O acto foi precedido de uma sessão de assembléa geral dos accionistas, na qual se elegeu o conselho fiscal.
Grande foi a concorrencia ao acto inaugural, achando-se representados o alto commercio, artes e industria, imprensa e funccionarios civis e militares.
Funccionavam no grande estabelecimento tres fornos, um grande e dois pequenos, contendo aquelle o vidro fundido e prompto a ser manufacturado, e os outros destinados a facilitar os retoques.
São empregados na fabrica, além de grande numero de meninos, 15 operarios francezes, peritos na especialidade e contractados em Buenos-Aires.
O vidro é derretido e preparado em cadinhos collocados dentro de um grande forno, ao centro da fabrica.
D'ali é elle tirado em compridos ferros com um orificio interior, por onde o operario assopra afim de dar feitio á peça em fabrico, sendo essa funcção secundada por outros operarios com o auxilio de ferramentas apropriadas.
Prompta a peça, é ella aperfeiçoada em pequenos fornos, passando, emfim, d'ahi para o grande esfriador, no interior do qual o calor é graduado de uma extremidade á outra, em escala descendente.
Fica, então, a peça completamente prompta, sendo depois recolhida ao deposito.
Á vista dos convidados foram executados diversos trabalhos, taes como fructeiras, abat-jours, copos, calices, garrafas, tubos para lampeões, etc.
Cada um dos convidados recebeu dos srs. Ildefonso Corrêa e Lopes Netto um delicado mimo, producto da fabrica.
Os directores da fabrica, srs. Ildefonso Corrêa e Simões Netto obsequiaram aos seus convidados com uma mesa repleta de doces e champagne trocando-se por essa occasião diversos brindes.
- O conselho-fiscal da Vidraria Pelotense ficou assim composto:
Conselho-fiscal - Augusto H. Nogueira, Felix Antonio Gonçalves e João Simões Lopes Netto.
Supplentes - Alberto Roberto Rosa, Francisco Nunes de Souza e Francisco de P.R. da Silva."
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 22 de Abril de 1893, pág. 01, col. 04
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