O Echo do Sul, dando essa noticia, acrescenta:
Sabemos que os contrabandistas se aventuram a estas correrias maritimas, fiados na ausencia dos lanchões fiscaes, que outr'ora vigiavam as costas da Lagoa e do rio Jaguarão.
Com effeito, dos tres lanchões que ha tempos cruzavam aquellas agoas para impedir o contrabando, nenhum resta em condições de poder effectuar o serviço de policiamento, porquanto o da mesa de rendas geraes de Pelotas foi retirado d'ali por imprestavel, por imprestavel cessou de navegar o de Santa Victoria e, por ultimo, o de Jaguarão parece que afundou-se devido ao seu máo estado.
Eis por que, achando-se as costas desamparadas e desprovidas de vigilancia fiscal, ousam os contrabandistas cruzar impunemente a lagoa Mirim e ir commerciar a são e salvo nas proximidades de Santa Victoria."
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 19 de Novembro de 1885, pág. 02, col. 02
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