“Aqui, conseguimos produzir 20 dias mais cedo do que nas demais lavouras, o clima é mais quente do que os outros municípios.”(De um produtor do Pavão que planta a melancia há cerca de 32 anos)
Embora o Capão do Leão tenha se notabilizado no passado (1ª. metade do século XX) devido à fruticultura, a melancia não figurava entre as espécies vegetais cultivadas no então distrito à época. Somente várias décadas após, já próximo de tornar-se município, é que o Capão do Leão começou a apresentar a melancia como uma de suas principais culturas agrícolas. Não se pode precisar com exatidão quando a melancia foi introduzida em terras leonenses, todavia tudo indica que foi a partir da década de 1950.
Dos fatores que levaram que vários agricultores passassem a plantar a melancia, alguns aparecessem em destaque: o clima do Capão do Leão é mais quente nos meses da primavera e do verão, em comparação com outros municípios da Zona Sul. Daí as plantações leonenses apresentarem uma precocidade maior. Condições de solo também propiciaram vantagens para a produção de melancia no Município. Porém, talvez tenha sido um motivo econômico que possibilitou que a melancia se tornasse uma fruta-símbolo de nossa terra.
A partir da década de 1970, agricultores que viviam do cultivo de frutas para a indústria conserveira local começaram a sofrer com os baixos preços de mercado oferecidos pelo produto. Isso foi particularmente observado no caso do pêssego. Para que se compreenda: como a produção de pêssego da Zona Sul normalmente se direcionava a agroindústria, esta fixava ano a ano os preços pagos ao agricultor. Bem, o produtor poderia então optar por vender o pêssego in natura, assim conseguiria um rendimento mais considerável do que ficar preso à necessidade de vender para indústria. Só que isso era uma loteria. Primeiramente, porque o valor pago em feiras e mercados poderia ser até bem mais baixo do que o pago pelas indústrias, sobretudo, se vários produtores optassem por este caminho. Em seguida, o não-aproveitamento imediato da produção, acarretava perdas causadas pelo transporte e pela estocagem. O leitor visualize o seguinte: é mais fácil tu venderes uma tonelada de pêssego diretamente a uma indústria de compotas, por exemplo, do que teres que vender a mesma quantidade em feiras e mercados do produto in natura. Aliás, o que acontecia com o pêssego, também tinha reflexos em outras culturas como o figo e o morango. Que solução poderia amenizar os problemas econômicos enfrentados pelos agricultores da região? Alguns optaram pelo fumo, porém muitos passaram a ver a melancia como uma interessante alternativa econômica.
De certa maneira rústica, rentável, sem interesse agroindustrial imediato, a melancia só podia ser vendida in natura. Os preços então eram regulados pelos próprios produtores e compradores. A partir daí, entra em cena um outro tipo de personagem histórico: o carroceiro. Foi graças a este que a melancia leonense popularizou-se como sinônimo de qualidade e sabor. Era comum observar nas décadas de 1970 e 1980, carroças atulhadas de melancia que tomavam o rumo do Fragata, via Estrada do Jardim América, em direção à Pelotas. Lá percorriam bairros e vilas vendendo a fruta.
Atualmente no nosso município a principal variedade plantada é a Crimson Swift. Destacam-se as famílias Marini e Camelato como os produtores mais antigos.
Embora o Capão do Leão tenha se notabilizado no passado (1ª. metade do século XX) devido à fruticultura, a melancia não figurava entre as espécies vegetais cultivadas no então distrito à época. Somente várias décadas após, já próximo de tornar-se município, é que o Capão do Leão começou a apresentar a melancia como uma de suas principais culturas agrícolas. Não se pode precisar com exatidão quando a melancia foi introduzida em terras leonenses, todavia tudo indica que foi a partir da década de 1950.
Dos fatores que levaram que vários agricultores passassem a plantar a melancia, alguns aparecessem em destaque: o clima do Capão do Leão é mais quente nos meses da primavera e do verão, em comparação com outros municípios da Zona Sul. Daí as plantações leonenses apresentarem uma precocidade maior. Condições de solo também propiciaram vantagens para a produção de melancia no Município. Porém, talvez tenha sido um motivo econômico que possibilitou que a melancia se tornasse uma fruta-símbolo de nossa terra.
A partir da década de 1970, agricultores que viviam do cultivo de frutas para a indústria conserveira local começaram a sofrer com os baixos preços de mercado oferecidos pelo produto. Isso foi particularmente observado no caso do pêssego. Para que se compreenda: como a produção de pêssego da Zona Sul normalmente se direcionava a agroindústria, esta fixava ano a ano os preços pagos ao agricultor. Bem, o produtor poderia então optar por vender o pêssego in natura, assim conseguiria um rendimento mais considerável do que ficar preso à necessidade de vender para indústria. Só que isso era uma loteria. Primeiramente, porque o valor pago em feiras e mercados poderia ser até bem mais baixo do que o pago pelas indústrias, sobretudo, se vários produtores optassem por este caminho. Em seguida, o não-aproveitamento imediato da produção, acarretava perdas causadas pelo transporte e pela estocagem. O leitor visualize o seguinte: é mais fácil tu venderes uma tonelada de pêssego diretamente a uma indústria de compotas, por exemplo, do que teres que vender a mesma quantidade em feiras e mercados do produto in natura. Aliás, o que acontecia com o pêssego, também tinha reflexos em outras culturas como o figo e o morango. Que solução poderia amenizar os problemas econômicos enfrentados pelos agricultores da região? Alguns optaram pelo fumo, porém muitos passaram a ver a melancia como uma interessante alternativa econômica.
De certa maneira rústica, rentável, sem interesse agroindustrial imediato, a melancia só podia ser vendida in natura. Os preços então eram regulados pelos próprios produtores e compradores. A partir daí, entra em cena um outro tipo de personagem histórico: o carroceiro. Foi graças a este que a melancia leonense popularizou-se como sinônimo de qualidade e sabor. Era comum observar nas décadas de 1970 e 1980, carroças atulhadas de melancia que tomavam o rumo do Fragata, via Estrada do Jardim América, em direção à Pelotas. Lá percorriam bairros e vilas vendendo a fruta.
Atualmente no nosso município a principal variedade plantada é a Crimson Swift. Destacam-se as famílias Marini e Camelato como os produtores mais antigos.
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