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sexta-feira, 31 de julho de 2020

Esteva Rodrigues Maldonado


"Registro mortuario

Falleceram no Livramento:

D. Esteva Rodrigues Maldonado, esposa do sr. Marcellino Maldonado, e o antigo morador d'aquella cidade, sr. Manoel Rodrigues Junior, portuguez e estabelecido com marcenaria.

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Morreu em Bagé o cidadão Vicente Ferreira Malhado, antigo carcereiro da cadêa civil.

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Em Montevidéo falleceu o sr. José Fermin Ortega, corretor de cereaes e antigo collaborador da imprensa da capital.

(...)"

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 04 de Janeiro de 1893, pág. 02, col. 02

Sobrenome Madeira


"MADEIRA - Sobrenome português toponímico, isto é, nome de lugar. Também pode ter sido primitivamente alcunha. Etimologicamente vem do latim 'materia', derivado de 'mater', porque matéria e madeira eram consideradas as substâncias da qual é feita a máter, 'o tronco e a essência'.

Os Madeira acham-se em tempo do rei Dom Dinis. Parece estar o seu solar em São João da Madeira, no julgado da Feyra."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 20 de Agosto de 1993, pág. 02

Sobrenome Arrais


"ARRAIS - Primitivamente foi alcunha e significa 'chefe de embarcação'. É árabe. Também se escreve Arraes. Dizem que, no Tejo (século XIV), D. Henrique II de Castela, após o ajuste de paz com D. Fernando, de Portugal, que viera em barca guiada por um cavaleiro da corte bem trajado, aquele teria elogiado: 'Fermoso Rey, formosa barca, formoso Arraes'. Esta seria a origem do sobrenome (conforme Guerios). Henrique II reinou de 1369 a 1379.

Personalidades: Antonio Arrais foi escritor venezuelano, nascido em 1903; Frei Amador Arrais, escritor e religioso português (1530-1600); no Brasil temos o político Miguel Arraes."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 01 de Julho de 1990, pág. 03

Sociedade Padre Cacique


"Sociedade Padre Cacique

Está fundada n'esta capital a utilitaria associação sob o título acima e que se destina a ser a continuadora do benemerito sacerdote Joaquim Cacique de Barros, desde o momento em que a morte venha paralysar a obra philantropica d'esse incançavel apostolo da caridade, ou que outro impedimento porventura lhe impossibilite a acção bemfazeja.

São, portanto, fins da sociedade:

Sustentar e educar orphãs desvalidas;

Recolher e sustentar mendigos e decrepitos;

Criar e educar creanças abandonadas.

Os estatutos da humanitaria corporação prescrevem que as orphãs e as creanças serão instruidas de modo que possam vir a ser uteis a si e á humanidade; os mendigos e decrepitos serão sempre tratados com desvelo, e todos os beneficiados d'esta sociedade serão dirigidos segundo os principios da religião catholica, quanto possivel, isto é, salva a tolerancia para os adultos.

Estes beneficios a sociedade iniciará, como dissemos acima, no momento opportuno, tomando esta direcção dos Asylos já existentes de Santa Thereza e de Mendicidade, devendo observar os regulamentos dados pelo mencionado fundador e promoverá quanto antes a realisação da vontade do mesmo, quanto a estabelecer-se, n'esta cidade, um asylo para creanças.

Qualquer pessoa poderá ser admittida como socio, seja qual fôr sua religião, sexo, nacionalidade e estado, contanto que goze de bom conceito.

São obrigações dos associados:

Pagar de entrada uma joia de 10$000 para patrimonio da sociedade;

Pagar a annuidade de 12$000, no minimo, por trimestres adiantados, que se contarão de janeiro, abril, julho e outubro.

O socio que fizer donativo de 300$000 ficará isento da annuidade.

São considerados socios fundadores os que assignaram os estatutos e as pessoas que actualmente contribúem para a manutenção dos referidos asylos existentes.

Os estatutos alludidos estabelecem mais o seguinte:

A administração superior da sociedade é confiada presentemente ao seu presidente vitalicio revd. padre Joaquim Cacique de Barros, e na sua falta a um conselho administrativo escolhido pelo mesmo sacerdote, e composto do seguinte pessoal, devendo, porém, o presidente ser, em todas as eleições, sacerdote secular brasileiro, residente n'este Estado, ou de outro Estado, em falta.

Presidente - Padre Joaquim Cacique de Barros.

Secretario - José Pedro Alves.

Thesoureiro - Conego dr. José Gonçalves Vianna.

Conselheiros - Dr. Rodrigo d'Azambuja Villanova, Achylles José Gomes Porto Alegre, dr. Fausto de Freitas e Castro, José Luiz Moura de Azevedo.

Supplentes dos conselheiros - Luiz Lara Fontoura Palmeiro, João Damasceno Vieira Fernandes, commendador José Baptista Soares da Silveira e Souza, Julio Pacheco de Castro, Leopoldo Masson, Gonçalo Henrique de Carvalho.

Membros da commissão fiscal para verificação das contas:

General Catão Augusto dos Santos Roxo, Manoel Py, Estacio Francisco Pessoa.

Este conselho funccionará por 6 annos a contar do dia em que tomou a si a direcção da sociedade."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 25 de Maio de 1892, pág. 02, col. 02