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segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Estância da Palma

Estância da Palma
"Mais tarde, a Estância da Palma e Pavão (assim chamada), pertenceu a D. Sulpícia Moreira Rosa, adquirida por compra. Por ocasião de sua morte, em 1921, nomeia em testamento os herdeiros desta e demais bens. Primeiro, o seu esposo, o Coronel Alberto Roberto Rosa, segundo, o engenheiro Alberto Moreira Rosa, seguido de Álvaro, Arlindo e Dinah Moreira Rosa, todos casados e maiores de idade. '... a Estância da Palma e Pavão, composta de campos de criar e matas, com casas de moradia, galpões, mangueiras e outras benfeitorias, com área superficial de 12.557.429 metros quadrados, situada no 4o. Distrito deste município, confinada às pedreiras do Governo Estadual, havida por compra a diversos, de oitenta e quatro contos, oitocentos e oito mil, seis contos e vinte réis'. (Inventário - 1921- 3a. Vara Civil Forum Municipal).
Dentre as acomodações da estância consta o solar, construído, aproximadamente, em finais do século XIX, em estilo luso-brasileiro, com função de residência de verão e estadia para visitas periódicas de administração, uma vez que a família residia em Pelotas, na Praça da República no. 66 e tinha por hábito viajar ao Rio de Janeiro.
Com a morte do Coronel, herda seu filho, o Dr. Alberto Moreira Rosa, a extensão de terra, com casa de moradia, galpões, mangueiras e benfeitorias.
Em junho de 1937, o Dr. Alberto Moreira Rosa e sua esposa, Edwina de Godoy Rosa, residentes no Rio de Janeiro, representados pelo Dr. Hércio de Araújo, doam ao estado do Rio Grande do Sul, cessionário do acervo do extinto Banco Pelotense, a referida extensão de terra.
De posse do estado, em outubro de 1941, foi doada à Prefeitura Municipal de Pelotas, representada por seu então prefeito o Sr. Julio de Albuquerque Barros, com o encargo de ser mantido no local uma fazenda experimental da Escola de Agronomia Eliseu Maciel e outras instalações necessárias às funções técnicas ali administradas.
Em janeiro de 1946, a Prefeitura Municipal de Pelotas, através de seu prefeito Procópio Duval Gomes de Freitas, transfere o título de posse das terras ao Ministério da Agricultura, ficando estabelecida a exigência de manter a fazenda experimental da Escola de Agronomia.
Todo conjunto construído, bem como a área circundante, vem sendo utilizado com a finalidade de atender às exigências impostas. O solar, objeto em estudo, foi adaptado, por volta de 1970 para alojamento de estagiários. Estas adaptações trouxeram prejuízos ao conjunto arquitetônico original, devido ao emprego de materiais de baixa qualidade, mão de obra não especializada e falta de orientação técnica". (sem páginas numeradas)
Fonte: MARTINS, Roberto Dutra & OLIVEIRA, Ana Lucia (orientadores). Estância da Palma: Levantamento Histórico e Arquitetônico das Atuais Condições do Prédio. Pelotas, UFPel, Curso de Arquitetura e Urbanismo, novembro 1982.

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