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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Sobrenome Brehm



BREHM, BREM, BREHMM, BREMM, BREHME- o mesmo que freio em alemão. Forma metafórica para pessoa irrequieta, insistente ou mal-humorada.

Também pode ser um toponímico para o alto alemão medieval brǎme que significa arbusto espinhoso, arbusto de amora, arbusto usado para fazer vassouras. Designando assim uma pessoa que habita um local com essas características. 

Ainda, pode ser um toponímico relacionado aos seguintes locais na Alemanha:

* Brehm, uma aldeia no município de Magdeburg, Saxônia-Anhalt;

* Brehm, uma aldeia no município de Heinsberg, Renânia do Norte-Vestfália;

* Brehme, aldeia no distrito de Eichsfeld, Turíngia.

Pode ainda ser um patronímico do nome arcaico Bramo, que se tornou em completo desuso na Europa de língua alemã.

Por fim, na antiga língua saxônica, pode ter relação com o vocábulo brem ou braem que significa borda, fronteira, designando assim uma pessoa que vive na fronteira de um feudo ou domínio medieval.

Não é um sobrenome predominante judeu na maioria das linhagens. Depende de uma pesquisa genealógica.

Sobrenome Montowski



MONTOWSKI é um sobrenome toponímico relacionado à aldeia de Montowo, no município de Grodziczno, distrito de Nowe Miasto, voivodia da Vármia-Masúria, Polônia. 

O Pirata da Barra do Sul

 



O Sr. Manoel Moreira da Silva chamou á responsabilidade uma pequena folha com o titulo de Livro Negro; e isto porque juncto ao nome d'esse senhor estavam as palavras - ex-pirata da barra do Sul.

Diz o adagio que - quem não quizer ser lobo não lhe vista a pele - : e pois se o Sr. Moreira não queria contrahir na opinião publica este conceito e esta fama, que é geral aqui e em toda a provincia do Rio Grande, era não dar occasião a isso.

Ha por aqui milhares de pessoas que conheceram ao Sr. Moreira remando em uma pequena canôa; e ao cabo de alguns annos viram-o voltar com uma soffrivel fortuna, hoje aliás muito abalada, porque é muito certo o adagio, que diz - o que o diabo traz o diabo leva.

A origem d'essa fortuna, como o proprio Sr. Moreira tem explicado sem misterio, provem do illicito e criminoso contrabando de negros buçaes, que esse senhor passava, recebendo uma onça e mais por cada um e isto quando era pratico da barra do Rio Grande do Sul.

A tal ponto levou o Sr. Moreira a sua industria que o corpo do commercio representou contra elle; e é tal a fama que deixou n'aquella provincia, que querendo voltar para lá, e obter de novo a praticagem, como premio dos serviços feitos á eleição do Sr. Lamego, os deputados e senadores d'aquella provincia se levantaram em massa contra esta pretenção, que o respectivo ministro repelliu cathegoricamente.

Esta inculpação de pirataria feita na imprensa ao Sr. Moreira é materia velha e passada em julgado; e ninguem melhor do que esse senhor tem consciencia d'isto; mas na conjunctura actual era precizo um instrumento para certa trica eleitoral; e a policia brusca disignou ao Sr. Moreira para bode votivo.

O Sr. Moreira fez mal em prestar-se a esse maneo, por que não surtirá o desejado effeito; e a inculpação de pirata não se lavará nem com toda a agoa da Lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul.

O responsaval do artigo está disposto a provar em juizo a qualidade de pirata atribuida ao Sr. Moreira, quanto pratico da barra do Rio Grande. Parece-nos que a prova não será difficil, pois quem cabras não tem e cabritos vende de algures lhe vem; e a fortuna, hoje em physica de primeiro gráo, que trouxe o Sr. Moreira, de certo não foi o resultado do seu modesto salario. O seu fausto, a sua fidalguia nunca deixaram de exalar catinga de negro novo.

Fonte: O MERCANTIL (Desterro/SC), 09 de Novembro de 1861, pág. 01, col. 01-02