terça-feira, 8 de maio de 2012

Aspectos geográficos de Capão do Leão


Área: 784.716 km²
Coordenadas geográficas: Localiza-se a uma latitude 31º45'48" sul e a uma longitude 52º29'02" oeste
População: aproximadamente 27 mil habitantes.
Relevo: altitude média de sete a vinte e um metros acima do nível do mar. No conjunto, o Município apresenta dois cenários diferentes: a planície de várzea (isto é, com solo predominantemente úmido), sobretudo no distrito do Pavão e nas zonas do Campus da UFPel, Jardim América, Loteamento Zona Sul e Parque Fragata, também na região do distrito da Hidráulica na área limítrofe ao município de Pelotas; a serra granítica, que se inicia nas proximidades do Horto Florestal, em uma das suas extensões, e às margens do Arroio São Pedro, em outra. O perímetro da sede municipal (Teodósio, Centro e vilas menores) encontra-se no vale entre estas duas elevações. Ambas apresentam oscilações de largura entre 1 a 4 km, 12 a 18 km de comprimento e entre 100 a 200 metros de altitude. Ponto mais alto: Cerro das Almas – 221 metros de altitude. O conjunto de elevações (serras) de Capão do Leão se estende até os limites do município com Morro Redondo, Cerrito e Pedro Osório, fazendo parte da chamada “Serra dos Tapes”, esta por sua vez, integrante do agrupamento das “Serras do Sudeste Rio-Grandense” ou “Escudo Uruguaio-Sul-Rio-Grandense”.
Clima: subtropical; média anual 17,7 oC.
Pluviosidade: de 1.000 a 1.500 milímetros anuais. Período comum das chuvas: maio a agosto. Período comum da estiagem: novembro a março.
Vegetação: de forma genérica “Campos” ou “Bioma Pampa”. De modo particular, segue a lógica do relevo:
·         Nas planícies: vegetação hidrófila, juncáceas e ciperáceas, gramíneas de solo úmido, arbustos baixos e medianos;
·         Nas elevações (serras): também gramíneas, porém maior ocorrência de galerias arbustivas (exemplo: corredores de amaricás), vegetação de mata subtropical (sobretudo, na encosta dos morros) e capões e caponetes de matos (concentração de arbustivas em solos de predominância de gramíneas).
·         Vegetação exógena[1]: regiões que tiveram o plantio do eucalipto australiano, da acácia e da araucária, para fins de produção de lenha. Exemplo típico: áreas do Horto Florestal, Parque Fragata e Cerro do Estado.
Hidrografia: abundantes recursos de água doce, fazendo parte da “Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim”, esta por sua vez inserida no grande grupo da “Bacia do Leste Rio-Grandense”:
·         Canal São Gonçalo, que liga a Laguna dos Patos à Lagoa Mirim;
·         Rio Piratini, limite natural com o município de Arroio Grande;
·         Arroios: Fragata ou Moreira, Padre Doutor, São Tomé, Pavão, São Pedro, Itaita, Palma, Quilimaco, Ávila, das Pedras, Contrabandista, Taquara. Sangas: da Brigadeira, das Traíras, da Coxilha Florida e o “Sangão” do Jardim América. Nota: a tipologia não é científica, porém resultado da denominação popular através do tempo, dado que, por exemplo, o Arroio São Pedro apresenta, em certos lugares, uma profundidade de 40 a 60 centímetros somente e, a Sanga das Traíras, chega a ter três metros de profundidade, próximo ao seu encontro com o São Gonçalo.
·         Ilha fluvial: no encontro do Canal São Gonçalo e do Rio Piratini, existe a “Ilha do Pavão”.
·         Açudes: desde pequenos reservatórios naturais a açudes de maior comprimento e profundidade, contam-se cerca de 30 em todo o território do município.


[1] No caso trata-se de espécies que não são típicas da região.

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente, professor. De muito valia para minhas aulas. Obrigado.

Manuel Padeiro disse...

O Sangão do JA não é um braço do Padre Doutor?

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