Páginas

sexta-feira, 28 de julho de 2017

O Leste da Prússia - origem de boa parte dos imigrantes alemães no Brasil

Antigo brasão de armas da Prússia Oriental

Fonte: CUNHA, Jorge Luiz da. Da miséria fugiam! (pelo menos a maioria). In: FISCHER, Luís Augusto & GERTZ, René E. Nós, os teuto-gaúchos. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2a. ed., p. 264-266.

"A REGIÃO ORIENTAL DA ALEMANHA

Esta região da Alemanha, formada pelas províncias prussianas de Brandemburgo, Posnânia, parte da Silésia (junto ao rio Oder), Pomerânia, Prússia Ocidental e Prússia Oriental e ainda Mecklemburgo (Schwerin e Strelitz) apresentava características diferentes das do resto da Alemanha. A ocupação alemã iniciou com as imigrações que se sucederam desde o século 15 em busca de novos territórios para a população excedente do centro e do oeste da Alemanha. A população era bem menos densa nesta parte da Alemanha, oscilando durante todo o século 19 entre 30 e 63 habitantes por quilômetro quadrado, com exceção para Brandemburgo (incluía Berlim), que alcançou cerca de 85 habitantes por quilômetro quadrado no final do século passado. Este quadro de baixa densidade demográfica explica-se pela estrutura fundiária desta parte da Alemanha, baseada nas grandes propriedades dos Junkers.

No começo do século passado, o Estado prussiano iniciou sua transição para o capitalismo. Em 1807 foi decretada a abolição definitiva da servidão camponesa na Prússia e anulado o regime de fideicomisso, buscando permitir aos grandes proprietários alienarem ou venderem parcelas de suas terras aos camponeses que nelas viviam, para que estes pudessem obter a liberdade como proprietários autônomos. Contudo, as concessões aos Junkers foram tantas que a maior parte dos camponeses perdeu a metade ou a totalidade das terras que cultivava, tendo que se submeter ao trabalho nas propriedades senhoriais ou então fugir para engrossar a massa dos deserdados das cidades industriais do oeste ou dos colonizadores nas Américas.

A emancipação dos camponeses foi acompanhada, entre 1807 e 1808, de uma reforma administrativa que revogou, ao lado da servidão camponesa, o sistema jurídico dos três estados e organizou a Prússia em Departamento, a exemplo da França. Todas essas reformas contaram com a veemente oposição dos Junkers, que derrubaram seu idealizador, Stein, quando este começou a planejar reformas que pretendiam abolir as jurisdições patrimoniais e as imunidades fiscais da nobreza. O sucessor de Stein foi Hardenberg, que se dedicou à modernização do absolutismo prussiano e da classe Junkers: em 1810 e 1816 foi implementada uma 'reforma agrária', que se pretendia complementar o edito de emancipação do ano de 1807. Com esta medida, os camponeses sofreram a espoliação econômica de cerca de 1 milhão de hectares e 260 milhões de marcas, como compensação aos seus antigos senhores pela liberdade conquistada. Além disso foram eliminadas as terras comunais (pastagens e florestas) e o sistema de cultivo em três campos. Como resultado dessas medidas, as propriedades dos Junkers aumentaram na exata proporção do crescimento de uma massa de trabalhadores rurais sem terra, impedidos de abandonarem suas regiões por ordens judiciais que os colocaram à disposição dos grandes proprietários.

As reformas de Hardenberg permitiram o acesso da burguesia à propriedade da terra e o acesso dos elementos da nobreza a profissões burguesas e tornaram livre o mercado de terras. Assim, foram eliminados os Junkers incapazes ou arruinados e substituídos pelos proprietários emancipados da burguesia - os Grobbauern -, enquanto que os Junkers que permaneceram se modernizaram e aumentaram o tamanho e a produtividade de suas propriedades. Entre 1815 e 1864 a área cultivada e a produção dobraram no Além-Elba com a utilização de trabalhadores assalariados.

Os camponeses, transformados em assalariados, se dividiram em dois grandes grupos: os moradores e os jornaleiros agrícolas, submetidos ambos a uma série de tradições e costumes feudais, que sobreviveram até o começo do século 20, e que impunham uma rígida disciplina dominal como: prisões e castigos corporais por greve ou tentativa de fuga.

Os moradores se originavam geralmente dentre os criados da casa senhorial (domésticos, cocheiros, serviçais) - funções geralmente ocupadas pelos jovens - que recebiam um salário monetário e que tinham sua manutenção garantida pela própria casa senhorial. Normalmente, quando conseguiam algum pecúlio que lhes permitia comprar uma vaca e os utensílios necessários para montar uma casa, acabavam casando e assumindo a condição mais independente de moradores.

Como morador, o antigo camponês precisava colocar o seu trabalho e o de sua mulher à disposição do proprietário e muitas vezes o trabalho de outro trabalhador dependente, principalmente no começo de seu estabelecimento como morador. Quando os filhos ultrapassavam a idade escolar, eram incorporados ao trabalho como trabalhadores dependentes ou como criados do proprietários. O morador, em alguns casos, tinha a possibilidade de arrendar parcelas de terras do proprietário, aumentando, assim, as possibilidades de ganho e poupança.

A relativa estabilidade dos moradores agrícolas na Alemanha oriental passou a ser abalada quando a produção cerealífera europeia começou a sofrer a concorrência dos cereais produzidos pelos Estados Unidos da América do Norte, justamente pelo trabalho dos imigrantes europeus. Quando se estabeleceu a crise na agricultura das grandes propriedades, houve uma tendência à substituição dos moradores por jornaleiros agrícolas, que não precisavam ser pagos nos períodos de entressafra.

Esta mudança, na composição dos trabalhadores assalariados na agricultura da região oriental da Alemanha, colocou em movimento migratório um enorme contingente populacional que buscava ocupação nas culturas temporárias de forma cada vez mais intensa na segunda metade do século 19, desembocando não raro nas indústrias urbanas, onde os salários eram melhores ou em algum porto: deslocando a esperança de uma vida melhor para a América."

terça-feira, 25 de julho de 2017

A escravidão em Pelotas


Fonte: SIMÃO, Ana Regina Falkembach. Resistência e acomodação: a escravidão urbana em Pelotas, RS (1812-1850). Passo Fundo: UPF, 2002, p. 62-63.

"Era muito grande o número de trabalhadores escravizados que trabalhavam nas indústrias do charque pelotense. Tão expressiva era a população cativa que vivia nas charqueadas que chegava a preocupar a classe senhoril, já que a concentração de trabalhadores escravizados num mesmo local poderia facilitar rebeliões. Em vários documentos da época, constata-se a inquietação da elite pelotense com relação à multidão de cativos e à possibilidade de insurreição.

Em ofício expedido pela Câmara Municipal de São Francisco de Paula, em 1835, foi relatada a apreensão que os charqueadores da vila viveram durante alguns meses de 1835. Sabe-se que, nesse ano, na cidade de Salvador, houve uma insurreição escrava, conhecida como 'Malê', que teve grande repercussão nacional. O referido documento aponta para o temor dos charqueadores em receber cativos que fossem oriundos da Bahia, pois poderiam ter estado direta ou indiretamente envolvidos na insurreição. Dizia o documento ser 'evidente que se tais escravos vieram para Pelotas seriam vendidos a maior parte para as charqueadas que existem neste município, onde contém dois a três mil cativos, quase em contato uns com os outros, pela proximidade em que se achavam ditas charqueadas, receando-se deste modo que eles venham engrossar o número dos desmoralizados, apesar do cuidado e vigilância dos donos das ditas charqueadas (...)'.

Na primeira metade do século XIX, 'a charqueada trouxe não apenas a riqueza, mas o adensamento populacional, pois cada grande estabelecimento contava, pelo menos, com mais de cem pessoas'. À medida que o número de trabalhadores livres e escravizados da indústria saladeiril aumentou, o desenvolvimento urbano sofreu impulso correspondente. Em verdade, com o desenvolvimento das charqueadas, vários moradores da região que enriqueceram com o comércio do charque construíram luxuosas casas na nascente cidade, onde residiam sobretudo na entressafra charqueadora. O espaço urbano tornou-se, assim, local de sociabilidade, de eventos culturais e, sobretudo, de prestação de serviços para as comunidades das vizinhanças.

Se a sofisticação e a elegância foram características do cotidiano das população senhoriais de Pelotas do século XIX, não se pode dizer o mesmo quanto às condições de vida e de trabalho dos cativos da região, sobretudo nas charqueadas.

Em 1820, ao visitar São Francisco de Paula, Saint-Hilaire relatou: 'Nas charqueadas os negros são tratados com muito rigor. O Sr. Chaves é considerado um dos charqueadores mais humanos, no entanto ele e sua mulher só falam a seus escravos com extrema severidade, e estes parecem tremer diante de seus patrões (...)'. O viajante francês disse ainda: 'A Dona (...) me cumulou de gentilezas até o último instante. Porém, esta mulher, que me parecia tão boa e meiga, apenas voltava ao interior da casa, e eu já ouvia gritar a plenos pulmões e maltratar suas escravas'. Para Nicolau Dreys, 'uma charqueada bem administrada era um estabelecimento penitenciário'.

Pelotas foi, definitivamente, produto da produção charqueadora. Eduardo Arriada lembra: '(...) enquanto não houve o surgimento e estruturação das charqueadas na região de Pelotas, não ocorreu o menor vestígio de um esboço de urbanização, esta só foi aparecer depois de criadas as condições socioeconômicas, fruto do mundo do charque'.

Nos próprios rigores da vida servil a que estavam sujeitos os trabalhadores escravizados na produção charqueadora e urbana e das possibilidades ensejadas sobretudo por um trabalho ou habilidades especializada, nascia o desejo de alcançar a alforria, tema de nosso próximo capítulo." 



sexta-feira, 21 de julho de 2017

A Escravidão no Brasil


Trecho extraído de: DICIONÁRIO UNIVERSAL DE CURIOSIDADES. São Paulo: Comércio e Importação de Livros Cil S.A., 1968, p. 706-708

"Do ponto de vista econômico, o Brasil é um resultado da escravidão. Não fôssem os escravos, e o Brasil não seria o que é hoje. De seu trabalho nos veio o ouro, o café e o açúcar, tendo sido o Brasil uma das maiores potências agrícolas do mundo. 

A escravidão é condenável do ponto de vista sociológico e cristão. As mesmas riquezas poderiam ter sido produzidas dando-se aos negros a condição de homens livres. Entretanto, considerando-se hoje o fato histórico consumado, apesar de bárbaro e infame, o período escravagista do Brasil constituiu fator decisivo para a emancipação econômica brasileira. Os índios não tinham para o trabalho a aptidão dos negros, sendo ainda protegidos pelos jesuítas. No ano de 1570, S. Sebastião determinou que todo índio antropófago, feito prisioneiro de guerra, deveria ser escravizado. Em 1611, Felipe III revogou a lei da abolição dos índios; nessa época recrudesceram as Entradas para caça aos índios. Manuel Pires, através do Rio Negro, durante os anos de 1565 a 1567, trouxe do Pará mais de mil índios. No ano de 1697, por influência dos jesuítas, foi renovada a proibição do tráfico indígena. 

Portugal recebeu os primeiros escravos em 1442, procedentes da Guiné. Foram apresados por Gil Eanes, o primeiro português a dobrar o Cabo Bojador. 

Diversas foram as revoltas feitas pelos escravos, no anseio incontido de recuperar a liberdade e libertar-se do jugo dos senhores. Milhares foram os escravos mortos nessas guerrilhas. No Brasil, ficou célebre a história do Quilombo dos Palmares. Os negros foragidos reuniam-se em locais determinados, em tôrno de seus chefes. Êsses locais em que se agrupavam os escravos revoltosos recebiam o nome de quilombos. 

A 28 de setembro de 1871, por esforços do Visconde do Rio Branco, foi promulgada a lei do ventre livre, cujo teor dava liberdade aos nascituros, a partir desta data. Era a aurora da abolição futura. Mesmo que mais não se fizesse, dentro de algum tempo extinguir-se-ia o cativeiro. Entretanto, em 1887, a estatística acusava o número de 723.419 pessoas em condição de escravos, em nosso país. Mas a revolta ideológica alastrava-se com veemência. De todos os pontos da nação erguiam-se vozes e organizavam-se movimentos em favor da abolição dos escravos. Destacaram-se, nessa revolução social, Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Luís Gama, bem como o poeta condoreiro, Castro Alves, que fêz da solidariedade humana, em favor dos escravos, uma das maiores fontes de inspiração épica. Por iniciativa particular, o Ceará e o Amazonas puseram têrmo a escravidão negra, a partir de 1884. Como um passo a mais para a abolição, promulgou-se a lei dos sexagenários, dando alforria automática ao escravo que completasse 60 anos de idade. Finalmente, a 13 de maio de 1888, a Princesa Regente Dona Isabel assinava a definitiva abolição da escravatura no Brasil. Essa lei, com justiça, chamou-se Lei Áurea, isto é, lei de ouro. Pelo seu conteúdo sociológico, como afirma o Prof. C.A. de Toledo, essa lei transcende os âmbitos de um decreto comum, e assume as proporções de verdadeiro ato adicional à Constituição Brasileira. No dia da abolição  dos escravos, foram libertados aproximadamente 800 mil escravos.

De 1550 a 1850, o Brasil recebeu da África mais de três milhões de escravos, havendo autores, que apresentam a cifra de seis milhões. Vinham geralmente da Guiné. Os maiores mercados brasileiros, eram os do Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas Gerais e Bahia. O preço médio por cabeça era de 20 a 30 libras; havia, entretanto, negros excepcionais, verdadeiros hércules, cujo preço atingia 100 libras."

quarta-feira, 19 de julho de 2017

IHGCL está aberto ao público


O Instituto Histórico e Geográfico de Capão do Leão, situado à Avenida Narciso Silva esquina Rua Professor Agostinho, passa, a partir desta semana, a abrir suas portas à comunidade local, pesquisadores e interessados, com regularidade. A entidade estará aberta às terças e quinta-feiras, no turno da tarde, entre 13h30min e 16h30min. 

terça-feira, 18 de julho de 2017

Maragatos


Fonte: NUNES, Zeno Cardoso & NUNES, Rui Cardoso. Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Martins Livreiro Editor, 1982, p. 284-285.

"Denominação dada ao revolucionário ou partidário da revolução rio-grandense de 1893, adepto ao credo político pregado por Gaspar da Silveira Martins e adversário do partido então dominante, chefiado por Júlio Prates de Castilhos.// Revolucionário ou partidário da revolução rio-grandense de 1923, adepto do partido liderado por Joaquim Francisco de Assis Brasil e contrário a Antônio Augusto Borges de Medeiros, governador do Estado. // Federalista.

'Na província de León, Espanha, existe uma comarca denominada Maragatería, cujos habitantes têm o nome de maragatos, e, que, segundo alguns, é um povo de costumes condenáveis; pois, vivendo a vagabundear de um ponto a outro, com cargueiros, vendendo e comprando roubos e por sua vez roubando principalmente animais; são uma espécie de ciganos. Aos naturais da cidade de São José, no Estado Oriental do Uruguai, dão neste país o nome de maragatos, talvez porque os seus primeiros habitantes fossem descendentes de maragatos espanhóis. Pelo fato de os rebeldes em suas excursões irem levantando e conduzindo todos os animais que encontravam, tendo apenas bagagens ligeiras, cargueiros, etc. Como os da Maragatería e porque (com exceções) suspendiam com o que encontravam em suas correrias, aplicou-se-lhes aquela denominação, que aliás eles retribuíram com outras não menos delicadas aos republicanos, a despeito da correção em geral observada por estes em toda a luta.' (Romaguera)

'Ainda hoje (1897), que 11 séculos são decorridos, os maragatos constituem um nódulo distinto ao meio da população lionesa. São ainda os bérberes antigos: usam a cabeça raspada, com uma mecha de cabelo na parte posterior; falam uma linguagem que não é bem castelhana, a qual apresenta uma pronúncia arrastada, dura e lenta, e são geralmente arredios.' (Oliveira Martins, apud Vocabulário Sul-Rio-Grandense, P.A., Globo, 1964, p. 289).

'Trouxera consigo, além do irmão Aparício, um grupo de maragatos do Departamento de S. José, nome por que eram conhecidos os imigrantes de certa região da Espanha, e, que, pelo prestígio do chefe, se estendeu a todos os rebeldes da Revolução Federalista e até, posteriormente, a qualquer adversário da situação castilhista do Rio Grande.' (Arthur Ferreira Filho, Revoluções e Caudilhos, 2a.ed., Passo Fundo, p. 34).

'J.F. de Assis Brasil, o velho líder político maragato, lança 'A Atitude do Partido Democrático Nacional na Crise da Sucessão Presidencial do Brasil', um trabalho que merece ser lido e meditado.' (Pedro Leite Villas-Bôas, Um Quarto de Século de Literatura Rio-Grandense - 1929-1954, in Revista da Academia Rio-Grandense de Letras, no.1, P.A., 1980, p. 125).

'Velho Tropeiro Vicente,
que amas tuas origens...
fibra de velhas raízes, 
em solo duro e ingrato.
Teimoso remanescente
duma raça em extinção...
És caudilho maragato
sem armas nem munição, 
peleando valentemente
na defesa deste chão!'
(Cardo Bravo, Rebeldia, poema)".

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Uma charqueada platina no século XVIII

Um saladero argentino (ilustração pública)


Fonte: LEITE, José Antonio Mazza. "Xarqueadas" de Danúbio Gonçalves: um resgate para a História. Pelotas/RS: Ed. UFPel, 2004, p. 50.

"As descrições sobre as Charqueadas do século XVIII são extremamente raras e imprecisas. Nesse sentido, temos a 'Descripción de la Província del Rio de la Plata' (1771), de Francisco Millau (1947, p. 56-57), Colección Austral, Buenos Aires, citado por Mário Maestri, em seu livro 'O Escravo no Rio Grande do Sul'.

Millau, oficial de marinha espanhol que parte para o Prata em novembro de 1751, descreve com alguma precisão, o que deveria ser a técnica 'saladeril' em meados do século XVIII: As fazendas de Buenos Aires não dão o produto correspondente às suas extensões e à multiplicação de seus gados, porque estes, por sua abundância, vendem-se com dificuldade a preço mínimo e é pequena a saca de couro que podia dar a maior utilidade. A principal utilidade que deixam as matanças de gado vacum é o couro, a gordura, a banha e a língua, e é de nenhum proveito o mais de suas carnes. Algumas poucas que se quer conservar, convertem-se em charque ou 'tasajo', isto é, carne seca ou salgada. Faz-se o charque cortando, primeiro, a carne em tiras de maior largura e mais finas que se coloca, sobre um grande couro estendido no solo, até preencher todo seu espaço e se joga sobre elas partículas de sal. Dispõe-se assim uma segunda camada que leva a mesma porção de sal e se prossegue deste modo com outras, fazendo uma pilha da altura que se quer e se cobre com outro couro, colocando em cima bastante peso. Mantém-se assim, algumas horas, até que toda a carne vá eliminando toda a água e o sal. Estendem-se logo essas tiras, em cordas ou paus, para secar ao sol, se não é forte e se corre vento fresco e não à sombra e somente ar. Prossegue-se esta atividade por alguns dias, tendo o cuidado de recolhê-las à noite para libertá-las do sereno a fim de preservá-los, enquanto que se pode, da umidade. Antes que sequem e quando se sabe que falta pouco, amontoa-se outra vez em pilhas comprimindo-a com algum peso, para que a gordura que podem ter, se reparta engraxando toda a carne, para que se conserve melhor, assim feito põe-se a secar como antes. Beneficiando deste modo o charque guarda-se fazendo deles alguns rolos a maneira dos terços, para levá-lo a qualquer lugar."

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Sobrenomes pomeranos - Parte 11


Reproduzimos aqui em forma de lista os sobrenomes pomeranos pesquisados por Edward Breza, que incluem sobrenomes encontrados em suas pesquisas nas voivodias (províncias) polonesas da Pomerânia, Pomerânia Ocidental e Cujávia-Pomerânia, mas não sabemos dizer se incluem sobrenomes presentes no estado alemão de Mecklemburgo-Pomerânia. Vale lembrar que a antiga região da Pomerânia incluía territórios majoritariamente poloneses na atualidade e uma porção menor hoje pertencente a Alemanha. Há menos de 100 anos, toda essa região era ainda parte do Império Alemão e retornando ainda 200, 250 anos a Pomerânia fazia parte do Reino da Prússia (embrião da Alemanha moderna). Segue, pois, a lista simples dos sobrenomes pesquisados por Breza, de acordo com o pesquisador polonês Janusz Stankiewicz.

Para tanto, tomamos a liberdade de fazer alguns melhoramentos e adições para melhor compreensão dos leitores de língua portuguesa, principalmente fazendo uso das versões em língua alemã e língua polonesa da Wikipedia, assim como do Wikcionário também das respectivas línguas. Também fizemos uso do Dicionário Geográfico do Reino da Polônia e outros países eslavos (no original polonês Slownik geograficzny Królestwa Polskiego i innych krajów slowianskich). 

Edward Breza (nasc. 1932) é professor emérito de Humanidades da Universidade de Gdansk, na Polônia. Com formação em Filosofia e Teologia e mestrado em Filologia. Suas principais áreas de estudo constituem a história da língua polonesa, linguagem, onomástica, dialetologia, especialmente sobre as etnias cassúbia e pomerana. Dentre suas várias obras sobre Onomástica, destaca-se Os Nomes dos Pomeranos - Origem e Mudança (no original polonês Nazwiska Pomorzan - Pochodzenie i Zmiany)de 2001, publicada pela própria universidade em que leciona, que lhe valeu um prêmio especial do Ministério da Cultura da Polônia. Breza também é membro do Comitê Internacional de Onomástica.

1445. Taborowski - toponímico referente a Tabor: uma aldeia no município de Celestynow, distrito de Otwock, Mazóvia, Polônia. O topônimo Tabor também aparece duas vezes na República Tcheca e uma vez na Eslovênia.
1446. Tajcherski, Tajchert, Tajchman, Tajchmann, Tajchner, Teich, Teichen, Teicher, Teichert, Teichmann, Teichner, Tejchman, Tejchmann, Tejchner - piscicultor, o criador de peixes em áreas predeterminadas.
1447. Talp, Talpa, Talpinski - toupeira-europeia (Talpa europaea).
1448. Talus, Talusz - calcanhar. O sobrenome pode também ser um patronímico de Talus - um nome masculino.
1449. Tambor, Tambur - tambor, o soldado tamborileiro de uma companhia militar.
1450. Tand, Tandas, Tandeck, Tandecki, Tandej, Tandejko, Tandek, Tant, Tanta, Tantala, Tantius, Tanty, Tandek, Tedyk - brinquedo, bugiganga, bijuteria. Designa o vendedor ambulante que aparecia em feiras de uma região, vendendo toda a sorte de produtos baratos. 
1451. Targa, Targacz, Targaczewski, Targala, Targon, Targos, Targosz, Targus - mercado, pechincha, ato de comprar pechinchando. Designa os mercados populares da Idade Média e Idade Moderna.
1452. Targanski, Targonski - toponímico referente à aldeia de Targonie, município de Regimin, distrito de Ciechanow, Mazóvia, Polônia.
1453. Targowica, Targowski, Targowiski - toponímico referente à aldeia de Targowiska, município de Miejsce Piastowe, distrito de Krosno, Subcarpácia, Polônia.
1454. Tarka, Terka, Terkala, Terkalski - ralador, algo que rala; pode designar um tipo de ferramenta de serralheria; ou ainda, um riacho em que os peixes cruzam em correntes estreitas. O vocábulo também pode indicar algum processo de lavagem de roupas. Por fim, uma denominação para o espinheiro-negro (Prunus spinosa).
1455. Tatar, Tatara, Tatarka, Taterko - trigo-mourisco (Fagopyrum esculentum). Ou ainda, um toponímico referente à vila de Tatar, município de Szczercow, distrito de Belchatow, província de Lodz, Polônia.
1456. Taub, Taubamann, Taube, Taubman, Taubmann - pomba (família Columbidae). Figurativamente, um homem surdo.
1457. Tenior, Tenor, Tenorio - tenor. Porém, dentro de seu contexto histórico, o cantor masculino que inicia o tom ao coro de uma igreja.
1458. Toeplitz, Teplicki, Teplycki - toponímico referente à cidade de Cieplice (nome tcheco Teplice, nome alemão Teplitz), região de Ustecky, República Tcheca.
1459. Teper, Teperek, Teperowicz, Teperski, Top, Topa, Toper, Toperek, Topf, Topfer, Topka, Topke, Topp, Toppa - ceramista.
1460. Thiel - patronímico do nome germânico Thilo.
1461. Thurau, Thurow, Turau, Turawa, Turower - patronímico referente à cidade de Turawa (nome alemão Gemeinde Turawa ou Thurow), distrito de Opole, província de Opole, Polônia.
1462. Tibus - patronímico do nome Mateusz (Mateus em português).
1463. Tinc, Tincek, Tincel - cerca de ripas.
1464. Tischer, Tischler, Tischmann, Tischmer, Tissar, Tissarek, Tissler - de origem tcheca; significa carpinteiro.
1465. Titus - patronímico do nome Titus (Tito em português).
1466. Tobaj, Tobajka, Tobajko, Tobal, Tobalczuk, Toball, Tobalski, Tobal, Tobalkiewicz, Tobarek, Tobasiewicz, Tobaszewski, Tobata, Tobbei, Tobczyk, Tobczynski, Tobei, Tobej, Tobel, Tobelek, Tobelski, Tobera, Toberski, Tobey, Tobian, Tobiarz, Tobiasinski, Tobiaski, Tobiasz, Tobiaszek, Tobiaszewicz, Tobiaszewski, Tobias, Tobienski, Tobieski, Tobijas, Tobijasiewicz, Tobijasinski, Tobijaszko, Toby, Tobilski, Tobinski, Tobisiak, Tobisz, Tobiszewski, Tobiszowski, Tobis, Tobjanski, Tobjarz, Tobjas, Tobjasz, Tobjaszewski, Tobka, Tobkiewicz, Toboja, Tobojka, Tobojko, Tobola, Tobolak, Tobolewicz, Tobolewski, Tobolik, Toboliszewski, Tobolla, Tobollik, Tobolski, Tobolszewski, Tobol, Tobola, Tobolek, Tobolka, Tobolkiewicz, Tobolowski, Tobor, Tobora, Toborek, Toborowicz, Toborowski, Toborski, Toboszewski, Tobota, Tobowski, Tobolski, Tobuch, Tobulski, Tobula, Tobulka, Tobunski, Tobur, Tobus, Tobys, Tobysz, Tobysiak - patronímico do nome masculino Tobiasz (Tobias em português). Porém, pode ainda ser um toponímico relacionado a uma diversidade de lugares na Europa Oriental que tenham como prefixos Tobi-, Toba-, Tobol-, entre outros.
1467. Toch, Tocha, Tochman, Tochmann, Tochmanow, Tochmanski, Tochnan - patronímico do nome russo Tochma (Tomasz em polaco, Tomás ou Tomé em português).
1468. Tock, Tocka, Tocke, Tocki, Tok, Toka - barril; um recipiente para líquidos; tambor; uma poça d'água de forma circular e muito profunda.
1469. Toczek - animal obeso e bem alimentado; pessoa obesa; pessoa bem nutrida. É de origem cassúbia.
1470. Tom, Toma, Tomak, Tomczak, Tomczakowski, Tomczek, Tomczenko, Tomczok, Tomczuk, Tomczyce, Tomczyk, Tomeczak, Tomek, Tomiec, Tomik, Tomkiewicz, Tomkojc, Tomkowicz - patronímico do nome Tomasz (Tomás ou Tomé em português).
1471. Tor, Torek, Tork, Torke, Torko - patronímico do nome Wiktor (Vítor em português) ou do nome Nestor (correlato em português).
1472. Torlap, Torlopp, Tprlop - originário de uma palavra russa para pele. Por isso, designa o peleiro, comerciante de peles, caçador de peles.
1473. Torun, Torunczak, Toruniak, Toruniewski, Torunczyk, Torunski - toponímico referente à cidade de Torun (nome alemão Thorn; nome latino Thorunia ou Torunium), distrito de Torun, Cujávia-Pomerânia, Polônia.
1474. Tracz, Traczewski, Traczyk, Traczysnki - serrador de madeira, lenhador. Denominação genérica para várias aves da família Anatidae. Ou ainda, um toponímico referente à aldeia de Tracze (nome alemão Tratzen), município de Elk, distrito de Elk, Wármia-Masúria, Polônia.
1475. Tram, Trams, Tran, Trun, Truna, Trunek, Trunet, Trunik, Trunin, Trunk, Trunowicz - a viga de madeira principal de uma construção; um moinho de trituração de madeira; um moinho de madeira usado para triturar e compactar minérios; o mastro principal de um navio; feixe de madeiras; licor de ervas e/ou frutas.
1476. Trancygier - vigas ou toras de madeira que são jogadas rio abaixo.
1477. Trap, Trapa, Trapacz, Trapak, Trapczyk, Trapper, Trapiak, Trapik, Trapilo, Trapkiewicz, Trapko, Trapkowski, Trapowicz, Trapp, Trappa, Trapski, Trapuk, Trapukowicz - sobrenome de amplo significado. Pode designar, de acordo com uma palavra de origem cassúbia, homem lento, homem fleumático. Bem como ainda, significar lugar ou coisa difícil, problemática, tal como um local de difícil acesso. Também está associado a íngreme, lugar íngreme. Pode também ser um sinônimo para homem nanico, anão. Por fim, uma forma para denominar a abetarda (Otis tarda).
1478. Tred, Treda, Trede, Treder, Treter, Trejder, Trejderowski, Trejdowski, Treter, Tretter - andarilho, nômade. O significado do sobrenome pode estar associado ao ofício de pastor de animais.
1479. Treichel, Treicher - sino colocado ao redor do pescoço de bovinos leiteiros. Figurativamente: bêbado, boêmio. Ou ainda, um toponímico referente à vila de Trzechel (nome alemão Treichel), município de Nowogard, distrito de Goleniow, Pomerânia Ocidental, Polônia.
1480. Trel, Trela, Trelak, Trelak, Treler, Trelewicz, Trelew, Trelinski, Trelka, Trell, Trella, Trelle, Treller, Trelowski, Trelski, Tryl, Tryla, Tryler, Trylewicz, Trylinski, Tryll, Tryllski, Trylowski, Tryslki, Tryluk - o trinado de um pássaro, chilrear de uma pássaro. Figurativamente: pessoa de voz obtusa ou tímida, pessoa de voz baixa, ou também, pessoa de voz canora. Igualmente, designa viga de madeira ou qualquer tipo de ferrolho ou fechadura fabricados de madeira. Por fim, treliça de madeira, janela de treliça.
1481. Trepczik, Trepczyk, Trepczynski, Trepka, Trepke, Trepko, Trepkowski, Trippe, Tryp, Trypak, Trypaluk, Trypka, Trypke, Trypko - tamanco; um fabricante de tamancos.
1482. Trepow, Trepowski - toponímico referente à duas aldeias na Polônia: Trzepowo (nome alemão Strippau), município de Przywidz, distrito de Gdansk, Pomerânia; Trzepowo, município de Dunnock, distrito de Pultusk, Mazóvia.
1483. Treptau, Treptow, Trzebiatkowski, Trzebiatowski, Trzebietowski - toponímico referente aos seguintes locais: o município de Treptow-Köpenick, distrito de Berlim, região de Berlim, Alemanha; a cidade de Trzebiatow (nome alemão Treptow an der Rega), distrito de Gryfice, Pomerânia Ocidental, Polônia; a aldeia de Trzebiatow (nome alemão Treptow bei Stargard), município de Starogard, distrito de Starogard, Pomerânia Ocidental, Polônia.
1484. Troch, Trocha, Trochaj, Trochalla, Trochalski, Trochalla, Trochan, Trochaniak, Trochanowicz, Trochanowski, Troche, Trochel, Trochelepszy, Trochim, Trochimczuk, Trochimiec, Trofim, Trofimiak, Trofimiec, Trofimiuk, Trofimowicz - patronímico do nome Trofim (do grego Tróphimos que significa comedor, nutrido, saudável).
1485. Trotsky, Trok, Troka, Trokajlo, Trokalo, Trokiel, Trokielewicz, Troki, Trokki, Trokowicz, Trokowski, Troks, Trokun, Trokunowicz - corda, correia, cinto, pulseira. Designa o cordoeiro ou o fabricante de objetos de couro em geral.
1486. Trommel - tambor.
1487. Trus, Trusek, Trusewicz, Trusiel, Trusien, Trusiewicz, Trusik, Trusillo, Trusina, Trusinski, Trusiuk, Trusow, Trusowicz, Trusowski, Truss, Trussner, Truzik - coelho-europeu (Oryctolagus cuniculus). Figurativamente: homem covarde, homem silencioso, homem inocente.
1488. Truskawa, Truskawicki, Truskawiecki, Truskawka, Truskawski - morango (gênero Fragaria). Ou ainda, um toponímico referente aos seguintes lugares: a aldeia de Truskaw, município de Izabelin, distrito de Zachodni Warsaw, Mazóvia, Polônia; a cidade de Truskawiec (nome ucraniano Truskavets), região de Lviv, Ucrânia; a aldeia de Truskawiec, município de Poddebice, distrito de Poddebice, província de Lodz, Polônia; a aldeia de Truskawka, município de Czosnow, distrito de Nowy Dwor, Mazóvia, Polônia.
1489. Trzeciak, Trzeciaki - uma antiga moeda polaca (produzida inicialmente na Cracóvia e depois na Silésia) de prata ou cobre, dependendo da época histórica, que remonta ao século XIV, cujo significado é terceiro, ternário, a terceira parte. Mormente, a moeda continha 0,57 g de prata. Figurativamente: trabalhador jornaleiro, trabalhador que recebe por jornada.
1490. Trzemiel - abelhão (Bombus terrestris).
1491. Tuchlin, Tuchlinski - toponímico referente aos seguintes locais na Polônia: o assentamento florestal de Tuchlin, município de Orzysz, distrito de Pisz, Wármia-Masúria; a vila de Tuchlin, município de Branszczyk, distrito de Wyszkow, Mazóvia; a vila de Tuchlin, município de Orzysz, distrito de Pisz, Wármia-Masúria; a vila de Tuchlino, município de Sierakowice, distrito de Kartuzy, Pomerânia. Também pode ser um patronímico do nome eslavo Tuchlin (em desuso).
1492. Tumidaj, Tumidajewicz, Tumidajewski, Tumidajowicz, Tumidajski - toponímico referente ao seguintes lugares na Polônia: a aldeia de Tumidaj, município de Krosniewice, distrito de Kutno, província de Lodz; a aldeia de Tumidaj, município de Brzeznio, distrito de Sieradz, província de Lodz; a aldeia de Tumidaj, município de Ostrowite, distrito de Slupca, Grande Polônia; a aldeia de Tumidaj, município de Miescisko, distrito de Wagrowiec, Grande Polônia.
1493. Tus, Tusak, Tusek, Tusiak, Tusiek, Tusien, Tusiewicz, Tusik, Tusin, Tusinski, Tusk, Tuske, Tuski, Tuskowski, Tuss - trenó conduzido por cães. Um condutor de trenó. Ou ainda, um toponímico referente à vila de Tuszkowy (nome alemão Tuschkau), município de Lipusz, distrito de Koscierzyna, Pomerânia, Polônia.
1494. Tutak, Tutka, Tutke, Tutkaj, Tutkala, Tutkalik, Tutko, Tutkowski - saco, bolsa, cápsula, bulbo, folículo, cartucho, focinho de vaca, cornamusa. Pode designar tanto um aspecto geográfico, um aspecto profissional, um detalhe do vestuário, um animal, uma planta, etc., por isso, o significado é amplo.
1495. Tuz, Tuzel, Tuziak, Tuzik - dignatário, alguém de importância, fidalgo, bem-nascido.
1496. Tworek, Twork, Tworka, Tworke, Tworkiewicz, Tworko, Tworkowski - patronímico dos antigos nomes eslavos Tworzymir (aquele que constrói a paz) ou Tworzyjan (aquele que floresce). Ou ainda, um toponímico referente aos seguintes locais na Polônia: a aldeia de Tworkow (nome alemão Tworkau), município de Krzyzanowice, distrito de Raciborz, Silésia; a aldeia de Tworkowice, município de Ciechanowiec, distrito de Wysokie, Podláquia; a localidade de Tworki, município de Pruszkow, distrito de Pruszkow, Mazóvia; a localidade de Tworki, município de Mszana Dolna, distrito de Limanowski, Pequena Polônia; a aldeia de Tworki, município de Jasieniec, distrito de Grocej, Mazóvia; a localidade de Tworki, município de Zareby Koscielne, distrito de Ostrow, Mazóvia; a aldeia de Tworki, município de Wisniew, distrito de Siedlce, Mazóvia; a aldeia de Tworki, município de Wyszki, distrito de Bielsko, Podláquia; a aldeia de Tworki, município de Rajgrod, distrito de Grajewo, Podláquia; a aldeia de Tworkowa, município de Czchow, distrito de Brest, Pequena Polônia; a extinta aldeia (incorporada em 1901) de Tworkowo, município de Suchy Las, distrito de Poznan, Grande Polônia.
1497. Tybor, Tybora, Tyborczyk, Tyborczk, Tyborczuk, Tyborowicz, Tyborowski, Tyborra, Tyborski, Tybora, Tybur, Tybura, Tyburak, Tyburc, Tyburca, Tyburch, Tyburcy, Tyburcz, Tyburcza, Tyburczak, Tyburczuk, Tyburczyk, Tyburczyn, Tyburkiewicz, Tyburowski, Tyburski, Tyburzec - patronímico do nome latino Tiburtius ou polaco Tibor (Tibúrcio em português). Ou ainda, um toponímico referente a Tybory - nome de lugar que se repete oito vezes na Polônia.
1498. Tybus, Tybusek, Tybuszewski, Tyws, Tywusik, Tywuszyk - patronímico derivado do hipocorístico do nome Mateusz (Mateus em português).
1499. Tyl - patronímico do nome germânico Thilo.
1500. Tym, Tyma, Tymo - patronímico do nome Tymoteusz (Timóteo em português).
1501. Tyniecki - toponímico referente a Tyniec - nome de lugar que se repete sete vezes na Polônia.
1502. Tysarczyk, Tysarowski, Tysarski, Tyscher, Tyschler - de uma palavra tcheca do século XIV para carpinteiro.
1503. Tytus, Tytusz - patronímico do nome Tytus (Tito em português).
1504. Udo - patronímico do nome Odo ou Oto (correlato em português).
1505. Ugowski, Ugoski - toponímico referente aos seguintes lugares na Polônia: a aldeia de Ugoszcz (nome alemão Bernsdorf), município de Studzienice, distrito de Bytowski, Pomerânia; a aldeia de Ugoszcz, município de Brzuze, distrito de Rypin, Cujávia-Pomerânia; a aldeia de Ugoszcz, município de Miedzna, distrito de Wegrow, Mazóvia; a aldeia de Ugoda, município de Rawicz, distrito de Rawicz, Grande Polônia; a aldeia de Ugoda (nome alemão Frieddorf), município de Sicienko, distrito de Bydgoszcz, Cujávia-Pomerânia.
1506. Ukleia, Uklej, Ukleja, Uklejewicz, Uklejewski, Uklejka, Uklejowski, Uklejski - uma espécie de peixe da Europa Oriental (Alburnus alburnus).
1507. Umer, Umerski - martelo, forja; figurativamente: ferreiro.
1508. Uszka, Uszkiewicz, Uszko, Uszkorz, Uszkowski - orelha, ouvido; figurativamente: orelhudo, pessoa de orelhas grandes.
1509. Uzdrowek, Uzdrowicz, Uzdrowski - de origem cassúbia, significa curandeiro.
1510. Vergin - patronímico do nome Virginius (Virgínio em português).
1511. Virchow, Virchowa, Wirchow, Wirchowiec - toponímico referente a alguns nomes de lugar encontrados na Polônia nas seguintes situações: a aldeia de Wierzchowo (nome alemão Firchau), município de Czluchow, distrito de Czluchow, Pomerânia; a vila de Wierzchowo (nome alemão Virchow), município de Wierzchowo, distrito de Drawsko, Pomerânia Ocidental; a aldeia de Wierzchowo (nome alemão Wurchow), município de Szczecinek, distrito de Szczecinek, Pomerânia Ocidental; a aldeia de Stare Wierzchowo (nome alemão Sassenburg), município de Szczecinek, distrito de Szczecinek, Pomerânia Ocidental; a aldeia de Wierzchowko (nome alemão Juliushof), município de Wierzchowo, distrito de Drawsko, Pomerânia Ocidental.
1512. Vitkow - toponímico referente à vila de Witkowo (nome alemão Vietkow ou Vitkow), município de Smoldzino, distrito de Slupsk, Pomerânia, Polônia.
1513. Vohs, Vos, Voss - novembro, o mês de novembro - tradicionalmente um mês cinzento e de intempéries na Europa. Ou ainda, pé - humano ou de um montanha ou elevação.
1514. Wachholc, Wachholz, Wacholc, Wacholz - toponímico referente à antiga aldeia de Wachholz, atualmente parte do município de Beverstedt, distrito de Cuxhaven, Baixa Saxônia, Alemanha. A família nobre de Wachholtz recebeu terras na Pomerânia em 1249. É uma das mais antigas famílias pomeranas, tendo sua linhagem iniciada com Johannes de Wacholt.
1515. Wagner, Wagnerowicz, Wagnerowski, Wegner, Wegnerowicz, Wegnerowski - construtor de carros e carroças de madeira.
1516. Wajch, Wajchaus, Wajchbrot, Wajchmacher, Weich, Weichbrodt, Weichbrodt - conjunto de sobrenomes que significam macio, leve. Está associado a quatro ofícios profissionais historicamente identificados: um processo de fabricação do malte da cerveja; uma etapa na preparação de couros e peles; um processo de lavagem na indústria têxtil artesanal; a fabricação do pão branco comum para consumo imediato.
1517. Wajer, Wajerak, Wajerczyk, Wajerowicz, Wajerowski, Weicher, Weier, Wejer, Wejerowski, Wejers, Wejher - lagoa, área alagada, poça d'água.
1518. Wajrauch, Wajrich, Wajroch, Wajrych, Weichrau, Weirau, Wejroch, Wejrosz - incenso, o comerciante de incenso. Ou ainda, uma planta europeia do gênero Plectranthus.
1519. Wald, Waldau, Walde, Walden, Walder, Waldow, Waldowski - toponímico referente aos seguintes lugares na Polônia: a aldeia de Waldowko, município de Zblewo, distrito de Starogard, Pomerânia; a aldeia de Waldowko, município de Sepolno Krajenskie, distrito de Sepolno, Cujávia-Pomerânia; a aldeia de Waldowo Szlacheckie, município de Grudziadz, distrito de Grudziadz, Cujávia-Pomerânia; a aldeia de Waldowo, município de Sepolno Krajenskie, distrito de Sepolno, Cujávia-Pomerânia; a aldeia de Waldowo, município de Pruszcz, distrito de Swiecie, Cujávia-Pomerânia; a aldeia de Waldowo (nome alemão Waldow), município de Miastko, distrito de Bytow, Pomerânia; a aldeia de Waldowo, município de Kisielice, distrito de Ilawa, Wármia-Masúria; a aldeia de Waldowo, município de Ostroda, distrito de Ostroda, Wármia-Masúria; a aldeia de Waldowo Krolewskie, município de Dabrowa Chelmisnka, distrito de Bydgoszcz, Cujávia-Pomerânia.
1520. Walerak, Walerek, Walerski, Walery, Wallerand, Wallerin, Walleron, Wallerowicz - patronímico dos nomes Walery (Valério em português) ou Walerian (Valeriano em português). Ou ainda, um toponímico referente à vila de Walery, município de Lelis, distrito de Ostroleka, Mazóvia, Polônia.
1521. Walkus, Walkusch, Walkusz, Walkuszewski - patronímico do nome Walenty (Valentim em português).
1522. Walau, Walow, Wallow, Walo, Walowy - toponímico referente ao município de Walow, distrito de Mecklenburgische Seenplatte, Mecklemburgo-Pomerânia, Alemanha.
1523. Walach, Walachiewicz, Walachowicz, Walachowski, Walaszek, Walaszewski, Walaszkiewicz, Walaszkowski, Walaszuk, Walaszyk, Walaszynski - cavalo castrado, castração; o profissional que realiza a castração de animais pastoris.
1524. Wancel, Wanclik, Wanclaw, Wansel, Wanslaw, Wanslawowicz, Wanslik, Wanzel, Wencel, Wensel, Wenzel, Wenselowski, Wenzelowski, Wecel, Wesel, Wezel, Wieclaw - patronímico do nome Wieceslaw (Venceslau em português).
1525. Wandaw, Wandowicz, Wandowski - de uma palavra lituana para água, onda da água, corrente d'água. Ou ainda, um toponímico referente à aldeia de Wanda, município de Mikstat, distrito de Ostrzeszow, Grande Polônia, Polônia.
1526. Wank, Wanka, Wanke, Wankewycz, Wankiewicz, Wanko, Wankowiak, Wankowicz, Wankowski, Wanski - patronímico do nome Waniek, uma forma polaca do nome russo Ivan (João em português).
1527. Warach, Warachewicz, Warachowicz, Warac, Waras, Warasek, Warasiecki, Warasz, Warras, Warsinski, Warsowicz - patronímico do nome eslavo Warcislaw ou Wartislaw (sem significado encontrado). Ou ainda, um toponímico referente à cidade de Warasz, região de Rivne, Ucrânia.
1528. Waranka, Warankiewicz, Waranko, Warankow, Warna, Warnak, Warnas, Warnasz, Warnat, Warnatz, Warnke, Warnkowski - corvo (Corvus corax). Figurativamente: o cabelo preto de tom profundo e reluzente. Pode também ser um patronímico.
1529. Warda, Warde, Wardach, Wardacki, Wardalacki, Wardalinski, Wardalski, Wardal, Wardala, Wardanowski, Wardanski, Wardas, Wardaszewski, Wardaszka, Wardaszko, Wardawy, Wardecki, Wardeka - canhoto.
1530. Wardenga - os bens de um proprietário; o gado de um criador; patrimônio rural de alguém.
1531. Wardin, Wardyn, Wardysnki - toponímico referente à aldeia de Wardyn (nome alemão Wardin), município de Choszczno, distrito de Choszczno, Pomerânia Ocidental, Polônia.
1532. Warecki, Warka, Warke - toponímico referente à cidade de Warka, distrito de Grojec, Mazóvia, Polônia.
1533. Warmiak, Warmijak, Warminski, Warmjak - toponímico referente à região histórica de Wármia (nome alemão Ermland) ou Vármia, que foi um ducado entre a Masúria (nome alemão Masuren) e a Prússia Superior (nome alemão Oberland), que existiu entre 1243 e 1772. Atualmente, a Wármia juntamente com a Masúria formam uma província (voivodia) da República da Polônia.
1534. Warnof, Warnow - toponímico referente ao município de Warnow, distrito de Nordwestmecklenburg, Mecklemburgo-Pomerânia; ou ao município de Warnow, distrito de Rostock, Mecklemburgo-Pomerânia; ambos na Alemanha.
1535. Warschau, Warschewski, Warszawa, Warszaw, Warszawer, Warszawiak, Warszawian, Warszawik, Warszawik, Warszawin, Warszawski, Warszewski, Warszinski, Warszowski, Warszow - toponímico referente à cidade de Warszawa (Varsóvia), a capital da República da Polônia.
1536. Warzak, Warzala, Warzani, Warzawa, Warzec - aquele que fabrica algo e em quantidade; fabricante; artesão.
1537. Wawrzon, Wawrzyk, Wawrzyn, Wawrzynczak, Wawrzynczyk, Wawrzynski - patronímico do nome Wawrzyniec (Lourenço em português).
1538. Was, Wasak, Wasek, Wasik, Wass - bigode.
1539. Weda, Wedda, Wedde, Wede, Wedekind, Wedeking - floresta, florestal, que procede da floresta.
1540. Weisbrod, Weisbrodt, Weisbrot, Weisbrott, Witbrodt, Witbrot, Wittbrod, Wittbrodt, Wittbrot - pão branco - um tipo de pão simples para consumo imediato.
1541. Weiss, Weisz - branco.
1542. Wejgand, Wigand, Wigandt, Wigant - patronímico do nome alemão Wiegand.
1543. Wejcherowski - toponímico referente à cidade de Wejherowo (nome alemão Neustadt in Westpreussen), distrito de Wejherowo, Pomerânia, Polônia.
1544. Welsand, Welsandt, Welsant, Welzant - patronímico de um grupo de nomes eslavos iniciados com o prefixo Wieli-, como Wielebor, Wielebyt, Wieledrog, Wielemir, Wielemysl, Wieleslaw, Wielewit, entre outros.
1545. Wendlad, Wendladt, Wendland, Wendlandt, Wendlant - a "terra dos wenden" - denominação histórica que remonta a Idade Média dada pelos povos germânicos aos eslavos ao oriente do rio Elba.
1546. Wer, Wera, Werowski, Werra - patronímico do nome Wera ou Wery (Verus em latim).
1547. Werd, Werda, Werdenski, Werder, Werdo, Werden, Werdom, Werdomi, Werdyn - toponímico referente a Werder - nome de lugar que se repete nove vezes na Alemanha e uma vez na Polônia.
1548. Wergin, Werginski, Wergina, Werginowicz, Werginowski, Wirgan, Wirganski, Wirganowicz, Wirganowski, Wirgin, Wirginski, Wirginowicz, Wirginowski - patronímico do nome Virginius (Virgínio em português).
1549. Werkos, Wirkus, Wirus, Wiruszewski, Wiruszynski - distrito, arrabalde, zona urbana ou suburbana relativamente afastada da área central; equivalente ao quartier francês.
1550. Wernitc, Wernitz - toponímico referente à aldeia de Wernitz, município de Gardelegen, distrito de Altmark Salzwedel, Saxônia-Anhalt, Alemanha.
1551. Weserling, Wesserling - toponímico referente ao rio Weser, na Alemanha, que nasce no Hesse e deságua no Mar do Norte em Bremerhaven.
1552. Westfalski, Westfahl, Westfal, Westfalewicz, Westfel, Westhal, Westlaf, Westphal, Westfalen, Westphalen, Westphald, Westpkal, Westwal, Westwall, Westwaleski, Weswalewski - vestfálio, procedente da Vestfália - região histórica da Alemanha. A Pomerânia recebeu importantes migrações de vestfálios nos séculos XV e XVIII.
1553. Wibant, Wibe, Wiber, Wibig - conhecido, afamado, notável, pessoa popular.
1554. Wic, Wica, Wick, Wicka, Wicke, Wicki, Wicling, Wicz, Wiczk, Wiczka, Wiczkiewicz, Wiczko, Wiczling - patronímico de um grande grupo de nomes como Witoslaw, Witomysl, Wincenty (Vicente em português), Wiktor (Vítor em português) ou Wieceslaw (Venceslau em português).
1555. Wichula, Wichulski - toponímico referente a aldeia de Wichulec, município de Bobrowo, distrito de Brodnica, Cujávia-Pomerânia, Polônia.
1556. Wieczor, Wieczorek, Wieczor - noite, noturno; profissional que trabalha à noite.
1557. Wieler, Wilarski, Wilary, Wiler, Wilert, Willart - aldeão. Ou ainda, um profissional que trabalha com peles.
1558. Wikland, Wiklendt, Wiklent - excomungado.
1559. Wilbrand, Wilbrandt, Wilbrant - patronímico do nome alemão Wilbrandt.
1560. Wilc, Wilcze, Wils, Wilsche, Wilsz - feltro, material peludo; profissional que trabalha com estes materiais. Ou ainda, derivado de um vocábulo do alto alemão para avarento.
1561. Wilczewski - toponímico referente a Wilczewo, que corresponde a quatro lugares na Polônia: um aldeia no município de Radomin, distrito de Golub-Dobrzyn, Cujávia-Pomerânia; uma aldeia no município de Stawiski, distrito de Kolno, Podláquia; um assentamento no município de Dziemiany, distrito de Koscierzyna, Pomerânia; uma aldeia no município de Mikolajki Pomorskie, distrito de Sztum, Pomerânia.
1562. Wilik, Wilike, Wilcke, Wilke - um título medieval que correspondia ao representante legal de um proprietário ou senhor feudal sobre uma determinada área de terras. Equivale ao título latino de villicus
1563. Wilk, Wilkan, Wilkaniec, Wilkans, Wilkanski, Wilke - lobo (Canis lupus). Pode também ser um patronímico do nome Wilk, cujo significado é o mesmo: lobo.
1564. Wilkanowski - toponímico referente aos seguintes lugares na Polônia: a aldeia de Wilkanowo, município de Mala Wies, distrito de Plock, Mazóvia; a aldeia de Wilkanow (nome alemão Wölfelsdorf), município de Bystrzyca, distrito de Klodzko, Baixa Silésia; a aldeia de Wilkanowo (nome alemão Wittgenau), município de Swidnica, distrito de Zielona Gora, Lubúsquia.
1565. Wilkowski - toponímico referente a Wilkowo - nome de lugar encontrado treze vezes na Polônia e uma vez na Ucrânia.
1566. Wincel, Wincze, Winczewski, Winczowski, Winzel - patronímico do nome Wincenty (Vicente em português).
1567. Winek, Winiarczuk, Winiarczyk, Winiarek, Winiarka, Winiarkiewicz, Winiarski, Winiarz, Winicki, Winiczenko, Winiczuk - vitivinicultor.
1568. Wiosla, Wioslo, Wioslowski - remo, remador.
1569. Wirchow, Wirchowiec, Wirchowski - toponímico referente a alguns nomes de lugar encontrados na Polônia nas seguintes situações: a aldeia de Wierzchowo (nome alemão Firchau), município de Czluchow, distrito de Czluchow, Pomerânia; a vila de Wierzchowo (nome alemão Virchow), município de Wierzchowo, distrito de Drawsko, Pomerânia Ocidental; a aldeia de Wierzchowo (nome alemão Wurchow), município de Szczecinek, distrito de Szczecinek, Pomerânia Ocidental; a aldeia de Stare Wierzchowo (nome alemão Sassenburg), município de Szczecinek, distrito de Szczecinek, Pomerânia Ocidental; a aldeia de Wierzchowko (nome alemão Juliushof), município de Wierzchowo, distrito de Drawsko, Pomerânia Ocidental.
1570. Wirowinski - toponímico referente à aldeia de Wyrowno (nome alemão Wirowen), município de Lipusz, distrito de Koscierzyna, Pomerânia, Polônia.
1571. Wirt, Wirtch, Wirtek, Wirth, Wirtt - estalajadeiro, taberneiro, anfitrião. Ou ainda, dono de uma casa.
1572. Wislocki, Wislok - toponímico referente ao rio Vístula (Wisla em polaco), o maior rio da Polônia, que nasce nos Beskides Ocidentais, na Alta Silésia, e deságua no Mar Báltico, próximo a Gdansk.
1573. Wiszowaty - erva daninha. Ou ainda, algo que está sobre uma falésia.
1574. Wit, Witt, Witta - branco.
1575. Witemberg, Witemberski, Witemborek, Witemborski - toponímico referente à Württemberg - região histórica da parte sul-ocidental da Alemanha, hoje parte do estado alemão de Baden-Württemberg.
1576. Witkow - toponímico referente à vila de Witkowo (nome alemão Vietkow ou Vitkow), município de Smoldzino, distrito de Slupsk, Pomerânia, Polônia.
1577. Wittstock, Wittstok - toponímico referente à cidade de Wittstock, distrito de Ostprignitz-Ruppin, Brandemburgo, Alemanha; e também à aldeia de Wysoka Gryfinska (nome alemão Wittstock), município de Gryfino, distrito de Gryfino, Pomerânia Ocidental, Polônia.
1578. Wizna, Wizner, Wiznier, Wizniak, Wiznicki, Wizniuk, Wiznowski - toponímico referente ao município de Wizna, distrito de Lomza, Podláquia, Polônia.
1579. Woelk, Woelke, Woelki, Woelky, Wölk, Wolka, Woyk, Woyke - patronímico do nome próprio do baixo alemão Wolter (Walter no alto alemão, Valter em português).
1580. Wohlfahrt, Wohlfart, Wohlgefahrt, Wolfhart, Wolfard, Wolfart, Wolfat, Wolhfahrt - patronímico do nome alemão Wolfhart (significa lobo forte).
1581. Woike, Woikie, Wojewski, Wojka, Wojke, Wojkie, Wojowski - patronímico do nome eslavo Wojciech (aquele que faz a alegria na luta).
1582. Wolemberg, Wolenberg, Wollenberg - toponímico referente a Wollenberg - nome de lugar que se repete seis vezes na Alemanha.
1583. Wolin, Woliniak, Woliniec, Wolinski - toponímico referente à cidade de Wolin (nome alemão Wollin), distrito de Kamien, Pomerânia Ocidental, Polônia.
1584. Wolszleger, Wolszlegier - batedor de lã.
1585. Woloch, Woloszyk - valáquio, procedente da Valáquia - região histórica no sul da Romênia.
1586. Wolow, Wolowski - toponímico referente à cidade de Wolow (nome alemão Wohlau), distrito de Wolow, Baixa Silésia, Polônia.
1587. Wons, Wonsak, Wonsch, Wonschik, Wonsik, Wonssik, Wonsikowski - bigode, bigodudo.
1588. Worms - toponímico referente à cidade e distrito de Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha.
1589. Worzala, Worzalla - aquele que fabrica algo e em quantidade; fabricante; artesão.
1590. Woziwoda, Woziwodzki - carregador d'água, aquele que distribui água em uma localidade (antigo ofício medieval). Figurativamente: cavalo fraco, cavalinho.
1591. Wozniacki, Wozniak, Wozny - zelador; o responsável pela manutenção e conservação de um palácio, castelo ou edifício administrativo.
1592. Wresa, Wrese, Wreza, Wreze - frísio, procedente da Frísia - região histórica entre os Países Baixos e a Dinamarca no litoral do Mar do Norte.
1593. Wrona, Wronki, Wroniak, Wroniarczyk, Wroniarski, Wroniewicz, Wroniewski, Wronik, Wronikowski, Wronisz, Wroniszewski, Wronka, Wronkiewicz, Wronko, Wronkowski, Wrono, Wronowicz, Wronowski, Wronski, Wronczak, Wronsczyk - corvo (Corvus corax). Figurativamente: o cabelo preto de tom profundo e reluzente. Pode também ser um patronímico.
1594. Wrosch, Wrosz, Wroszman - patronímico do nome eslavo Wrocislaw (aquele que restaurou a glória).
1595. Wruck, Wruczynski, Wrug, Wruk, Wruka, Wrukowski - couve-nabo (Brassica napus). Ou ainda, briga, brigador, lutador.
1596. Wtorek, Wtorkiewicz, Wtorkowski - terça-feira.
1597. Wybenda, Wybeda, Wybicki, Wybig - conhecido, afamado, notável, pessoa popular.
1598. Wyczk, Wyczka, Wyczkowski, Wyczling, Wyczlinski - patronímico de um grande grupo de nomes como Witoslaw, Witomysl, Wincenty (Vicente em português), Wiktor (Vítor em português) ou Wieceslaw (Venceslau em português).
1599. Wykland, Wyklandt, Wyklent, Wyklet - excomungado. 
1600. Wyrowisnki - toponímico referente à aldeia de Wyrowno (nome alemão Wirowen), município de Lipusz, distrito de Koscierzyna, Pomerânia, Polônia.
1601. Wyrt, Wyrtek, Wyrtha, Wyrtki, Wyrtykowski - estalajadeiro, taberneiro, anfitrião. Ou ainda, dono de uma casa.
1602. Zablotni, Zablotnia, Zablotniak, Zablotnik, Zablotny - lama, pântano.
1603. Zafir, Zafira, Zafiri, Zafirys - safira. Referência à cor dos olhos ou genericamente a profissão de joalheiro ou polidor de gemas preciosas.
1604. Zajac, Zajaczek, Zajaczewski, Zajaczkiewicz, Zajaczkowic, Zajaczkowicz, Zajaczkowski, Zajaczowski, Zajko, Zajkowicz - lebre-europeia (Lepus europaeus).
1605. Zajda, Zejda - toponímico referente à cidade de Sayda, distrito de Chemnitz, Saxônia, Alemanha.
1606. Zamek - castelo.
1607. Zamosna, Zamosny, Zamostna, Zamostny, Zamostowski, Zamoscik - ponte. Ou ainda, rico, riqueza.
1608. Zander, Zanderer, Zander, Zanderski, Zandrejko, Zandrowicz - patronímico do nome Aleksandr (Alexandre em português).
1609. Zareba, Zarebski, Zaremba, Zarembecki, Zarembik, Zarembinska, Zarembiuk, Zarembka, Zarembkiewicz, Zarembo, Zarembowicz, Zarembowski, Zarembski, Zarembuk, Zaremski, Zarenba, Zarebczan, Zarebczyn, Zareczarz, Zarebiak, Zarebicki, Zarebiec, Zarebinski, Zarebiuk, Zarebka, Zarebkiewicz, Zarebo, Zarebowicz, Zarebowski, Zarebski, Zarebuk, Zarembski - uma denominação para famílias ou áreas feudais na Idade Média que estavam sob um brasão de armas Zaremba. Informações no artigo original da Wikipédia em polonês: https://pl.wikipedia.org/wiki/Zaremba_(herb_szlachecki)
1610. Zastawna, Zastawnik, Zastawny, Zastawski, Zastawy - credor pignoratício, contrato pignoratício.
1611. Zastrau, Zastrow, Zastrowski - toponímico referente à aldeia de Zaostrow (nome alemão Zastrau), município de Slupia, distrito de Konskie, província de Santa Cruz, Polônia.
1612. Zauer - azedo.
1613. Zawadzki, Zawatski - toponímico referente a Zawada - mais de 100 topônimos na Polônia.
1614. Zawrotna, Zawrotnik, Zawrotny - porteiro, portão; portão de um burgo. Ou ainda, vertiginoso.
1615. Zborowski, Zborowskie - toponímico referente a duas aldeias na Polônia: Zborowskie (nome alemão Sorowski), município de Ciasna, distrito de Lubliniec, Silésia; Zborowskie, município de Zdunska Wola, distrito de Zdunska Wola, província de Lodz.
1616. Zdrojek, Zdrojeski, Zdrojewski, Zdrojk, Zdrojko, Zdrojkowski, Zdrojowa, Zdrojowski, Zdrojowy, Zdrojkowski, Zdrujkowski - fonte abundante, nascente volumosa. Ou ainda, um toponímico referente à aldeia de Zdroje (nome alemão Finkenwalde), município de Szczecin, distrito de Prawobrzeze, Pomerânia Ocidental, Polônia.
1617. Zebzda - flato, flatulência, mau cheiro.
1618. Zeigengagen, Ziegenhagen - toponímico referente a Ziegenhagen - nome de lugar que se repete quatro vezes na Alemanha.
1619. Zelc, Zelcer, Zelcz, Zelczer, Zels, Zeltzer - linha de pesca; o ofício do pescador.
1620. Zelin, Zeliszak, Zeliszek, Zelk, Zelka, Zelke, Zelkowicz, Zelkowski, Zell, Zella, Zellek, Zelich, Zelik - denominação a diversos tipos de fungos da família Helicogoniaceae. Ou ainda, um tipo de geleia levemente endurecida típica dos países eslavos.
1621. Zemka, Zemke, Zemko, Zymek, Zymka, Zymkowski - porteiro, mordomo de uma casa feudal, serviçal que cuida da casa de um nobre.
1622. Ziebro, Ziobro, Zebro, Zebrowski - costela (parte do corpo humano).
1623. Ziegardt, Ziegart - cabra forte. Diz-se de uma variedade de caprinos rústicos procedentes da Ásia Central.
1624. Zieger, Ziegert, Zigiert - criador de cabras, pastor de caprinos.
1625. Zielenski, Zielinski - toponímico referente a uma diversidade de locais na Europa Oriental que tem como prefixo Zieli-. Aproximadamente mais de 60 topônimos.
1626. Zielonka, Zielonko, Zielonkowski, Zielonski, Zielowski - uma espécie de cogumelo comestível (Tricholoma equestre). Ou ainda, um toponímico referente a Zielonka - nome de lugar que se repete mais de 40 vezes na Polônia e Lituânia, somadas.
1627. Zielony - um tipo de forragem verde para animais. Ou tão somente verde.
1628. Zieman, Ziemann, Ziemian, Ziemianin, Ziman - proprietário de terra, latifundiário. Denominação usada para indicar um integrante nativo da classe agrária de uma região. Isto é, aquele que não foi assentado, mas pertence à uma família há muito estabelecida.
1629. Zielke, Zielkie - charneca.
1630. Zier, Ziera, Zierke, Zira, Zirra - preguiçoso. Ou ainda, alguém de nádegas magras.
1631. Zima, Zimach, Zimacki, Zimak, Zimakiewicz, Zimniak, Zimnik, Zimnioch, Zimnoch, Zimny - inverno, frio, gelado.
1632. Ziep, Ziper, Zipper - patronímico do nome Cyprian (Cipriano em português).
1633. Ziterman - alfaiate.
1634. Zlosz, Zloch, Zlochowski, Zloski - raiva, raivoso.
1635. Zmud, Zmuda - patronímico do nome polaco Zmuda.
1636. Znajda, Znajdecki, Znajdek, Znajder, Znajdowicz, Znajdowski, Znaj, Znajduk, Znajdzinski - aquele que foi criado pela mãe, aquele de quem se conhece a mãe. Ou ainda, órfão de pai. Talvez: criança adotada.
1637. Zobek, Zobel, Zobela, Zobelak, Zop, Zopa, Zubel, Zubiel - marta-zibelina (Martes zibellina).
1638. Zub, Zuba, Zubacze, Zubaczek, Zubaczewski, Zubaczyk, Zubal, Zubala, Zube, Zubek, Zubiak, Zubich, Zubicz, Zubiena, Zubik, Zubko, Zubok, Zubor - corrente d'água, fluxo de um rio, corredeira, riacho, ribeiro. Ou ainda, dente, relevo dentado, picos irregulares numa paisagem.
1639. Zulewski - toponímico referente às aldeia de Sulewo-Kownaty e Sulewo-Prusy, ambas no município de Wasosz, distrito de Grajewo, Podláquia, Polônia.
1640. Zup, Zupa, Zuppa - assecla, discípulo, partidário.
1641. Zwara, Zwaron, Zwarowski, Zwarra - cervejeiro.
1642. Zwilich - um tipo de tecido de três fios fabricado de linho.
1643. Zysek, Zyser, Zysser - doce, dócil.
1644. Zaczkek, Zak, Zakiewicz, Zakowski - aluno, estudante. Ou ainda, um tipo de rede de pesca comum no Báltico.
1645. Zelewski - toponímico referente à aldeia de Zelewo (nome alemão Seelau), município de Luzino, distrito de Wejherowo, Pomerânia, Polônia.
1646. Zoraw, Zorawski, Zurawski, Zuraw - toponímico referente à cidade de Zary (nome alemão Sorau; nome antigo Zarow ou Zoraw), distrito de Zary, Lubúsquia, Polônia.
1647. Zur, Zura, Zure, Zurek, Zurka, Zurke, Zurko - sopa, alimento ácido em geral, azedo, coisa com acidez.
1648. Zyd, Zydowicz, Zydowiec, Zydow, Zydowo, Zydowski - pode estar associado a vários topônimos, entretanto, quer dizer judeu, judaico, local em que habitam os judeus, área dos judeus.
1649. Zynd, Zynda, Zyndel, Zyndol, Zyndowicz, Zyndul - "mar estreito", golfo, baía, porto natural.
1650. Zyszka, Zyszke, Zyszko, Zyszkiewicz, Zyszkowicz, Zyszkowski - patronímico dos nomes Zyroslaw ou Zygmunt.
1651. Zytna, Zytny, Zyto - centeio (Secale cereale).