Os espanhóis
vieram para Pelotas principalmente a partir da década de 1840, também atraídos
pelas possibilidades econômicas surgidas com o desenvolvimento das charqueadas.
Todavia, muitos outros já na segunda metade do século XIX e início do século XX
foram migrantes urbanos que vieram para a cidade para se ocuparem nos mais
diversos ofícios e negócios.
Os espanhóis em Pelotas podem ser divididos em três categorias conforme a sua origem: os que vieram da Galícia, que foram numerosos e importantes, normalmente envolvidos em empreendimentos comerciais e industriais; os que vieram do País Basco, sendo que muitos deles já tinham vivido anteriormente na Argentina ou no Uruguay e tinham relação com as técnicas usadas no processo de salga de carne, por isso, vindo principalmente para as charqueadas; os que vieram da Catalunha e Andaluzia, já no início do século XX como migrantes independentes, igualmente se direcionando a ofícios urbanos. Retratistas, entalhadores, pintores, escultores, artesãos, mestres-construtores, dentre outras, foram algumas profissões liberais ocupadas por espanhóis na cidade de Pelotas.
Fontes:
ANJOS, Marcos
Hallal dos. Estrangeiros e Modernização: a cidade de Pelotas no último
quartel do século XIX. Porto Alegre/RS: PUC-RS, Instituto de Filosofia e
Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História do Brasil, Dissertação
de Mestrado, 1996.
BECKER, Klaus. A
imigração no Sul do Estado do Rio Grande do Sul. In: BECKER, Klaus (org.). Imigração.
Canoas/RS: Editora Regional, 1958.
PESAVENTO, Sandra
Jatahy. História da indústria sul-rio-grandense. Guaíba/RS: Riocell,
1985.