"Dizem que não ha mais o que inventar em reclames. Estão enganados: ainda ha muita cousa na imaginação dos industriaes e fabricantes.
Em um dos dias do mez passado, os passeantes dos boulevards e ruas de Paris, viram attonitos e intrigados mover-se sobre a opulenta cidade um balão, tendo a fórma de immensa garrafa. Revoadas de passarinhos acompanhavam o seu gyro o exquisito aerostato.
Por fim e por livrinhos que caíam do balão sobre as calçadas, conheceram que se tratava de reclame de um perfumista parisiense. O balão tinha a fórma da garrafa de um dos seus mais gabados preparados."
A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 29 de Janeiro de 1892, pág. 02, col. 02