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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Sobrenome Moya


"Sobrenome que procede, conforme os estudiosos de Genealogia e Heráldica, da nobre casa dos Mariños, que fez parte da corte do antigo reino da Galícia. Sua antiguidade é tão remota que, mesmo alguns autores asseguram que sua existência é anterior à invasão muçulmana na Península Ibérica no século VIII.

Segundo a narrativa histórica, em 830, o cavaleiro galego Álvaro Mariño, junto com outros cavaleiros e seus vassalos tomaram a vila de Moya para os cristãos. O rei Afonso II, o Casto, que originalmente era governante das Astúrias, concedeu as terras da respectiva vila ao cavaleiro Mariño, que incorporou o topônimo como sobrenome, como era costume da época.

A posterior história da linhagem dos Moya deu origem a dois solares, um na vila de Huete e outro em Belmonte (área posteriormente portuguesa). Outra linhagem de importância surgirá na província de Cuenca, passando a Aragão, País Basco, as duas Castelas, Andaluzia e Múrcia.

Josep Maria Albaigès indica uma origem etimológica pré-romana para o topônimo 'Moya', cujo significado ainda seria desconhecido."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Lozano


"Lozano é um antigo sobrenome espanhol que remonta a Hugo Lozano, natural de Segóvia, que foi arcebispo de Sevilha e secretário-conselheiro do rei castelhano Fernando III (1201-1252).

Segundo Gutierre Tibón, 'lozano' tem o significado medieval de 'alegre', 'garboso', 'animado', 'airoso', podendo também significar 'soberbo' ou 'altivo'. Após o século XIV, o adjetivo pode também ter sido empregado para denominar 'vegetação verdejante e frondosa' em referência a um aspecto do relevo.

Primitivos solares dos Lozano existiram principalmente em Aragão, principalmente em Zaragoza, do qual surgiram os ramais encontrados em Mallén, Ateca e Valdelinares, e outra na vila de Sos del Rey Católico. Sabe-se também que os Lozano de Aragão forneceram importantes cavaleiros que estiveram nas campanhas de conquista de Múrcia, tendo estes militares recebido posteriormente na vila de Jumilla.

Outra linhagem de muita figura se verifica na vila de Fitero, no distrito judicia de Tudela, em Navarra."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Lacasa


"Sobrenome muito antigo originário de Aragão, que teve seu primitivo solar na localidade de Tramacastilla de Tena, no vale de Tena, no distrito judicial de Jaca, província de Huesca. 

Outras importantes e primitivas casas do sobrenome são verificadas na vila de Torre de Obato, província de Huesca, sendo que um dos ramais deste núcleo passou à Zaragoza, e outro às localidades de Puebla de Castro e Ayerbe.

A casa de Zaragoza alcançou a fidalguia em 1702. Outros ramais passarão posteriormente a habitar Catalunha e Castela.

Lacasa significa 'a casa', em referência a uma habitação que serviu de ponto geográfico de uma região.

Alguns Lacasa são atestados entre os cavaleiros do rei aragonês Jaime I, no século XIII. Outra importante linhagem é resultado de uma migração para a França, onde o ramal se assentou e prosperou na região de Bourdeaux."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Jordán


"Sobrenome patronímico diretamente associado ao nome pessoal idêntico, muito comum na Península Ibérica desde a institucionalização do cristianismo no início da Idade Média, dado ter como inspiração o rio Jordão, na Palestina.

Curiosamente, a intenção de batizar algum menino com este nome pessoal na Idade Média tornou-se particularmente intensa com o advento do período das Cruzadas, principalmente porque passam a ser comercializadas na Europa botijas de água trazida do rio Jordão (entretanto, é muito provável que nem todas fossem águas originais do rio palestino). A prática na Península Ibérica encontrou bastante frequência nos reinos de Aragão, Castela, Valência e no Principado da Catalunha.

A executória de fidalguia dos Jordán da vila de Bierges, na província de Huesca, induz que a linhagem da família em Aragão remonta ao reinado de Jaime II. Entretanto, uma antiga referência histórica cita a linhagem dos Jordán de los Urríes, que teria sido fundado pelo cavaleiro Ricaredo de Urríes, quando Carlos Magno do Reino Franco, esteve em luta contra os mouros na Espanha em 778.

Outra linhagem muito antiga da família teve seu primitivo solar na vila de Murillo de Gállego, da qual saíram dois ramais, que posteriormente constituiriam casas aristocráticas distintas: uma que se radicou na vila de Lorbés, e outra que teve seu assento em Villarreal de la Canal.

Outras linhagens importantes são encontradas historicamente em Santa Engracia de Loarre, Ardisa, Abiego, Antillón, Jaén, Zaragoza, Egea de los Caballeros, Barcelona, Nou Barri e Santa Coloma de Gramanet. Cita-se também uma linhagem distinta encontrada no norte de Portugal."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Mancho


"Conforme a lenda regional aragonesa, dois irmãos alcunhados 'Manchones' foram os primeiros progenitores desta linhagem na Idade Média. O que há de verificável do ponto de vista histórico é que o sobrenome é encontrado em Aragão desde o século XVI, de onde seus ramais se espalharam por outras regiões da Espanha, em especial Navarra e no antigo Reino de Valência.

São também importantes os ramais encontrados nas localidades de Castejón del Puente, Huesca, Torres de Montes, Pertusa, Perdiguera e Zaragoza.

Etimologicamente, conforme os estudos de Gutierre Tibón, o sobrenome Mancho e a forma plural 'Manchones' são toponímicos relacionados à região de La Mancha - comarca histórica que abrange as províncias de Ciudad Real, Toledo, Cuenca e Albacete.

A forma Mantxo é encontrada em Navarra."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.