De Serinhaem escrevem ao Diario de Pernambuco de 22 do passado:
"Na distancia de quatro kilometros, ao sul d'esta villa e em terras do engenho Tinoco, appareceu no cimo do monte Gruta dos mortos a raiz de uma arvore, que deita pequenas gottas d'agua potavel, de cinco a cinco minutos.
É avultado o numero de pessoas que vão diariamente visitar aquelle logar, onde todos estudam a causa e decidem pelos effeitos, prorompendo em alta vozes: - É um milagre!
O espectador ou romeiro, ao approximar-se, detem os passos pela multidão de objectos esparsos que lhe attrahem a vista e chamam a attenção. Aquelles objectos (muletas, pannos, etc.) pertenceram a doentes, que se restabeleceram pelo toque d'aquella agua na parte affectada.
Commove e encanta ao observador aquellas columnas de novos levitas, umas succedendo ás outras, todas silenciosas, com a fronte curva e de instante a instante ouvindo-se o nome do glorioso Santo Amaro, que é proferido com a fé do verdadeiro christão."
Fonte: GAZETA DE NOTICIAS (Rio de Janeiro/RJ), 10 de Janeiro de 1887, pág. 02, col. 04
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