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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Famílias nobres da Espanha - Parte 03


Livre adaptação da obra: PIFERRER, Francisco. Nobiliario de los Reynos y Señorios de España. Madrid: La Redaccion, 1857. 

Fontes consultadas para adições: https://es.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

41. Villandrando

Rodrigo de Villandrando, filho de Pedro de Villandrando e Inés de Corral, habitantes de Valladolid, começou a se destacar na primeira metade do século XV, como capitão do exército de Castela. Participou da Guerra dos Cem Anos, pelo lado francês, e de volta à Península Ibérica, prestou serviços ao rei João II de Castela e, por isso, recebeu o condado de Ribadeo, dando início à linhagem fidalgal do sobrenome.

42. Abarca

As narrativas medievais aludem a um personagem chamado Sancho Abarca, que se destacou no Condado de Sobrarbe na passagem do século VIII para o século IX. Um dito descendente seu, Afonso de Abarca, cujas fontes históricas são mais seguras, foi infanção de Huesca e Jaca, na época do rei Jaime I de Aragão (reinou de 1213 a 1276), sendo considerado o iniciador da linhagem. Afonso de Abarca participou de campanhas militares importantes como a conquista de Valência e os sítios de Biar e Alcoy.

43. Angulo

A linhagem procede das Montanhas de Leão, sendo a sua ramal mais importante a de Castela.

44. Artés

A linhagem tem origem no antigo Reino de Valência.

45. Campillo

A linhagem procede de Castela.

46. Avellaneda

A linhagem procede da Galícia, tendo seu solar primevo em Fuente Almejir.

47. Ariño

A linhagem tem origem no mestre-de-campo Francisco Ariño, que foi súdito do rei Luís VIII da França (reinado de 1223 a 1226). Francisco Ariño passou posteriormente ao Reino de Aragão, de onde deu início à linhagem fidalgal espanhola.

48. Carroz

A linhagem tem origem num cavaleiro alemão que prestou serviços ao rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276). Por serviços prestados, recebeu propriedades na região de Valência, onde erigiu o primevo solar.

49. Cascante

A linhagem tem origem em Castela.

50. Fonollar

A linhagem tem origem em Bernardo de Fonollar, fidalgo do rei Jaime II de Aragão (reinou de 1291 e 1327), que foi embaixador deste reino junto à República de Gênova. Do tronco original surgiram diferentes ramais importantes, destacando-se as da Catalunha, Valência e Ilhas Baleares.

51. Funes

A linhagem é originária de Aragão e tem em Bernardo de Funes, natural de Huesca, o seu fundador. Bernardo de Funes tinha parentesco com a família real de Aragão, sendo da corte de Jaime I (reinado de 1213 a 1276) e participou das conquistas de Mallorca e Menorca.

52. Ginebra

A linhagem tem origem no senhorio de Ablitas em Castela.

53. Giron

O conde Rodrigo Gonzales de Cisneros, súdito do rei Afonso VI de Leão (reinado de 1065 a 1072), durante uma batalha em que seu soberano se viu privado do cavalo, cedeu o próprio ao monarca. Em seguida, arrancou uma tira (giron no leonês arcaico) de suas vestes para cobrir o rei ferido. Daí houve a incorporação de uma alcunha que, em seguida, gerou o sobrenome. O tronco dos Giron deu origem posterior à linhagem dos duques de Osuna.

54. Gomez

Algumas narrativas afirmam que Gomez descende de um infante da Navarra conhecido como Ferrench. Todavia, na época do rei Ramiro I de Aragão, Sobrarbe e Ribagorza (reinado de 1035 a 1063), há a notícia de um cavaleiro chamado Dom Martin Gomez que esteve envolvido na disputa pela cidade de Calahorra. Esse seria considerado o fundador da linhagem.

55. Lanuza

A linhagem procede das Montanhas de Aragão, onde foi erigido o seu primeiro solar. Remonta a Gil Lanuza, cavaleiro da corte do rei Jaime I de Aragão (reinado de 1213 a 1276), que esteve envolvido na guerra de conquista da Múrcia. Há diversos ramais e solares desta alcunha em toda a Espanha, sendo uma delas posteriormente recebido a dignidade do condado de Clavijo.

56. Reguer

A linhagem tem origem na Ilha de Mallorca.

57. Santillan

A linhagem tem origem em Castela.

58. Valles

A linhagem tem origem em Navarra.

59. Sande

A linhagem vai se originar no antigo marquesado de Valdefuentes.

60. Vera

A linhagem tem origem no senhorio de Val de Aibar, no Reino de Aragão, e a primeira notícia da linhagem remonta à época do rei Sancho Garcés III de Pamplona (governo de 1004 a 1035). 


Sobrenome Meneses


"MENESES - Sobrenome toponímico de origem portuguesa ou espanhola. De conformidade com os genealogistas, os Meneses vieram da Espanha, onde há muitas famílias com esse sobrenome. Pode originar-se de Mena, na Espanha, significando habitante dessa cidade.

Em Portugal, 'procedem de Dom Pedro Bernardo de Sahagun, que recebeu a Vila de Meneses, de que resultou o apelido a seus descendentes', na afirmação de Vilas Boas e Sampaio."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 10 de Setembro de 1993, pág. 02

Sobrenome Furtado


"FURTADO - Primitivamente alcunha. Particípio passo do verbo furtar. Filho furtado é o não-legítimo; parto furtado, significa encoberto, oculto. Os Furtado procedem de Dona Urraca, rainha do Reino de Castela por seu filho, D. Fernando Furtado, que foi o primeiro a quem se deve este apelido. Uniram-se com os de Mendonça... e daqui nasceu a mistura que há de Furtados de Mendonça, que nos reinos de Castela e Portugal têm casas grandes."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 18 de Dezembro de 1991, pág. 02

Sobrenome Azevedo


"AZEVEDO - Toponímico. Local onde crescem azevinhos (Ilex aquifolium).

(...)

Pedro Mendes de Azevedo foi o primeiro que assim se chamou, senhor da Quinta do Azevedo, em Entre-Douro-e-Minho, que é o seu solar. Isso no século XIII.

Personalidades: Aluízio Tancredo Gonçalves Belo Azevedo, escritor brasileiro (1857-1913); Américo Azevedo, autor dramático brasileiro (1860-1900); Ângela de Azevedo, poetisa portuguesa (século XVII); Antônio de Azevedo, capitão português que, em Malaca, em 1511, prestou excelentes serviços a Portugal; Antônio de Azevedo, que nos tempos de Dom João III, foi poeta cômico; Antônio Xavier Artir Nabantino Gonçalves Belo de Azevedo, escritor brasileiro (1855-1908); Diogo de Azevedo, escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral; Franciso Ferreira de Azevedo, primeiro bispo de Goiás (1765-1854); Gonçalo Valques de Azevedo, escrivão do rei D. Pedro I de Portugal, fidalgo no século XIV; Guilherme de Azevedo, nome literário de Guilherme Azevedo, almirante brasileiro (nascido em 1904); José Soares de Azevedo, missionário português (1573-1634); Luiz de Azevedo, jurisconsulto português e cronista-mór do reino, viveu no século XVII; Manuel Antônio Azevedo, poeta brasileiro (1831-1852); Pe. Nicolau da Maia de Azevedo, presbítero secular, e que tomou parte ativa na conspiração de 1640; Pedro Vicente de Azevedo, advogado e político brasileiro (1843-1912); Raul de Azevedo, jornalista e escritor brasileiro, nascido em 1875; Marcos Azevedo Coutinho, explorador português nos séculos XVI e XVII; Olmiro de Azevedo, nosso inesquecível poeta, adorado e político caxiense."

Fonte: FOLHA DE HOJE (Caxias do Sul/RS), 22 de Julho de 1990, pág. 03

Vicente José de Barcellos Junior


"Deu-se ante-hontem, ás 10 horas da noite, na cidade de S. Leopoldo, o fallecimento do capitalista d'esta praça, nosso dedicado co-religionario capitão Vicente José de Barcellos Junior.

O finado exercera importantes cargos de eleição popular e ultimamente era membro da Junta Commercial e director do Banco da Provincia, a cujas corporações prestou relevantes serviços.

Á encommendação de sua alma e sepultamento no cemiterio d'aquella cidade compareceu grande numero de amigos do finado, os quaes para esse fim partiram d'aqui hontem, á 1 hora da tarde, em trem expresso.

Á sua familia, bem como aos nossos amigos dr. Felisberto Barcellos Ferreira de Azevedo e tenente-coronel Antonio Soares de Barcellos, sobrinhos do morto, os nossos pezames."

Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 09 de Abril de 1892, pág. 01, col. 02