Lêmos no Paiz do Rio de Janeiro:
<<Deu-se hontem (1) na bahia um accidente maritimo, felizmente raro n'estas agoas:
<<Dirigia-se o escaler de uma das torpedeiras da esquadra de evoluções para o arsenal de marinha, quando a meio caminho d'aquelle estabelecimento foi acommettido por um peixe da familia dos que aqui se chamam Tintureira. O formidavel esqualo abrio rombo na borda do escaler, sendo forçados os remadores a servirem-se dos remos e dos croques para afastal-o.
<<Entretanto, o escaler fazia agoa e sossobraria se aos gritos dos tripolantes não acudissem outros escaleres dos navios da esquadra, que tomaram a bordo os naufragos.
<<O peixe desapparecera.
<<Esse facto deixou muito impressionados todos os embarcadiços da nossa bahia, que receiam nas suas travessias de investida semelhante.>>"
Fonte: A FEDERAÇÃO (Porto Alegre/RS), 12 de Fevereiro de 1885, pág. 02, col. 04