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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Rebelião em Fernando de Noronha


"De Fernando de Noronha escreveram ao Diario de Pernambuco:

Em 29 de julho, ás 9 1/2 horas da noite, um grupo de sentenciados, considerados incorrigiveis e intrigados com todas, assassinou o galé perpetuo (escravo) Josias, que era tido aqui por um dos mais terriveis.

O exm. sr. director providenciou como o caso exigia, sem que comtudo pudesse verificar qual o responsavel pelo assassinato.

A 19 de agosto, o mesmo grupo, não satisfeito ainda d'aquelle acto de barbarismo, pelo qual já havia soffrido castigo aconselhado em taes emergencias, assassinou igualmente aos sentenciados Miguel Barbosa e Joaquim Muniz Falcão, conhecido por Munbebo, e praticou muitos outros ferimentos.

Esses tres delictos com todas as suas circumstancias aggravantes, deram causa a haver aqui um certo panico, tanto mais se dizia que outros crimes seriam commettidos. Resultou d'isto conservarem-se os animos em geral sempre em apprehensões atterradoras."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 28 de Setembro de 1885, pág. 02, col. 02

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