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terça-feira, 26 de maio de 2015

Almanaque de Pelotas do ano de 1862 - Introdução

Detalhe do texto do almanaque sendo reproduzido na edição da "A Opinião Pública" de 13 de Setembro de 1910
Encontrei esse texto que creio que seja o integral numa pesquisa que fiz em 2009 no Centro de Documentação & Obras Valiosas da Bibliotheca Pública Pelotense, em Pelotas no jornal "A Opinião Pública" do conjunto do ano de 1910. Naquela ocasião, eu estava fazendo uma pesquisa sobre outro tema, mas tive a surpresa de encontrar esse texto, que logo, de imediato, considerei importante, justamente por não saber de nenhuma fonte que citasse a existência deste almanaque. Transcrevo aqui neste blog para uso público e novas pesquisas. SÓ PEÇO A GENTILEZA DA CITAÇÃO DA FONTE.

Resumidamente, o almanaque de Pelotas de 1862 foi criado e editado por um sujeito de nome Joaquim Ferreira Nunes, dono de uma tipografia na cidade naquela época. Na introdução do almanaque, o sujeito em questão fala que iria apresentar tão somente um almanaque e deixaria a "folhinha" para anos subsequentes. Explico isso, por que o tal almanaque lembra muito um guia comercial e de endereços gerais. Não há textos mais abrangentes, pois ele fala na introdução que iria juntar pequenos artigos literários, poesias, anedotas, enigmas, etc., mas isso não foi reproduzido na "A Opinião Pública". Minha suposição é que nesta primeira edição deste almanaque, isso ficou de fora, pois ele trata o conceito de almanaque como uma espécie de guia geral mesmo. E digo na primeira edição, pois ele deixa claro também esse detalhe na introdução. Isto é, em 1862 foi a primeira vez que ele conseguiu trazer à tona a ideia de um almanaque de Pelotas.

IMPORTÂNCIA: o sujeito listou praticamente tudo o que havia em Pelotas na época: o corpo de membros da Igreja, as irmandades religiosas leigas, o poder judiciário, a guarda, os comércios, as empresas, os hotéis, as charqueadas, o correio, as escolas, a administração pública, a coletoria de impostos, etc. É como se fosse um censo político e comercial da cidade. Ele aponta quem é responsável pelo quê, onde mora, com a rua e algumas vezes (não todas) o número da casa.

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