Na villa do Rio Bonito, um grupo de duzentas pessoas, armadas de facas, punhaes e revólvers, assaltou a cadêa e assassinou tres escravos, presos como indigitados autores do assassinato do fazendeiro major José Martins da Fonseca Portella, que ha cerca de dois mezes teve lugar na freguezia da Boa Esperança, no mesmo municipio.
<<Dois presos que estavam na cadêa, diz a Gazeta de Noticias, na occasião do assalto, ficaram gravemente feridos.
<<A força que se achava guardando a cadêa, reconhecendo a impossibilidade de reprimir a invasão, retirou-se.
<<Os assaltantes, depois de se apoderarem de sua victimas, arrastaram-as para a rua e trucidaram-as barbaramente.
<<Este facto pôz a população do lugar em grande sobresalto.
<<Logo que chegou ao conhecimento do presidente da província o que se passou, s. ex. fez seguir para aquella villa, em trem expresso, ás 10 horas da manhã, uma força de 30 praças commandadas pelo alferes João de Souza Guimarães.>>
Como cabeças d'essa scena de atroz selvageria, já estão presos Antonio Raymundo, José Pires, Paulino, filho do fazendeiro Fonseca Portella, Antonio Gallinheiro e Antonio Cotrim."
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 03 de Janeiro de 1885, pág. 01, col. 03
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