Cidadezinha gaúcha no Vale do Rio Pardo, muito tranquila, pouco menos de 10 mil habitantes, foi o cenário de um curiosa história que chegou até nós por meio de um colaborador do blog. Aliás, um acontecido que prova a velha máxima de que "quem vê cara, não vê coração". Ou quem sabe,um registro do infeliz estado de coisas no País, em que a segurança pública provoca um sentimento de temor e desconfiança cada vez mais presente na população. Vamos ao relato.
Logo pela manhã, na rua principal da cidade, estaciona um carro preto e desce do veículo um sujeito com barba grisalha, um pouco gordo, calçando jeans e vestindo camisa de botão. Completamente desconhecido na cidade, o homem se dirige a um bar ali perto e pede a informação de uma rua. Muitos clientes do comércio olham o sujeito de alto a baixo, tentando compreender quem era e o que fazia, afinal era um estranho na comunidade. Logo depois que o sujeito saiu com a informação, alguns que ali estavam trocam palavras entre si, salientando a atitude aparentemente suspeita do forasteiro. Perguntam-se, ainda, se o sujeito estava de passagem ou procurava algo. O vendeiro apenas informa que o homem de barba grisalha indagou como chegar a uma rua que ficava a três quarteirões dali, o que foi lhe informado sem problema.
Mais adiante, numa pequena agência do Sicredi, o homem de barba grisalha é visto novamente dirigindo-se a um dos caixas eletrônicos do banco. Uma pequena fila de aposentados que estava li também nota o desconhecido, mas não toma nenhum julgamento prévio, apenas uma natural curiosidade. Mais gente percebe os movimentos do sujeito pela cidade. Uns comentam com os outros e logo o tal homem já é o assunto principal das rodas de conversa.
Já é meio-dia e na rádio comunitária local, momento em que costumeiramente vai ar um programa de variedades com noticiário, o locutor aborda a presença do desconhecido na cidade, sem ser direto, mas lembrando das recentes ocasiões de assaltos a banco na região e nas cidades do Rio Grande do Sul. O locutor ainda apimenta os boatos dramaticamente, indagando no programa onde andava a Brigada Militar que pouco se via nas ruas do município. O fato é que a tal rádio era a principal fonte de informação da cidadezinha. Muitos ouviram sobre o assunto e não deram importância, mas tantos outros ficaram desconfiados e saíram a replicá-lo. Rapidamente, a história sobre o forasteiro se multiplica. No início da tarde, a diretora da principal escola pública da cidade já considera seriamente liberar as crianças mais cedo das aulas, temendo o tal homem. Mães em pânico já ouvem conversas mais afoitas que afirmam que o sujeito é pedófilo ou estuprador. Dois vereadores da cidade procuram o prefeito e pedem providências. Na igrejinha do lugar, o clube de senhoras interrompe os trabalhos filantrópicos e são "resgatadas" pelos maridos apressadamente. Mais boataria. A tarde se esvai.
Cinco horas da tarde e uma comissão de políticos e moradores vai até o acanhado posto da Brigada Militar pedindo averiguações e providências. Os relatos são comoventes. Alguns ainda acrescentam que o tal homem se parece com um bandido que participava de assaltos a banco na região. Como? Nem eles mesmos sabiam dizer, mas que assim afirmavam, afirmavam com veemência.
Dois brigadianos saem em busca do sujeito na única viatura do posto. Após muitas perguntas, descobrem que o homem estava morando há poucos dias numa ruazinha sem saída, próximo a um dos limites da cidade. Chegam no local e o mistério é resolvido.
O homem tinha se mudado realmente há poucos dias para a cidade. Estava finalizando a adaptação ao novo local, com coisas ainda a resolver e com a família ainda por chegar. Tudo muito claro e límpido, inclusive com sua identidade confirmada pelos brigadianos. Não passava tudo de uma grande confusão.
A propósito, o tal homem tinha vindo para a cidade em razão do trabalho, por isso não era conhecido de ninguém. Ah... uma última coisa: era o novo delegado da Polícia Civil do município!
Já é meio-dia e na rádio comunitária local, momento em que costumeiramente vai ar um programa de variedades com noticiário, o locutor aborda a presença do desconhecido na cidade, sem ser direto, mas lembrando das recentes ocasiões de assaltos a banco na região e nas cidades do Rio Grande do Sul. O locutor ainda apimenta os boatos dramaticamente, indagando no programa onde andava a Brigada Militar que pouco se via nas ruas do município. O fato é que a tal rádio era a principal fonte de informação da cidadezinha. Muitos ouviram sobre o assunto e não deram importância, mas tantos outros ficaram desconfiados e saíram a replicá-lo. Rapidamente, a história sobre o forasteiro se multiplica. No início da tarde, a diretora da principal escola pública da cidade já considera seriamente liberar as crianças mais cedo das aulas, temendo o tal homem. Mães em pânico já ouvem conversas mais afoitas que afirmam que o sujeito é pedófilo ou estuprador. Dois vereadores da cidade procuram o prefeito e pedem providências. Na igrejinha do lugar, o clube de senhoras interrompe os trabalhos filantrópicos e são "resgatadas" pelos maridos apressadamente. Mais boataria. A tarde se esvai.
Cinco horas da tarde e uma comissão de políticos e moradores vai até o acanhado posto da Brigada Militar pedindo averiguações e providências. Os relatos são comoventes. Alguns ainda acrescentam que o tal homem se parece com um bandido que participava de assaltos a banco na região. Como? Nem eles mesmos sabiam dizer, mas que assim afirmavam, afirmavam com veemência.
Dois brigadianos saem em busca do sujeito na única viatura do posto. Após muitas perguntas, descobrem que o homem estava morando há poucos dias numa ruazinha sem saída, próximo a um dos limites da cidade. Chegam no local e o mistério é resolvido.
O homem tinha se mudado realmente há poucos dias para a cidade. Estava finalizando a adaptação ao novo local, com coisas ainda a resolver e com a família ainda por chegar. Tudo muito claro e límpido, inclusive com sua identidade confirmada pelos brigadianos. Não passava tudo de uma grande confusão.
A propósito, o tal homem tinha vindo para a cidade em razão do trabalho, por isso não era conhecido de ninguém. Ah... uma última coisa: era o novo delegado da Polícia Civil do município!
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