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domingo, 26 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 18


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

341. Medrano

A linhagem procede de Castela, com ramais importantes em Aragão, Valência e Andaluzia. Desta casa foram os marqueses de Lapilla, os condes de Torrubia e os senhores de Almarza e Fuenmayor. Remonta ao século XII.

342. Aguayo

A linhagem tem origem na aldeia de Molledo, no vale de Iguña, nas Montanhas de Santander. Os membros da família participaram ativamente das campanhas de Reconquista no século XIII.

343. Godoy

A linhagem tem origem durante o reinado de Sancho IV de Castela (reinado de 1284 a 1295), com um cavaleiro denominado Pero Titos de Godoy, que foi alcaide de Baeza.

Muño Fernandez Godoy e Elvira Díaz Tafur foram senhores do castelo de Montoro, e seu filho, Pero Muñiz de Godoy mestre da Ordem de Calatrava.

Uma importante ramal desta linhagem estabeleceu em Santander.

344. Benavides

A linhagem tem origem na Cantábria.

345. Calvo

A linhagem tem origem na Cantábria.

346. Mesia, Mejía, Mecsia ou Mexia

Antiga e nobre linhagem da Galícia, com ramais nas Astúrias e Cantábria. São importantes também as ramais de Ubeda, Baeza, Córdoba e localidades da Andaluzia. Os membros da família empenharam-se nas campanhas de Reconquista do século XIII, de modo particular.

347. Carrilo

A linhagem tem origem na Cantábria.

348. Rios ou Ríos

A primeira linhagem tem origem no vale de Aibar, em Navarra, e é uma simplicação de Rio de Yuso ou Rio de Suso - um curso d'água da região.

349. Rios ou Ríos

A segunda linhagem tem origem no vale de Soto Bermud, na Galícia. Outrora houve ali um território denominado Tierra de los Rios, que nomeou uma primitiva família medieval conhecida como Gutierrez de los Rios. Numa ramal deste tronco, houve a simplificação para Los Rios e depois Rios.

350. Rios

A terceira linhagem tem origem em Proaño, vale de Híjar, na Cantábria.

351. Rios

A quarta linhagem tem origem no vale de Cabuérniga, na Cantábria. A forma arcaica era de los Rios.

352. Rios

A quinta linhagem tem origem tardia em Castela.

353. Pedrajas

A linhagem é castelhana e inicia-se com Diego Lopez de Pedrajas, no século XIII.

354. Venegas, Viegas, Veegas, Benegas ou Vinegas

Linhagem muito antiga com origem em Portugal. As ramais importantes estão na Galícia, Andaluzia, e no antigo Reino de Córdoba.

355. Venegas, Viegas e Buenegas

Linhagem com origem galega, mas de procedência obscura.

356. Horozco ou Orozco

A linhagem tem origem no antigo Senhorio de Biscaia, com várias ramais na península, principalmente na Andaluzia. Dois dos mais importantes morgados historicamente foram estabelecidos em Ubeda e Córdoba.

A ramal andaluza tem parentesco com as linhagens de Carrilo e Mejía.

357. Mesa

Linhagem com origem andaluza, com morgados destacados em Ubeda, Ronda, Tariga e Córdoba.

358. Céspedes

A linhagem tem origem em Espinosa de los Monteros, na província de Burgos, em Castela e Leão.

359. Palomino

A linhagem tem origem em Juan Afonso Palomino, fidalgo da época de Henrique IV de Castela (reinado de 1454 a 1474). Seus três filhos, Pedro, Gonzalo e Rodrigo Palomino, por serviços prestados à Coroa de Castela, estabeleceram-se em Andújar, na Andaluzia, inaugurando uma importante ramal desta ascendência.

360. Palomino

A linhagem remonta a Juan Palomino, cavaleiro madrilenho do século XV.

Sobrenome Morato


"MORATO - Embora este sobrenome exista na língua italiana, sua forma homônima ibérica, mas precisamente espanhola, possui origem completamente diversa. Vem de 'mora' - que é uma espécie de amora preta. Morato também pode significar 'moreno', 'fosco', ou 'da cor dos mouros'."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 24 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Gentil


"GENTIL - Do latim 'gentilis'. O significado precisa ser colocado dentro de seu contexto histórico, que é a Idade Média: designa aquele que 'pertence a uma gente', isto é, fidalgo, nobre, que não está condição servil. Pode ser metanímico na maioria dos casos, porém pode ser também um patronímico, visto que Gentil também é nome próprio."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 16 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Coelho


"COELHO - Primitivamente alcunha. Pode ter-se originado do topônimo Coelha, que pertencia à família de Egas Moniz. Há em Portugal dois ramos distintos dessa família, segundo M. Melo. Historicamente, registram-se Coelho famosos desde recuados anos da vida lusitana. Etimologicamente, a palavra vem do latim 'cuniculus'.

Personalidades: Duarte Coelho, célebre navegador português, falecido em 1554, participou do Descobrimento do Brasil, tendo se celebrizado na Índia por excelentes serviços prestados à Coroa portuguesa, em 1534, recebeu a capitania de Pernambuco - de seu casamento com Brites de Albuquerque procede a família Coelho de Albuquerque; Duarte Albuquerque Coelho, segundo donatário da capitania de Pernambuco, irmão de Jorge de Albuquerque Coelho, morreu em 1578, em Fez, na África, logo após a Batalha de Alcácer-Kibir - caiu prisioneiro dos mouros, falecendo na masmorra, assistido pelo irmão; Gonçalo Coelho, cosmógrafo português, pai do primeiro donatário de Pernambuco, escreveu 'Descrição do Brasil', viveu em fins do século XV e começos do século XVI; Nicolau Coelho, navegador português, viveu em fins do século XV e começos do XVI, comandou a nau Berrio na frota de Vasco Gama e também comandou uma nau de Pedro Álvares Cabral - em janeiro de 1504, uma tempestade dispersou uma frota, de que fazia parte de seu navio e nunca mais se soube notícias dele; Pero Coelho, fidalgo português, a serviço do Rei Afonso IV, um dos executores de Dona Inês de Castro, viveu em meados do século XIV, teve o coração arrancado pelo peito; Henrique Maximiliano Coelho Neto, escritor brasileiro (1864-1934), deixou vasta obra literária, cultor apaixonado da língua portuguesa."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 11 de Julho de 1991, pág. 02

O quilombo de Louveira


"No dia 10 sahiram de Campinas para Louveira 10 praças sob o commando de um furriel, aos quaes se reuniram n'esta ultima localidade dez capitães do matto, - dez cães que conhecendo o lugar em que se tinham occultado uns míseros escravos, se propunham desencoval-os e fazel-os voltar ao jugo do captiveiro.

Ás 4 horas da manhã a força assaltou o rancho, que servia de abrigo aos pobres escravos. Um cachorro presentindo os assaltantes, acordou com os seus latidos os quilombolas, que immediatamente lançaram mão de espingardas para se defenderem.

Houve então um tiroteio de que resultou serem morto os capitães de matto José de Godoy e Benedicto Gregorio. Quanto aos quilombolas, que eram em numero de sete, dois conseguiram evadir-se, um depois de ferido atirou-se a um rio proximo, onde succumbio, dois receberam ferimentos graves e outros dois foram presos sem ferimentos.

E acham que não é tempo ainda de acabar com a negra instituição que gera scenas como esta, tão repugnantes á humanidade e á civilisação."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 29 de Janeiro de 1887, pág. 01, col. 05