Ficou famosa a sobriedade de D. Pedro II em matéria de comida. Seu prato predileto era a canja; mas nem só de canja vive o homem. Qualquer que fosse o cardápio, o Imperador comia depressa, como quem se despacha de um dever incômodo. E um narrador antimonarquista das coisas do Império chegou a contar que os camaristas viviam esfomeados, por falta de tempo para comer, e o Visconde de Itapagipe, o mais estimado deles, "trazia sempre provisões na algibeira".
Entre o Conde d'Eu, de apetite aberto para as delícias que Deus nos deu, e o Imperador, o contraste, na viagem militar ao Rio Grande do Sul em 1865, para assistir à rendição dos paraguaios em Uruguaiana, surge mais de uma vez.
No dia 27 de agosto, perto do arroio de Santa Bárbara, nas proximidades de Caçapava, conta o Conde: "a boa dona de casa encontra meio de acrescentar ao churrasco uma galinha cozida e uma tigela de pirão, massa de farinha de mandioca, sem sal, que eu acho sem sabor, mas que o Imperador declara deliciosa".
Mas nesse tempo o Imperador estava na força da vida, Depois... tinha tanto fastio de tudo, a começar por governar, que nem mais de canja gostava... Foi-se embora sem briga...
Fonte: COSTA FILHO, Odylo. Pequena história do Brasil guloso. In: Manchete, Rio de Janeiro/RJ, edição 235, 20 de Outubro de 1956, pág. 33.
Shalom Professor. Não sei se estou fazendo a pergunta no lugar certo. Todavia o senhor poderia me informar a respeito do sobrenome Ha-Kohen? O que significa esta 'Ha' antes do Kohen? Pesquisei em vários lugares e não achei o significado desse Ha. Tenho vários ancestrais antigos com este sobrenome. Obrigado e Abraçõs!
ResponderExcluirA partícula "Ha" simplesmente é algo como "isso é" em iídiche. Explicando, é uma palavra que reforça o sentido do substantivo que o acompanha. Somente isso. É uma variante com o mesmo sentido.
ResponderExcluirGrato pela visita ao blog!