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sábado, 18 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 10


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

181. Cisneros

A linhagem tem origem na vila de Cisneros, na região de Castela e Leão, onde ali está também a primitiva casa solarenga. Destaca-se no tronco familiar o conde Rodrigo Gonzales de Cisneros, descendente da Casa de Girones.

182. Cifuentes

Em Portugal, nas cercanias da cidade de Braga, é citada na Idade Média, uma povoação denominada de modo arcaico Las Siete Fuentes. Com a aliteração dialetal típica dos falares medievais, por vezes, a tal localidade era indicada como Cifontes ou Cifuentes. O fato é que a forma Cifuentes permaneceu à posteridade.

O primeiro que tomou este sobrenome toponímico foi o conde Ramiro de Campos (século XII), cujas descendentes fundaram diversos solares em toda a península e entroncaram-se com as linhagens dos Lara, dos Guzmán e outros. A principal ramal da família vai se constituir em Sevilha.

183. Valladares

A linhagem tem origem em Payo Suero de Valladares, fidalgo da corte de Fernando II de Leão (reinado de 1157 a 1188), que foi o primeiro que usou esta alcunha. Na mesma época, encontra-se a linhagem lusa do sobrenome com a grafia Valadares e inaugurada pelo galego Suero Aires de Valadares, membro da Cúria Real do rei Afonso Henriques de Portugal (reinado de 1139 a 1185).

Valadar é um palavra galaico-portuguesa que denomina qualquer tipo de cercado para defender um local ou impedir a entrada, mormente construído com terra batida, mas também podendo ser construído com estacas ou pedras. Valadares foi um antiga freguesia portuguesa, em Viana do Castelo.

184. Ballester

A linhagem tem origem em Aragão e o primeiro fidalgo desta linhagem foi Arnaldo Ballester, súdito de Jaime I daquela coroa (reinado de 1213 a 1276), tendo o mesmo nobre participado ativamente das campanhas militares de conquista do monarca no sul da península.

185. Barba

A linhagem tem origem em Huesca, no Reino de Aragão e procede de Antonio Barba, fidalgo que participou da conquista de Valência na época de Jaime I (reinado de 1213 a 1276).

186. Barberá ou Barbará

A linhagem tem origem em Aragão e os primeiros fidalgos com esta alcunha foram Jaime e Gisberto Barberá, súditos do rei Jaime I (reinado de 1213 a 1276). Enquanto a descendência de Gisberto espalhou-se por toda a Península Ibérica, com diversas ramais e solares, aparentemente Jaime Barberá constitui importante linhagem em Marselha, na França, dado que era habilidoso capitão de fragata.

187. Bardají ou Bardaixí

A linhagem tem origem em Gimeno Fortuñonez, cavaleiro oriundo da França, que se radicou em Aragão a serviço do rei Pedro I (reinado de 1094 a 1104). Por esta razão, recebeu o senhorio da vila de Bardají e posteriormente foi lhe concedido a baronia de Zaidi (Caudí, em outras escritas). 

Um descendente de Gimeno, Juan Bardají, foi fidalgo do rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276) e se destacou na conquista de Valência, também sendo agraciado com o senhorio de vários povoados no sul da península e inaugurando uma importante ramal da linhagem.

188. Bas

A linhagem tem origem em Jaime Bas, rico-homem procedente de Paris, que serviu ao rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Participou da conquista de Valência e foi embaixador do monarca junto à Coroa de Castela.

189. Bataller

A linhagem tem origem em Ramon Bataller, fidalgo francês que batalhou sob a bandeira de Aragão, na época de Jaime I (reinado de 1213 a 1276), tendo participado da conquista de Valência e perecido no sítio à Múrcia.

190. Beamont

A linhagem procede de Navarra, com parentesco com a casa real deste reino ibérico. Sancho Beamont participou da campanha de Valência e foi um dos povoadores de Játiva, na época de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), tendo combatido em nome desta coroa.

191. Belenguer

A linhagem tem origem no cavaleiro Guillermo Belenguer, que era natural de Toulouse, na França, e combateu a préstimo de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Além de receber o senhorio de alguns povoados, Guillermo Belenguer exerceu a função de Custódio-Real na corte de Aragão.

192. Bellera

A linhagem tem origem na Catalunha e remete a Guillermo de Bellera, fidalgo da corte do rei Pedro II de Aragão (reinado de 1196 a 1213). Os descendentes da família exerceram destacadas funções em vários reinos ibéricos e receberam diversos títulos nobiliárquicos ao longo do tempo.

193. Belloc ou Belloch

A linhagem tem origem em Gisperto de Belloc, militar flamengo que se transferiu à Barcelona no ano de 870 para préstimo de Vilfredo, o Peludo (840-897), conde de Urgel. A família já era bastante conhecida na corte de Aragão no século XIII, tendo vários de seus membros participado das campanhas militares de Jaime I (reinado de 1213 a 1276). Um deles, Guillermo de Belloc foi responsável pela redação das leis do Reino de Valência cristianizado.

194. Belmonte

Não confunda-se com a família homônima portuguesa. A linhagem tem origem no navegador francês Ramon Belmonte, que auxiliou Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276) no assalto a Puix e, por esta razão, recebeu o senhorio da localidade de Benicarló.

195. Belvís

A linhagem tem origem em Arnaldo Belvís, no fim do século XII, que foi casado com uma filha de Armengol, conde de Urgel. O tronco familiar desenvolve-se inicialmente na Catalunha e depois passa a Aragão e outros lugares.

196. Benavente

A linhagem tem origem em Pedro Benavente, capitão-de-campo dos exércitos de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), e que foi galardoado por seus préstimos com o senhorio de Ayora.

197. Beneito

A linhagem tem origem em Raimundo Beneito, cavaleiro oriundo da França, que foi alcaide do castelo de Alcoy e senhor da vila de Mirambell por mercê de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

198. Beneito

A segunda linhagem tem origem em Juan Beneito, cavaleiro procedente de Extremadura, que participou do sítio de Múrcia sob a bandeira de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276).

199. Bernat ou Bernardo

No século IX, o rei franco Luís, o Piedoso (reinou de 814 a 840), concedeu o condado e a governadoria de Barcelona a um cavaleiro franco, próximo parente seu, chamado Bernard. Tendo constituído sua descendência na Catalunha, assim se formou a linhagem de Bernat - uma aliteração dialetal para a palavra franca original.

Em meados do séculos XI, foi conde de Besalú um cavaleiro conhecido como Bernat, filho de Miron. No ano de 1076, tem-se notícia de Deodato Bernat, executor (albacea) do conde de Barcelona Ramón Berenguer. No ano de 1158, um varão com a alcunha Bernat é contado como um dos primeiros da Ordem de Calatrava, em Castela. Na corte de Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), é citado Andrés Bernat como senhor de Maestrazgo, em Teruel.

200. Bernau de Castellet

A linhagem tem início em Guillermo Bernau, apelidado de Castellet, descendente da casa de Narbonne e com parentesco com a casa de Cervellón. Adquiriu condição de fidalgo durante o reinado de Jaime I de Aragão (governou de 1213 a 1276).

Sobrenome Moçurunga


"MOÇURUNGA - Sobrenome brasileiro com origem na Bahia da época colonial. Usado primitivamente como alcunha. Significa moderado, sossegado, calado."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 17 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Gândara


"GÂNDARA - Sobrenome toponímico. Significa 'charneca, terra arenosa, pouco produtiva ou estéril. Também pode se referir a 'terreno despovoado, mas coberto de vegetais agrestes. Existe a variante GANDRA."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 09 de Janeiro de 1992, pág. 02

Sobrenome Campista


"CAMPISTA - Sobrenome brasileiro, atestado desde o início do século XIX. Pode ter surgido para denominar uma pessoa natural da cidade de Campos, ou ainda para uma pessoa que campeia a cavalo.

Personalidade: Davi Moretzsohn Campista, estadista e diplomata brasileiro (1863-1911)."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 26 de Novembro de 1990, pág. 03

Thomaz Ribeiro de Mello


"Registro mortuario

Do Rio chega, pelo telegrapho, a triste communicação de haver fallecido n'aquella capital o cidadão Thomaz Ribeiro de Mello, recem ido d'esta cidade, onde occupava o cargo de thesoureiro da alfandega.

Havia pouco tempo que o inditoso moço casára-se com uma joven rio-grandense, irmã do nosso co-religionario Plinio de Castro Casado.

- Por alma do referido finado rezam-se missas na Cathedral, a 3 do mes que amanhã começa, ás 8 horas da manhã.

A celebração é encommendada pelos empregados e despachantes da alfandega."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 31 de Julho de 1891, pág. 01, col. 05