
Quando foi criada a paróquia de São Francisco de Paula (1812) e o Padre Doutor faleceu, esse oratório ficou em quase desuso, desativado. O local foi adaptado para a residência do caseiro. Mas uma pia batismal foi conservada intacta. Sobre essa pia o Padre Doutor administrou o sacramento do Batismo a muitas pessoas. E assim termina o Frei Sílvio:
Esta Pia Batismal é a primeira fonte de vida cristã da Diocese. Nela lavra-se um valioso documento identificatório: a Certidão do Batismo. Você, leitor, possui e conhece bem o seu conteúdo? A Certidão de Nascimento nos faz cidadãos de uma Pátria; a Certidão de Batismo nos faz filhos da Igreja.
O oratório do padre
Todos os povos do oriente e do ocidente, mesmo aqueles reputados como selvagens, tiveram seus lugares destinados à oração, ao culto. Construíram para isso, templos com os maiores requintes da técnica e da arte, então conhecidos: Fenícios, Egípcios, Gregos e Romanos, povos orientais da Índia, da China e do Japão. Os templos são as testemunhas concretas de uma avançada civilização. A Bíblia nos relata a magnificência do Templo de Salomão, rei dos israelitas. Cumpre-se até hoje o que disse o sábio grego:
“O homem é um animal religioso”.
Não me recordo do nome desse homem dotado de espírito de observação que constatou ser a religiosidade foi a característica do povo português. Os navegadores e exploradores dos mares levavam consigo um ou mais sacerdotes. O primeiro ato público social na nova terra descoberta por Cabral, foi uma santa missa e o erguimento de uma cruz.
Na época da colonização do Brasil, quando era formado um núcleo ou povoado, no meio era erguida logo uma ermida. Crescendo o número de habitantes, construía-se uma capela. Quando o povoado atingia mais importância, um sacerdote permanente preparava a criação da paróquia. Era o curato. Passados um ou dois anos, talvez mais, mediante Portaria do Bispo Diocesano, era criada a paróquia.
Porém, nas extensas fazendas, longe dos povoados, não havia essa evolução de ser organizado o lugar e o serviço do culto. Então, os fazendeiros construíam seus oratórios ou mesmo destinavam para isso uma das dependências da “casa grande”. Poucas vezes o sacerdote passava por essas fazendas. Quem presidia os atos religiosos era o dono da fazenda ou a sua esposa.
Uma história da Igreja (de vários autores) da Editora Vozes de Petrópolis, como à dissemos, deu o nome de “familismo”, a esse fenômeno de religiosidade familiar.
Foi muito válido, visto que supria suficientemente a uma grande deficiência.
O padre Sílvio Giocondo Dall’Agnol em seu livro “Capão do Leão”, referindo-se ao Oratório do Padre Doutor, escreveu:
Este oratório foi o primeiro templo católico da Diocese de Pelotas. Serviu interinamente de sede da freguesia de São Francisco de Paula. Quem o construiu foi o Padre Doutor Pedro Pereira Fernandes de Mesquita, lá pelos idos de 1780 a 1800. os parentes do Padre Doutor venderam todas as propriedade ao Barão de Santa Tecla.
Quando foi criada a paróquia de São Francisco de Paula (1812) e o Padre Doutor faleceu, esse oratório ficou em quase desuso, desativado. O local foi adaptado para a residência do caseiro. Mas uma pia batismal foi conservada intacta. Sobre essa pia o Padre Doutor administrou o sacramento do Batismo a muitas pessoas. E assim termina o Frei Sílvio:
Esta Pia Batismal é a primeira fonte de vida cristã da Diocese. Nela lavra-se um valioso documento identificatório: a Certidão do Batismo. Você, leitor, possui e conhece bem o seu conteúdo? A Certidão de Nascimento nos faz cidadãos de uma Pátria; a Certidão de Batismo nos faz filhos da Igreja.
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