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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O Curandeiro do Cerrito


"Curandeiro. - Referem-se os jornaes de Pelotas: 

<<No 2o. distrito do Serrito anda um negro Mina curandeiro, que dizem ter feito grandes milagres, como sejão curar, entrevados de annos, dar fortunas, &., &. Para curar a qualquer pessoa não precisa que ella venha á sua presença, basta sòmente mandar-lhe 160 rs. em cobre e 10$ em ouro, porém separados, de maneira que o cobre não toque no ouro, e uma colher de terra tirada de baixo do pé esquerdo do doente; as visitas ou consultas que se seguem são acompanhadas de 20$ também em ouro. Seria conveniente que o Sr. delegado o mandasse vir á sua presença, afim de ver si o tal pretinho nos faz por aqui algumas curas.>>"

Fonte: DIARIO DE MINAS (MG), 01 de Setembro de 1873, pág. 02, col. 02

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

As Três Crianças Escravas


"Escravidão de pessoas livres. - diz o Diario de Pelotas:

Chegou a esta cidade, procedente de Bagé, conduzindo tres crianças para vender, Fileno Alves da Costa.

Estas crianças, segundo informações fidedignas que tivemos, são livres, apezar da matricula que seu intitulado senhor mostra, e de outros documentos que diz possuir, mas que não apresenta.

Sendo atroz o crime de reduzir pessoas livres á escravidão, denunciamos Fileno Alves da Costa como incurso nelle e pedimos ás autoridades competentes severas providencias, mesmo porque nos consta já ter Fileno vendido, como escravas, outras crianças que se acham nas mesmas condições destas a que nos referimos.

A mãi destas crianças é livre e reside no Arroyo Malo, Estado-Oriental, e podem attestar a verdade de nossas informações os seguintes membros da familia de Fileno, residentes em Taquarembó: Luiz dos Santos Fagundes, Flora Virginia dos Santos, Anna Alves dos Santos, Antonio Alves, Eufrasia Alves da Luz, Rita Alves, tenente-coronel Valeriano Pedro de Menezes, Annibal dos Santos, Gregorio Alisal e Marcos Moralez.

O delegado de policia depositou provisoriamente essas crianças em casa de Carlos Thomaz Pinto, até que Fileno prove a propriedade que tem sobre ellas; mas, não sendo isso ainda bastante, esperamos que o sr. dr. promotor publico, na qualidade de orgão da justiça publica e de curador geral dos orphãos, proseguirá na investigação da verdade, requisitando por intermedio das autoridades de Taquarembó o depoimento das testemunhas que acima apontamos, para que bem provado fique que essas crianças e seus irmãos já vendidos são livres, e que Fileno commetteu o negro e horrivel crime de reduzir pessoas livres á escravidão."

Fonte: CORREIO DA BAHIA (BA), 29 de Agosto de 1878, pág. 01, col. 06

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Prado Pelotense


"Zarabatanas

A inauguração do Prado Pelotense esteve na altura do que se esperava.

A affluencia de espectadores foi grande, reinando a melhór ordem durante o divertimento.

Era um gosto ver a aluvião de carros que levantavam o pó de nossa estrada real n'esse dia de festa; e o que é mais alegria que transluzia no meigo semblante do magro Polydoro, que não teve mãos á medir nos preparatorios de suas gaiolas rodantes.

Foi tanto o enthusiasmo que uma implume jurity, aproveitando o ensejo em que todas as vistas convergiam ao Fragata, bateu as debeis azas e lá foi reunir-se a seu adorado par, em um ninho alcatroado que fluctuava á margem da xarqueada do sr. Gonçalves.

Não quiz porém a justiça, q' ficassé illeso o abuso, e com um perfumado banho de igreja fez lavar aquella inconsideravel realidade.

Vivem hoje os dois um para o outro, em o seu mundo festivo da lua de mel."

Fonte: GAZETA MERCANTIL (RS), 28 de Março de 1878, pág. 01, col. 02

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Manuel de Borba Gato


"Bandeirante brasileiro, genro de Fernão Dias Pais, ao qual acompanhou na célebre bandeira em busca de esmeraldas (1674 a 1681). Nascido em São Paulo em cerca de 1628, morreu em Sabará, provavelmente em 1718. Acusado de ter assassinado o administrador-geral das minas, D. Rodrigo Castelo Branco, refugiou-se na região de Guaratinguetá, onde  viveu por vinte anos. Absolvido, junta-se aos desbravadores do sertão mineiro e é o primeiro a descobrir ouro na Serra de Sabarabaçu e no Rio das Velhas. Nomeado guarda-mor do distrito do Rio das Velhas e dois anos depois superintendente das mesmas minas, recebeu em doação grandes extensões de terras, vindo a falecer como homem de largo prestígio, diversas vezes elogiado pelos serviços prestados à Colônia."

Fonte: Dicionário Cívico-Histórico Brasileiro, 1980.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Jogos Intermunicipais do Rio Grande do Sul em 1971


"Nôvo Hamburgo foi sede dos V Jogos Intermunicipais, com a presença de mais de 2.000 atletas. Vinte e oito municípios competiram: Bagé, Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Camaquan, Canela, Carázinho, Caxias do Sul, Cruz Alta, Estância Velha, Estrêla, Gravataí, Ijuí, Jaguarão, Lajeado, Montenegro, Nôvo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, São Leopoldo, São Lourenço, Taquara, Vacaria, Venâncio Aires e Viamão.

Os jogos terminaram domingo, com os seguintes resultados. Por modalidades foram campeões:

Atletismo masculino: Nôvo Hamburgo;

Atletismo feminino: Santa Cruz do Sul;

Basquete: Rio Grande;

Ciclismo: Jaguarão;

Ginástica em Aparelhos: Santa Maria;

Judô: Pelotas;

Xadrez: Rio Grande;

Natação: Nôvo Hamburgo;

Volibol feminino: Santa Cruz;

Volibol masculino: Nôvo Hamburgo.

Por pontos Nôvo Hamburgo foi o grande vencedor com 93,5, seguido de Santa Maria com 67, Santa Cruz com 54 e Pelotas com 40."

Fonte: CORREIO BRAZILIENSE (DF), 26 de Outubro de 1971, pág. 04, col. 01


domingo, 25 de novembro de 2018

Nossa visita à Vila da Quinta em Rio Grande/RS


A Vila da Quinta é um distrito do município de Rio Grande, situada na sua porção oeste no entrocamento das rodovias BR-392 e BR-471. Juntamente com localidades como Povo Novo e Capão Seco é uma localidade que remonta à expansão de Rio Grande ainda no século XVIII e à colonização açoriana. O lugar possui exuberante acervo natural, com vegetação característica e um clima peculiar devido à influência da proximidade com o mar. É um passeio maravilhoso, com muito contato com a natureza, onde temos a sensação de um velho Rio Grande - rústico e agreste. Muito legal! Quem puder visite, é terapêutico para os olhos, ouvidos e mente.

Presença de muitos banhados

Um riacho com muitos juncos

Caixa-d'água no sítio

Vastos campos



Aqueduto que leva água do canal São Gonçalo para abastecimento da cidade de Rio Grande. Obra realizada pela Corsan.


Casa de passarinhos

Ninho de João-de-barro numa árvore

Estrada rural com alguns cavalos


O Pampa

Flor de Tuna

Floresta de árvores para fins comerciais



Uma fauna característica existe no local, inclusive grande ocorrência de animais peçonhentos, mormente cobras-cruzeiras.


Pôr-do-sol belíssimo!


Serraria

Aspecto de um sítio



Vegetação




Sobrenomes hipocorísticos italianos - Parte 05 (Final)


101. Spina, Spinas, Spino, La Spina, Spinétti, Spinòzzi (Sul e esporádico no Centro-Norte) - hipocorístico do nome italiano medieval Malaspina. Também: um sobrenome religioso relacionado ao vocábulo spina ("espinho", da coroa de Cristo); um sobrenome toponímico relacionado ao nome de lugar Spina - relativamente abundante no centro-norte do país.

102. Spinèlli, Spinèllo, Spinièllo (Sul, Centro, Emília-Romana, Vêneto) - uma forma aferética do nome próprio Ospinello; um hipocorístico do nome próprio diminutivo Crispinello, este por sua vez derivado de Crispino; pode ainda ser um diminutivo de Spino ou Spina; um tipo de pedra preciosa; e por fim, um toponímico relacionado a Spinello, nome de lugar que aparece nas províncias de Foggia e Catanzaro, ou Spinelli, que aparece nas províncias de Pisa e Salerno.

103. Stanco, Stanchi, Stanci, Stancich, Stancic (Friuli) - do nome esloveno Stanko, este por sua vez um hipocorístico direto do nome eslavo Stanislav.

104. Stasi, Stasio, Stassi, Stasino (Sul, Veneza) - hipocorístico do nome próprio Anastasio.

105. Tacchi, Tacco, Tacca, Tacchia, Tacchèlli, Tacchèlla, Taccarèlli, Tacchétto, Tacchini, Tacchino, Taccói, Taccóe (Norte e Centro) - de Tacco ou Taccone, hipocorísticos de nomes arcaicos como Tachipert e Tachimund, entre outros similares; um hipocorístico aféretico dos nomes próprios Albertacco, Lambertacco, Robertacco, Umbertacco, e similares; Taccone também pode derivar do vocábulo homônimo que significa "peça de roupa, peça de tecido"; na região de Gênova existe o termo tacchino que provém do árabe taqiyy que significa "respeitoso, pio".

106. Tacci, Taccétti, Taccini, Tacciòli (Toscana) - hipocorístico dos nomes próprios Albertaccio, Lambertaccio, Robertaccio, Umbertaccio, e similares.

107. Tani, Tanini, Tanucci (Toscana e Emília-Romana) - hipocorístico dos nomes próprios Gaetano, Gaetanino, Gaetanuccio, e também uma forma alternativa do nome Ottaviano.

108. Tanzi, Tansi, Tanzèlla, Tansèlla, Tanzarèlla, Tanzilli, Tanzillo, Tanzini, Tansini, Tanzói (toda Itália) - hipocorístico do nomes próprios Costanzo e Lattanzio.

109. Tiòli, Tiòzzi, Tiòzzo, Tiussi (Vêneto, Emília-Romana) - hipocorístico aferético de Mattiolo, Mattiozzo, Mattiusso e Mattia, por sua vez derivados de Mattèi (nome dialetal).

110. Tófano, Tófani, Tòfani, Tòffano, Tòffani, Tòffalo, Tòffali, Tòffolo, Tòffoli, Tòfful, Fòffano, Fòffani, Tofanèlli, Tofanini, Tofanari, Toffanèllo, Toffanini, Toffanìn, Toffoletto, Toffolétti, Toffolét, Toffétti, Toffolini, Toffolói, Toffólo, Toffalói, Toffolato, Toffolatti, Fòli, Fòlli, Folétto, Folétti, Follétti, Folini, Folin (Venecia, Lombardia, Emília-Romana, Toscana) - hipocorístico dos nomes próprios Cristòfano, Cristòfalo, Cristòfolo e Cristòforo.

111. Tolomèi (Toscana, Venecia), Tolomèo, Tolumèllo (Calábria, Sicília), Tolomio (Vêneto), Tolomèlli (Emília-Romana) - hipocorístico de Bartolomei, uma forma dialetal para o nome Bartolomeo. Nas zonas de influência grega e bizantina, uma adaptação latina para o nome grego Ptolémâios.

112. Tolotti, Tolóni, Tolòssi, Tolussi, Tolusso (Venecia, Toscana) - hipocorístico aferético dos nomes próprios Bartolotto, Bartolóne, Bartolòsso, Bartolusso, Bertolòtto, Bertolóne, Bertolòsso, Bertolusso, Bartolo, Bértolo, e em menor possibilidade dos nomes próprios Bartolomèo, Bartolomèi e Bèrto.

113. Tomèi, Tomèo, Tomè, Tommèi, Tommè, Tomini, Tumino, Tuminèlli, Tumiòtto, Tumiati, Tumiatti, Tomissi, Tomizza (Itália peninsular) - hipocorístico dos nomes próprios Tommaso, Tommasèo, Bartolomèo e Tolomèo.

114. Tóre, Torèllo, Torèlli, Toriéllo, Turiéllo, Torino, Turino, Toritto, Turitto (Sul da Itália) - hipocorístico do nome próprio Salvatore. Também um toponímico como Torello, na província de Avellino, Torelli, também na província de Avellino, Torino di Sangro, na província de Chieti, e Torino, na província de Bari.

115. Tòri, Torèlli, Torèllo (Toscana e Centro-Norte) - hipocorístico dos nomes próprios Ristoro, Ristorello, Vittorello, Vittòrio, Vittóre, Vettorèllo, Vettòre (alguns são formas dialetais). Também pode ser um toponímico relacionado a Torello, nome de lugar que ocorre várias vezes na Itália.

116. Tucci, Tùccio, Tùccia, Tuzzi, Tuzzo, Tuzza, Tucciarèlli, Tuccillo, Tuccilla, Tuzzolino (toda Itália) - hipocorístico dos nomes próprios Albertuccio, Albertuzzo, Robertuccio, Robertuzzo, Lambertuccio, Lambertuzzo, Santuccio, Santuzzo, Vituccio, Vituzzo, entre outros similares.

117. Ughi, Ugo, D'Ugo, Ughèlli, Ughétti, Ugolétti, Ughini, Ugolini, Ugòtti, Ugolòtti, Ugói, Ugó, Ugucciói, Uguzzói, Uguzzòi (Norte e Centro) - patronímico direto do nome próprio Ugo, mas também um hipocorístico dos nomes medievais Hugibald e Hugubert.

118. Vanni, Vannèlli, Vannèllo, Vannèlla, Vanèlli, Vannétti, Vannini, Vanini, Vanin, Vannòli, Vanòli, Vannòcci, Vannòzzi, Vannòtti, Vannucci, Vannuccini, Vanuzzi, Vanucchi, Vannói, Vannacci, Vannéschi, Vannutèlli (toda Itália) - do hipocorístico Vanni, que é usado para o nome próprio Giovanni.

119. Ventura, Venturi, Venturèlla, Venturèlli, Venturino, Venturini, Venturin, Venturòli, Venturucci, Venturazzi, Venturato, Tura, Turèlla, Turèllo, Turèlli, Turèl, Turétta, Turitto, Turina, Turino, Turini, Turìn, Turinétto, Turinétti, Turòlla, Turòla, Turòssi, Turazzo, Turato, Turati, Turatti (toda Itália) - de Venturaou Tura, hipocorísticos do nome próprio Bonaventura. Também pode ser um metanímico para designar "venturoso, abençoado, sortudo", bem como ser um toponímico relacionado aos nomes de lugar Turino, Turitto, Torè, Turati e Turate.

120. Viani, Viano, Viàn, Vianèlli, Vianèllo, Vianini (Norte da Itália) - de Viano, hipocorístico aferético dos nomes próprios Viviano e Ottaviano. Existem também os topônimos Viano, Viani, Viana e Vigano espalhados pelo país.

121. Vicini, Vicinèlli, Bonvicini (Emília-Romana, Ligúria), Vicino (Napoletano), Visini, Visìn (Venecia) - a tendência é que seja um metanímico simples que significa "vizinho" ou ainda "morador de um vicus", isto é, morador de uma vila (no contexto latino). Todavia, pode ser um hipocorístico dos nomes medievais Bonvicino e Malvicino.

122. Vòlta, Dalla Vòlta, Della Vòlta (Norte da Itália) - tendência maior de ser um toponímico bem comum na Itália, tanto no sentido amplo, como no aspecto restrito (há alguns locais na Itália com o nome Volta). Porém, pode ser um hipocorístico dos nomes arcaicos Bonavolta e Malavolta.

123. Zanni, Zanne, Zanna, Zani, Zane, Zan, Zoani, Zoàne, Zoàn, Zuanni, Zuàn, De Zuani, Zanèlli, Zannèlli, Zanèllo, Zannèllo, Zanèlla, Zannèlla, Zanellati, Zanellato, Zuanelli, Zuanèllo, Zuenèli, Zuenèlo, Zanétti, Zannétti, Zanéto, Zannétto, Zanét, Zanétta, Zanettèl, Zanettini, Zanitti, Zanitto, Zoanétti, Zoanétti, Zanini, Zanino, Zannini, Zannino, Zanin, Zaninèlli, Zanòli, Zannòli, Zanòl, Zannòl, Zanolini, Zanolin, Zanòlli, Zanòllo, Zanòlla, Zaniòli, Zaniòlo, Zaniòl, Zanòtti, Zannòtti, Zanòtto, Zannòtto, Zanòt, Zanotèlli, Zanutti, Zanutto, Zanuti, Zanuto, Zanùt, Zanutta, Zanicchi, Zanichèlli, Zannichèlli, Zonòcchi, Zanòcco, Zanucchi, Zanucco, Zanùccoli, Zanacchi, Zanói, Zannói, Zanóe, Zannóe, Zanó, Zanóa, Zannóa, Zanassi, Zasani, Zanéssi, Zanési, Zanussi, Zanusso, Zanusi, Zanuso, Zanùs, Zanutti, Zanutto, Zanuti, Zanardini, Zanardino, Zanaròli, Zanarini, Zanarino, Zanirato, Zanato, Zanado, Zamarini, Zamarìn, Zamattèi, Zamattèo, Zambaldi, Zambaldo, Zambardi, Zombardo, Zampardi, Zampardo, Zambèlli, Zanibèlli, Zamballétti, Zambelétti, Zambelini, Zambenedétti, Zambenedétto, Zambernardi, Zambianchi, Zambiasi, Zambiase, Zambói, Zambó, Zanibói, Zanabói, Zambonini, Zambonino, Zampèro, Zampèr, Zampiròllo, Zampiròlli, Zampiccoli, Zampòlli, Zampòli, Zampòl, Zampolini, Zanangeli, Zancarli, Zandegiacomo, Zangiacomi, Zangiacomo, Zamménighi, Zandoméni, Zaménghi, Zaméngo, Zandonati, Zandonato, Zandonà, Zanferrari, Zanfino, Zanforlàn, Zanfrancéschi, Zangirolami, Zangrandi, Zangrande, Zangrando, Zangrandi, Zangrillo, Zangròssi, Zanguido, Zanlorènzi, Zanluca, Zanluchi, Zanlucchi, Zanmarchi, Zamarchi, Zannovèllo, Zansavio, Zanvettòri, Zanvettor, Zanzani (Norte e Toscana) - de Zanni, hipocorístico apocopado do nome próprio Giovanni.

124. Zècchi, Zècca, Zeccarèlli, Zeccarèllo, Zecchétti, Zecchétto, Zecchini, Zecchin, Zecchinèlli, Zecchinèllo, Zecchinato, Zeccói, Zeccóe, Zeccarói, Zeccardi, Zeccardo (Emília-Romana e Venecia) - de Cecco, Checco, Cecchi e Checchi, hipocorísticos aferéticos do nome próprio Francesco.

125. Zini, Zino, Zin, Zinèlli, Zinèllo, Zinato, Zinà (Norte e Toscana) - hipocorístico aferético dos nomes próprios Bonifazio, Innocenzo, Lorenzo, Renzo, Terenzio, Vincenzo, e outros similares.

126. Zucchi, Zucco, Zucca, Zucchèlli, Zucchèllo, Zucchétti, Zucchétto, Zucchétta, Zucchini, Zucchino, Zùccoli, Zùccolo, Zuccolini, Zuccolìn, Zuccòtti, Zuccòtto, Zuccói, Zuccó, Zuccalli, Zuccanti, Zuccante, Zuccardi, Zuccardo, Zuccati, Zuccato, Zuccatti, Zuccatto (toda Itália) - a maior possibilidade é que seja um metanímico derivado da palavra zucca ("pessoa inteligente, simplório" no sentido figurado; "abóbora" no sentido literal). Pode ainda ser um hipocorístico dos nomes próprios Marzucco e Mazzuco.

sábado, 24 de novembro de 2018

Sobrenomes hipocorísticos italianos - Parte 04


76. Nardi, Nardo, Nardèlli, Nardèllo, Nardièllo, Nardèlla, Nardilli, Nardulli, Nardini, Nardin, Narducci, Narduzzi, Nardóni, Nardóne, Nardón, Nardari (toda Itália) - hipocorístico dos nomes próprios Bernardo ou Leonardo.

77. Nascinbèni, Nascinbène, Nascinbèn, Nassimbèni, Simbèni (Veneza) - do nome próprio pouco usual Nascimbene ("bem nascido"), por isso acrescenta-se também Bennati. Simbèni é o hipocorístico de Nascimbene.

78. Nèlli (Toscana, Centro) - de Nèllo, hipocorístico de nomes próprios como Antonello, Brunello, Giovanello, Leonello, etc.

79. Nènci, Nencètti, Nencini, Nenciòli, Nenciolini, Nencióni (Toscana) - de Nèncio, hipocorístico direto dos nomes próprios Lorenzo e Vicenzo.

80. Nitti, Nitto (Sul da Itália) - hipocorístico regional do nome próprio Benedetto.

81. Nòzzi, Nòzzoli (Toscana) - do hipocorístico Nòzzo, usado em nomes próprios como Antonozzo, Benozzo e Mannozzo.

82. Nucci, Nùccio, Nuzzi, Nuzzo, Nuzziéllo, Nùzzoli, Nùzzolo, Nuzzóne, Nuzzolillo, Nozzolillo (Toscana, Centro, Sul) - do hipocorístico Nuccio ou Nuzzo, usado em nomes diminutivos como Antonuccio, Benuccio, Mannuccio, Marianuccio, Rinuccio, Stefanuccio, e similares. Nuccio também é um topônimo na província de Trapani, Sicília.

83. Òddo, Oddi, Odda, Odi, Oddóne, Oddóno, Oddóni, Odóne, Odóni, Otto, Ottóne, Ottóni, Odèllo, Odèlla, Odètti, Oddino, Oddini, Odino, Oddicini, Odicini, Odicino, Oddenino, Odaglia, Odasi, Odasso, Odazio, Odazzi, Odèro, Odèra, Oddèra, Ottèla, Ottonèllo, Ottonèlli, Ottanèlli, Ottino, Ottini, Ottin, Ottoli, Ottolìa, Ottolino, Ottolini, Ottolin, Ottolina, Ottièri, Uttièri, Ottobòni, Ottobèlli (Itália em geral, provém esporádico no Sul) - do nome próprio de origem germânica Òddo, Òdo ou Otto, bem como suas formas dialetais paralelas Oddóne, Odóne, Ottóne.

84. Opizzi, Opizzo, Oppizzi, Oppizzo, Oppìzio, Oppèzzi, Opissi, Opisso, Oppissi, Oppisso, Opèsso (Piemonte, Ligúria, Lombardia) - hipocorístico do nome próprio de origem germânica Opizzo, que também apresenta a forma dialetal Òpizo.

85. Paci, Pace, Pasi, Pase, Pasio, Pacèlli, Pacèlla, Paciéllo, Pacilli, Pacétti, Pacitto, Pacini, Pacino, Pacinòtti, Paciòtti, Paciùllo, Pacènti, Pasèlli, Pasèllo, Pasétti, Pasétto, Pasini, Pasino, Pasìn, Pasinétti, Pasinati, Pasinato, Pasòli, Pasolini, Pasòlli, Pasòtti, Pasòtto, Pasutti, Pasutto, Paséro (toda Itália) - hipocorístico usado nos nomes próprios Pax ou Pacis. Também pode ser um hipocorístico do nome italiano Bonapace, bem como um toponímico relacionado a Pace, nome de lugar que ocorre em abundância na Itália.

86. Pagni, Pagnini, ,Pagnin, Pagnòtti, Pagnóni, Pagnussi, Pagnussàt, Pagnutti, Pagnùt (Centro-Norte da Itália) - do hipocorístico medieval Pagno, usado em nomes próprios como Compagno e Boncompagno.

87. Papi, Pappi, Papis, Papétti, Papini, Papucci, Papóni, Papóne (do Norte até o Napoletano) - do hipocorístico Papo, usado em nomes próprios como Iacopo e Giacopo. Em alguns casos particulares pode ser uma derivação de papa.

88. Pardi, Pardo, Pardèlli, Pardini, Parducci (toda Itália) - hipocorístico do nome próprio Leopardi ou Leopardo. Também pode ser um hipocorístico do nome Bardo, de origem germânica.

89. Parènti, Parènte (Itália peninsular) - hipocorístico do nome medieval Parente, este por sua vez uma forma curta do nome masculino Bonparente ("bom pai").

90. Parri, Parrièlli, Parrini, Parini, Parin, Parrucci, Parrónchi (Toscana, Norte) - hipocorístico do nome próprio Gasparre e suas derivações.

91. Pini, Pino, Pin, Pinèlli, Pinèllo, Pinétti, Pinòtti, Pinato, Pinàt, Pinéschi, Pinésso (toda Itália) - do hipocorístico Pino, usado para os nomes próprios diminutivos Giuseppino, Filippino e Iacopino.

92. Pòlito, Pòliti, Politèlli (Sul da Itália) - hipocorístico do nome próprio Ippolito.

93. Pucci, Pùccio, Pucciarèlli, Puccétti, Puccini, Puccinèlli, Puccinòtti, Puccióni, Puccianti (toda Itália porém de forma esporádica) - do hipocorístico Puccio, usado nos nomes próprios diminutivos Filippuccio e Iacopuccio.

94. Rènda, Rèndo, Rènna, Rènno, Rendace, Rendaci (Sul da Itália) - hipocorístico do nome de origem grega que existe em alguns locais do sul da Itália Rhéndes, por sua vez um diminutivo do nome grego original Rhendàkés, este por sua vez no mundo helênico um hipocorístico do nome Layréntios, que é o mesmo Laurentius latino.

95. Ricco, Ricchi, Ricca, Ricchézza, Ricchièri, Riccadònna, Riccobaldo, Riccobèllo, Riccobèlli, Riccobène, Riccobòno, Riccobòn, Ricchebuòno, Riccambòni, Riccomagno, Riccomanno, Riccomanni (Itália continental) - hipocorístico do nome próprio Ricco, porém a regra também pode ser aplicada aos nomes Enrico, Federico e Oderico.

96. Righi, Rigo, Riga, Righétti, Righétto, Righini, Rigoli, Rigucci, Riguccini, Riguzzi, Rigòtti, Rigòtto, Rigòi, Rigó, Rigacci, Riganti, Rigato, Rigatti, Righéschi, Rigutti, Rigutto (Norte e Toscana) - de Rigo, hipocorístico do nome próprio Arrigo, podendo ser também um hipocorístico dos nomes Alderigo, Amerigo, Federigo.

97. Rùstici, Rustichèlli, Rusticèlli, Rustichini, Chèlli (Toscana e Emília-Romana) - do nome medieval Rustico. Chèlli é derivado do nome Rustichello.

98. Salvi, Salvo, Salvio, Salvia, Di Salvo, Salvétti, Salvini, Salvinèlli, Salvinèllo, Salviòli, Salvucci, Salviói, Salvióe, Salvati, Salvato, Salviati, Salviato (toda Itália) - hipocorístico do nome próprio Salvo ou Salvio (depende da região italiana), sendo que também pode ser aplicado ao nome Diotisalvi ("Deus te salve"). No sul da península, também existe o nome próprio masculino Salvia, que se enquadra na descrição inicial.

99. Scòtto, Scòtti, Scuótto, Scòto, Scòti (toda Itália) - hipocorístico do nome próprio diminutivo Francescotto e também do nome pouco usual Scotto. Não se exclui a possibilidade de significar "procedente da Escócia".

100. Sèrvi, Sèrvo, Servèllo, Servillo, Servini, Servino (Toscana, Campania) - hipocorístico do nome Servo, Servidio ou Servullo. Pode também tão somente designar "servo".

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Sobrenomes hipocorísticos italianos - Parte 03


51. Ghètti (Toscana, Emília) - hipocorístico do nomes próprios diminutivos como Arrighetto, Gherardetto, Ughetto. Na região da Emília pode ser um toponímico relacionado a Ghetto Randuzzi, província de Forli-Cesena.

52. Ghiglia, Guiglia, Viglia, Biglia, Biglio, Ghiglino, Ghigliòtti, Ghiglióni, Ghigliani, Ghigliazza, Ghiglièri, Vigliétto, Vigliétti, Viglini, Vigliòtto, Vigliòtti, Viglióne, Bigliétto, Bigliétti, Bigliardi (Itália peninsular) - hipocorístico do nome próprio Guglielmo (também se acrescenta o patronímico natural Guglielmi).

53. Ghini, Ghinèlli, Ghinèllo, Ghinétti, Ghinassi, Ghinazzi (Centro-Norte e Toscana) - hipocorístico dos nomes próprios Aghino, Arrighino, Ughino, etc.

54. Gianni, Giani, Ianni, Ianne, Ianno, Giannèlli, Giannèlla, Giannillo, Gianniéllo, Gianèlli, Gianèlla, Giannarèlli, Giannétti, Giannétto, Gianétti, Gianétto, Giannitto, Giannini, Giannino, Gianini, Gianino, Giannerini, Giannòli, Giannòla, Gianòli, Gianòla, Gianòlio, Gianòglio, Giannòla, Giannòtti, Gianòtti, Giannuzzi, Gianuzzi, Giannóni, Giannóne, Giannazzi, Giannassi, Gianassi, Gianasso, Gianasi, Giannachi, Gianacci, Giannéschi, Giannési, Giannése, Gianniti, Iannèlli, Iannèllo, Iannèlla, Ianniéllo, Iannilli, Iannarilli, Iannétti, Ianétti, Iannitti, Iannini, Iannino, Iannucci, Iannuccèlli, Iannuzzi, Iannuzzo, Iannóni, Iannóne, Iannacci, Iannazzi, Iannazzo, Iannace, Iannaci, Iannaco, Iannacco, Iannaccóne, Gialleonardo, Giallombardo, Giambartolomèi, Giambenedetti, Gimbertóne, Giambóni, Giambóno, Giambóna, Gianmarco, Gianmarchi, Giammaria, Gianmmattèo, Giampaolo, Giampiètro, Giancòla, Giandoménico, Giandonato, Giangrasso, Giannantònio, Di Giannantònio, Giannantòni, Giannantuóni, Giannatasio, Giarrizzo, Giarrusso, Iadecòla, Iadicòla, Iaderòsa, Iadevito, Iafrate, Iallonardo, Iamarco, Iandiòrio, Iasimóne, Iavaróne, Iavasile (toda Itália) - conjunto de hipocorísticos do nome próprio Giovanni. Em toda a Itália existem as variantes dialetais deste nome como Nanni, Vanni, Ianni e Zanni.

55. Giunta, Giunti, Giunto, Giónta, Giónti, Giuntini, Giùntoli (toda Itália) - hipocorístico do nome próprio Bonagiunta ou Bonaggiunta ("boa nova").

56. Gucci, Guccia, Guzzi, Guzzo, Guzza, Gucciarèlli, Guccerèlli, Guccini, Guccióni, Guccióne, Gucciardi, Gucciardo, Guzzétti, Guzzétta, Guzzini, Guzzinati, Guzzolini, Guzzóne, Guzzone, Guzzón, Guzzardi, Guzzardo (Itália) - das formas Guzzo e Guccio, que são hipocorísticos dos nomes próprios em diminutivo Arriguccio, Arriguzzo, Berlinguccio, Berlinguzzo, Uguccio, Uguzzo, que por sua vez derivados dos nomes próprios Arrigo, Berlinghiero e Ugo.

57. Guèrra, Guèrri, Guerazzi, Guerranti, Guerrasio, Guerrato, Guerrèra, Guerréschi, Guerrièri, Guerrièro, Guerrisi (toda Itália) - hipocorístico do nome próprio Vinciguerra, ou ainda do sobrenome Guerra (do vocábulo latino ver - "primavera").

58. Landi, Lando, Lanni, Lanno, Landini, Landino, Lannino, Landucci, Landuzzi, Landóni, Landóne (toda Itália) - de Lando, hipocorístico dos nomes próprios Orlando, Rollando e Gerlando.

59. Lanzi, Lanzo, Lanzini, Lanzóni, Lanzóne (Norte da Itália) - de Lanzo, hipocorístico de origem germânico para nomes como Lamberto ou Lanfranchi; ou ainda um sobrenome associado à função militar de lanceiro; bem como um toponímico relacionado a Lanzo d'Intelvi, província de Como, Lanzo Torinese, região de Torino, entre outros similares.

60. Lapi, Lapini, Lapucci (Toscana) - de Lapo, hipocorístico regional toscano para Iacopo (equivalente ao nome próprio italiano Giacomo).

61. Lèlli, Lèllo, Lèlla, De Lèllo, De Lèlli, De Lèllis (toda Itália) - hipocorístico ods nomes próprios como Brunello, Donatello, Gabriello, Leonello e Raffaello.

62. Lèmmi, Lèmmo, Lèmma, Lèmme, Lèlmi, Lèmbi, Lèmbo (Toscana, Centro-Sul) - hipocorístico do nome próprio Guglielmo (inclue-se também Memmi).

63. Lòi, Lói, Lóy (Sardenha) - abreviação de Ballòi, Ballòe ou Ballòre, hipocorístico dialetal para o nome próprio Salvatore. Em alguns casos pode ser um hipocorístico aferético do nome próprio catalão Eloy.

64. Lòtti, Lòtto, Lottòni (toda Itália) - hipocorístico dos nomes próprios Angelotto, Angiolotto, Bertolotto, Michelotto e similares.

65. Manni, Manne, Mannèlli, Mannini, Mannino, Mannucci, Mannuzzi, Mannóni, Mannóne, Mannéschi (Sul e Centro da Itália) - hipocorístico dos nomes próprios medievais Alemanno, Ermanno, Riccomanno, ou do nome germânico Mannus.

66. Mari (Toscana, Nordeste, Sul peninsular) - hipocorístico dos nomes próprios Ademaro ou Adimaro, bem como de Amari ou Mario (inclue-se também Adimari).

67. Martèlli, Martèllo, Martèlla, Martiéllo, Martellini, Martellino, Martellina, Martellòtti, Martellòtto, Martellòtta, Martellóni, Martellani, Martellato (toda Itália) - pode ser um metanímico vinculado ao profissional que maneja um martelo (mormente um ferreiro ou pedreiro), bem como no contexto militar a alguém que maneja um martelo (pequena maça). Pode ainda ser um hipocorístico dos nomes próprios Martino ou Marto.

68. Masi, Maso, Masèlli, Masèllis, Masiéllo, Masillo, Masèlla, Massèlli, Masétti, Masétto, Massétti, Masini, Masino, Masin, Masina, Massini, Masolo, Masolini, Masulli, Masullo, Masucci, Masuccio, Masuzzo, Masiòl, Masòtti, Masutti, Masutto, Masóni, Masón (Itália peninsular) - de Maso, hipocorístico do nome próprio Tommaso.

69. Mazza, Mazzétto, Mazzétti, Mazzino, Mazzini, Mazzòla, Mazzòli, Mazzuòli, Mazzolétti, Mazzòtta, Mazzòtti, Mazzóne, Mazzóni, Mazzali, Mazzanti, Mazzantini, Mazzacane, Mazzacano, Mazzacurati, Mazzavillani, Mazzabòve, Mazzacavallo, Mazzamòra, Mazzavitèllo (toda Itália) - de Mazzo, Matzo, Maza ou Mazo, conjunto de hipocorísticos de vários nomes de origem germânica; porém, pode designar um metanímico que designa um fabricante de maças ou um soldado que usa uma maça. Há vários topônimos na Itália igualmente que se chamam Mazzo ou tem este termo como prefixo ou sufixo.

70. Mèmmi, Mèmmo, Mèmi, Mèmo, Mèmoli, Memón (Veneza e Sul da Itália) - hipocorístico do nome próprio Gugliemo.

71. Ménico, Ménichi, Ménech, Mìnico, Minichi, Ménego, Ménega, Méneghi, Ménoga, Ménoghi, Minigo, Ménco, Ménchi, Ménci, Minco, Méngo, Ménghi, Ménga, Mingo, Minghi, Méco, Méngola, Méngolo, Mingola, Mingole, Mengola, Méchi, Mécco, Mécchi, Mécci, Mécca, Micco, Micca, Méni, Ménis, De Minico, Menichèlli, Minichèlli, Minichiéllo, Meneghelli, Meneghello, Meneghèl, Menichétti, Meneghétti, Meneghétto, Menichini, Minichini, Minichino, Meneghini, Meneghino, Meneghin, Menicucci, Menicucci, Meneguzzi, Menegus, Menegòlo, Menegòl, Menegòtto, Menegòt, Menegòzzi, Menicóni, Minicóne, Menegóni, Menegón, Menicacci, Menegazzo, Menegazzi, Menegàz, Menicagli, Menicalli, Menegalli, Mengale, Menegaldo, Menegante, Meneganti, Menicatti, Menegato, Menegati, Menegatto, Menegatti, Meneghézzi, Menghèlli, Minchèlli, Minghè, Mencarèlli, Mengarèlli, Mingarèlli, Menchétti, Menghétti, Minghétti, Minchétti, Menchini, Mencarini, Mencherini, Menghini, Minghini, Mencucci, Mincucci, Mengucci, Mingucci, Mencuzzi, Mincuzzi, Mèngoli, Mingola, Mengariòl, Mengòtti, Mingòtti, Mingòt, Mengòzzi, Mingòzzi, Mengòssi, Mencóni, Mencaróni, Mengóni, Mengaróni, Mingaróni, Mencacci, Mingazzi, Mingazzini, Mencaglia, Mengaldo, Mengardo, Mengardi, Mingardo, Mingardi, Mengani, Minganti, Mencatti, Mencattini, Mengato, Mengati, Mingato, Mingati, Mengatto, Mengutti, Mengòso, Mechélli, Mecarèlli, Mechini, Mecarini, Mecherini, Mecucci, Mecuzzi, Méccoli, Miccoli, Miccolis, Mégoli, Mecòcci, Mecòzzi, Meccaròzzi, Mecóni, Menoncèlli, Mecacci, Mecatti, Menétto, Menini, Menin, Menòtto, Menòtti, Menòzzi, Menóni, Menón, Menoncini, Menoncin (toda Itália) - dos hipocorísticos Ménico, Minico, Ménigo, Minigo, Ménco, Minco, Méngo, Mingo, Méco, Mécco, Micco, Méni, e similares, todos do nome próprio Doménico (também se inclui de modo restrito Béchi). Micco pode ser um raro hipocorístico de Michele.

72. Mèo, Mèi, De Mèo, De Mèis, Meini, Mearini, Meòli, Meòlo, Meòla, Miòli, Miòlo, Miòla, Meucci, Meòcci, Meòzzi, Meòzzo, Miòzzi, Miòzzo, Meòssi, Meòtti, Meòtto, Miòtti, Miòtto, Miòt, Miotèllo, Meóni, Mióni, Mióne, Meacci, Meazzi, Meazzo, Meazza, Meazzini, Miazzi, Miazzo, Miazzón, Mealli (toda Itália) - hipocorístico do nome Bartolomèo, ou ainda dos nomes Mattèo e Romèo em alguns casos. Mióni e Mión na região de Veneza são usados como hipocorísticos do nome dialetal Simióne, uma forma do nome italiano Simone. Mióne é um topônimo encontrado nas províncias de Trento e Udine.

73. Mitri, Mitre, Mitro, De Mitri, Mitris (Puglia, Friuli) - hipocorístico de Dimitri, variante eslava do nome próprio grego Demetrios ou de se equivalente italiano Demetrio. Na região de Salento existem também as formas Mitrios, Mitrio, Metrios e Metrio.

74. Muzzi, Muzi, Muzzio, Muzio, Muzzo, Muzzarèlli, Muzzarini, Mucciarini, Muzziòli (Centro-Norte da Itália) - hipocorístico do antigo nome latino Mucius ou Mutius. Em alguns casos, Muzzo pode ser um hipocorístico do nome diminutivo Giacomuzzo (de Giacomo).

75. Naldi, Naldini, Naldóni (Toscana, Emília) - hipocorístico dos nomes próprios Arnaldo, Rinaldo, Rainaldo, Monaldo, e similares.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Sobrenomes hipocorísticos italianos - Parte 02


26. Cénni, Cennini (Toscana, Emília, Napoletano) - do hipocorístico Cénne ou Cénni, usado para o nome próprio Bencivenga.

27. Céschi, Césco, Césca, Cisco, Ceschèlli, Ceschèl, Ceschini, Ceschina, Cescòtti, Cescòt, Cescóni, Cescón, Cescato, Cescatti, Cescutti, Cescut, Ciscutti (Veneza, Vêneto) - hipocorístico do nome próprio Francesco.

28. Chécchi, Checchétti, Checchétto, Cecchini, Checchin, Checchinato, Checcucci, Checcacci, Checcagli, Checcaglini (centro-norte da Itália) - do hipocorístico Chécco, do nome próprio Francesco.

29. Chèli, Chèle, Chèlo, Chièli, Chèlli, Chèllo, Chèlla, Chièlli, Chièlla, Chelini, Chelucci, Chelòtti, Chelóni, Chelazzi, Chellini, Chiellini (toda Itália) - do hipocorístico de Chèle, usado para os nomes próprios Michele, ou do hipocorístico Chello, do nome próprio Rustichello.

30. Chini, Chino, China, Chinèlli, Chinèllo, Chinellato, Chinètti, Chinètta, Chinéta, Chinacci, Chinaglia (Veneza e Toscana) - do hipocorístico Chino, usado para o nome Franceschino, por sua vez este um diminutivo de Francesco.

31. Ciardi, Ciardo, Ciardèlli, Ciardèllo, Ciardèlla, Ciardiéllo, Ciardétti, Ciardini, Ciardulli, Ciardullo (Sul Peninsular) - hipocorístico de Ricciardo, mas também se aplica aos nomes medievais Acciardo, Bocciardo ou Guicciardo.

32. Cicco, Cicchi, De Cicco, D'Accico, Daccico, Cicchèllo, Cicchèlli, Cicchèlla, Ciccarèllo, Ciccarèlli, Ciccarèlla, Ciccatiéllo, Cicchètto, Cicchètti, Cicchitto, Cicchino, Cicchini, Ciccolo, Ciccolini, Ciccolino, Ciccolóne, Ciccolóni, Ciccolèlla, Ciccòtti, Ciccòtto, Ciccòtta, Ciccóne, Ciccóni, Ciccaglióne, Ciccaglióni, Ciccalòtti, Ciccarése, Ciccarési, Ciccarino, Ciccarini, Ciccaróne, Ciccaróni, Cichétti, Cicutto, Cicutti, Ciccodicola, Ciccomartini, Ciccomascolo, Cicconardi (Sul da Península e Vêneto) - no sul da Itália é usado como hipocorístico de Francesco, no Vêneto deriva da palavra dialetal "cicco" que significa "menino, rapaz".

33. Cini, Cino, Cinèlli, Cinétti, Cinòtti, Cinuzzi (centro-norte da Itália) - hipocorístico dos nomes italianos Baroncino, Bencino, Guittoncino, Leoncino, Pacino, Rinuccino, Saracino e nomes similares.

34. Còla, Coli, Colì, Colao, De Còla, Di Còla, Colèlla, Colèlli, Culèlla, Colétta, Colétti, Cullétta, Cullè, Colitta, Colini, Colino, Coluccia, Coluccio, Colucci, Coluccèllo, Colucciéllo, Colussi, Colusso, Colaucci, Colaussi, Colauzzi, Colécchia, Colicchia, Colicchio, Cullicchi, Cullicchia, Colizza, Colizzi, Colòtti, Colutta, Culòtta, Cullòtta, Cullò, Colazzo, Colaci, Colace, Colacino, Colacióne, Colardo, Colasio, Colósi, Colato, Colossi, Colautti, Colàbello, Colàbelli, Colàbella, Colacicco, Colacicchi, Colafelice, Colafrancésco, Cofrancésco, Colagiacomo, Colaiacomo, Colagiovanni, Colaianni, Colaièmma, Colalèo, Colamònaco, Colandrèa, Colangelo, Colangeli, Colantònio, Colantòni, Colantuóno, Colantuóni, Colapiètro, Colarièti, Colarusso, Colasanto, Colasanti, Colasanta, Colavito, Colavita (Sul e Sicília, Centro, Veneza, Área Adriática Central) - hipocorístico e formas aglutinadas do nome italiano Nicola.

35. Còmo, Còmi, Comèllo, Comèl, Comellini, Comelini, Comellato, Cométto, Cométti, Comino, Comini, Comina, Comìn, Cominèllo, Cominèlli, Cominétti, Cominetto, Cominòtto, Cominòtti, Cominato, Comucci, Comuzzo, Comuzzi, Comussi, Comòtto, Comiòtto, Comòtti, Comòlli, Comastri (Norte e Emília-Romana) - hipocorístico do nome italiano Giacomo; porém também um toponímico nos casos de Como e Comi, na Lombardia, ou Comini, Comin, Cominotto e Comina, no Friuli.

36. Consiglio, Consigli (Sul e Toscana) - pode ser um nome profissional associado a Consigliere ("conselheiro"), mas também um hipocorístico do nome italiano Buonconsiglio.

37. Córsi, Córso, Del Córso, Corselli, Corsello, Corsellini, Corsétti, Corsini (toda Itália) - hipocorístico dos nomes italianos Accórso e Bonaccórso (são patronímicos diretos respectivamente Accórsi e Bonaccórsi). Também pode designar "procedente da Córsega".

38. Covèlli, Covèllo, Covèlla, Covièllo, Covini, Covino, Covitto, Covòne (Sul e Emília-Romana) - hipocorístico do nome próprio italiano meridional Iacovo, que corresponde ao nome próprio italiano setentrional Iacobo ou Giacomo. Também pode fazer referência ao Coviello - figura teatral do Cinquecento italiano que personifica um tipo estranho e malicioso, ou mesmo uma forma figurada para designar "marido traído".

39. Cuómo (Napoletano) - hipocorístico de Cuósemo, a variante napolitana para o nome próprio Còsimo (também se inclui Cosma).

40. Delfino, Delfini, Dalfino, Dalfini, Dolfino, Dolfini, Dalfinèlli (toda Itália) - hipocorístico do nome próprio tardo-latino Delphinus ou Delphin. Também pode ser um hipocorístico do nome vêneto Dolfo (também se inclui Dolfi).

41. Dini, Dino, Dinèlli, Dinèllo (Itália peninsular) - do nome hipocorístico Dino que é forma usado de nomes próprios em diminutivo como Armandino, Bernardino, Corradino, Gherardino, Riccardino, Rinaldino, Rolandino, Ubaldino, etc.

42. Dòlfi, Dòlfo, Dolfètti, Dolfini, Dolfin (Norte e Toscana) - do nome Dòlfo, hipocorístico usado para nomes próprios como Adolfo e Rodolfo. Dolfini e Dolfin preponderantemente são usado para o nome Delfino.

43. Ducci, Duccéschi (Toscana) - de Duccio, hipocorístico dos nomes próprios como Balduccio, Bernarduccio, Branduccio e Guiduccio.

44. Faldi (Toscana) - do nome Faldo, hipocorístico de nomes próprios como Baruffaldo e Ruffaldo.

45. Fazio, Fazi, Fazia, Fazzio, Fazzi, Fassio, Fassi, Faccio, Facci, DeFazio, Di Fazio, De Facci, Fazzini, Fazzino, Fazzina, Fazzin, Fazziòli, Fazzuòli, Fassini, Fassino, Fassiòlo, Fassóne, Fassò, Faccini, Faccin, Faccinato, Facini, Facin, Facciòli, Facciòlo, Facciòtti, Faccióni (toda Itália) - hipocorístico dos nome próprio Bonifazio ou Bonifacio.

46. Fèo, Fèi, de Fèo, De Feudis, Fèola, Fèoli (Sul, Toscana, Trentino) - hipocorístico do nome De Felice ou Felice, mas também pode ser um cognome derivado da palavra medieval fei - vocábulo equivalente a "feudo". Também pode ser um hipocorístico do nome Maffeo, uma variante em algumas regiões da Itália para Matteo.

47. Fini, Fino, Fina, Finèlli, Finiéllo, Finétti, Finucci, Finuzzi, Finòtti, Finardi, Finati, Finazzi, Finazzo, Finéschi (toda Itália) -hipocorístico dos nomes próprios Adolfino, Arnolfino, Pandolfino, Rodolfino, Serafino, etc.

48. Fólchi, Fólco, Fólca, Fulco, Fólcio, Di Fólca, Folcarèlli, Folchétti, Folchini, Folcini, Fùlcoli, Fulcóni, Fulchignóni, Folchièri, Folcéri, Folcièri, Folgièri, Folgièro, Fulcièri, Fulgièri, Fulgèri, Furgièri, Furgèri (Itália peninsular) - hipocorístico do nome Folco, por sua vez este pode se apresentar como está ou ser uma forma curta dos nomes germânicos Folkmar, Folkhard ou Folkheri.

49. Fumèi, Fumai, Fumo, Fumi, Fumis, Fumich, Fumèlli, Fùmolo, Fumani, Fumiani, Fumian (Norte da Itália) - derivação do hipocorístico dialetal Fumèo, este por sua vez equivalente a Tumeo, que é um hipocorístico dos nomes próprios Bartolomeo e Tommaseo, ou mesmo de Matteo. O som da letra theta grega teve diferentes adaptações na Itália, em alguns locais converteu-se no "t" latino, em outros virou o fonema "f" latino.

50. Ghèlli (Toscana, Emília) - das formas Ghèle ou Ghèlle, hipocorísticos do nome mighèle, variante dialetal para o nome mais universal Michèle.