O Novo Potencial da Pedreira
Em 1996, após anos de gradual paralisação das atividades da Pedreira concernentes ao D.E.P.R.C. e as normais aposentadorias, o número de servidores encontrava-se reduzido a 22 trabalhadores. Em reportagem do jornal “Folha da Cidade”, de Rio Grande, é exposto a situação de total abandono do setor e o fato de os funcionários terem que se ocupar com a limpeza e a manutenção do local apenas. Isto é, funções para as quais não foram contratados. Nos dois anos seguintes, através do programa de demissão voluntária do Governo do Estado, o número de funcionários diminui ainda mais. Parte dos que ficaram foram cedidos a escolas estaduais, ocupando-se em serviços de vigilância[1].
O que se tornou realidade é que a Pedreira do Cerro do Estado não iria mais ser explorada por uma autarquia pública. No máximo, os serviços de limpeza e guarda ainda subsistiriam. A partir de então, a Pedreira, por seu incontestável legado cultural, econômico e histórico passou a ser vista pela comunidade através de uma nova ótica: o seu potencial turístico.
A elevação granítica de cerca de 125 metros de altitude possui excelentes paisagens naturais, relevante conjunto patrimonial de valor histórico, além de não estar numa zona deveras afastada do centro municipal. Algumas iniciativas de resgate histórico e de valorização cultural da área foram surgindo a partir do ano 2000. Em 2004, ocorreu a primeira edição da festividade “Sonho de Natal” – evento realizado em dezembro com várias atrações musicais e artísticas, incluindo a encenação de um auto comemorativo. No carnaval deste mesmo ano, o G.R.E.S. Formandos da Pedra (que é oriundo da comunidade do Cerro do Estado) apresentou nos desfiles de Carnaval da cidade um enredo com tema alusivo à Companhia Francesa na Pedreira. Estudos da Faculdade de Arquitetura da UFPel e trabalhos de consultores independentes já apontaram a evidente potencialidade turística do local, bem como atividades de extensão da Emater buscaram desenvolver o trade turístico na comunidade. O Departamento Municipal de Cultura, Desporto e Turismo propôs a realização de um trilha de trekking aproveitando o antigo traçado da linha férrea entre o Teodósio e o Cerro do Estado. Em 2009, vinte e seis turistas provenientes de Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul, em excursão promovida pela Terrasul Viagens visitaram o lugar, em atividade realizada em parceria com a Casa de Cultura Jornalista Hipólito José da Costa, pelo projeto “Agentes Locais de Turismo”. Inúmeras articulações na esfera político-institucional têm sido feitas nos últimos anos, almejando cada vez mais a exploração racional e democrática deste espaço de tanta significância para a História de Capão do Leão.
é bem legal este tipo de incentivo para nossa cidade, pois capão tem muito potencial, para o turismo e esportes, e pode atrair muitas pessoas que procuram algo mais na vida.
ResponderExcluirParabens Joaquim pelo belo texto publicado, cara sou um apaixonado pelos cerros do Capão do Leão, se puderes faça um matéria com a história do Cerro das Almas pois este local me fascina muito!! abraços!!
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