"Neste estudo apresentam-se as classificações e localizações dos indígenas do Estado do Rio Grande do Sul. No início da colonização, conforme historiadores, apresentavam-se os grupos Guenoas (assim nomeados pelos jesuítas) e Minuanos (portugueses e espanhóis) como dois grupos separados.
Classificação do PADRE CARLOS TESCHAUER (1918) apud RAMIREZ (1976, p. 326):
CARIJÓ - Radicada no litoral norte e se estendendo até a Lagoa dos Patos;
CÁAGUA - Abrangendo a população pré-colombiana das matas interioranas;
CAINGANGUE - Situada no chamado Planalto Campestre e no Nordeste;
GUANANÁ ou IBIRAJARA - Ocupando a Província de Ibiaçá;
TAPE - Bacia do Taquari e do Jacuí;
GUARANI - Entre os rios Uruguai, Ijuí e Ibicuí;
ARACHANE - Margem esquerda do Rio Jacuí e estuário do Guaíba;
MINUANO - Lagoa Mirim, no sul do Estado;
GUENOA - Ao sul do Rio Ibicuí;
CHARRUA - Sudoeste e sul do Estado e República Oriental do Uruguai.
O grupo indígena Coroados é também conhecido como Caingangue e atualmente denominado de Kaingang.
O mapa etnográfico de Carlos Teschauer (2002, p. 216) apresenta o Grupo Charrua de maneira equivocada no entorno da Lagoa Mirim, não sendo respaldado pelas informações históricas. Os Charruas habitavam originalmente a região dos rios Paraná e Uruguai, na proximidade do Rio da Prata.
Classificação de AURÉLIO PORTO, apud RAMIREZ (1976, p. 326):
PROVÍNCIA D IBIAÇÁ - Ao norte e nordeste do Estado, são exemplares étnicos representativos os Caaguaras, os Caamoguaras e os Ibianguaras.
PROVÍNCIA DO TAPE - Ao oeste e centro do estado, constituída por esse grupo guaranítico.
PROVÍNCIA DO URUGUAI - Ao oeste e sul do Estado, abrangendo os ramos dos Mbaya, ou Guaicuru do Sul, da formulação de Rodolfo Schüller, Jaró, Mboane, Guenoa, Charrua e Minuano."
Fonte: PEREIRA, Claudio Corrêa. Minuanos/Guenoas: os cerritos da bacia da Lagoa Mirim e as origens de uma nação pampiana. Porto Alegre: Fundação Cultural Gaúcha - MTG, 2008, pág. 100-101.
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