Da "Opinião Pública"
"Verdadeiro anjo do lar, foi, durante a vida Maria A. Borges da Conceição, modêlo das espôsas e exemplo das mães. Veladamente, com o recato da verdadeira delicadeza, foi a providência de grande número de famílias necessitadas, às quais fazia chegar recursos que lhe minoravam as agruras da necessidade. De educação primorosa, bondosa em extremo, apreciados, devendo-se à sua iniciativa a criação de várias associações, que muito concorreram para o desenvolvimento das Belas-Artes em Pelotas. Como protetora desvelada de todos os artistas que recorriam ao seu gentilíssimo acolhimento, foi ela, por assim dizer, a providência da maior parte dos que aqui vieram, alguns perseguidos da sorte. Levando uma palavra de confôrto e de esperança a todos que sofriam, e socorros àqueles que os necessitavam, tornou-se a mãe da pobreza, que a acolhia com inequívocos sinais de gratidão. Magnânima criatura que a fatalidade arrebatou do número dos vivos a 8 de maio de 1897!"
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