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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Sobrenome Pallarés


"Antigo sobrenome de origem catalã, cujos ramais se estenderão por Aragão, Valência e La Mancha. Uma delas passou à Galícia, e outra radicou-se em Asturias de Santillana, na província de Santander.

Ferrer Pallarés, prebosto da Catedral de Tarragona, integrante das Cortes de Barcelona, esteve na expedição naval armada à Mallorca, em 1228. Foi também do Conselho Real e posteriormente, em 1238, assumiu o bispado de Valência, quando esta já estava conquistada pelos cristãos.

José Pallarés, obteve o privilégio de Cidadão Honrado de Barcelona no ano de 1647, por serviços prestados, sendo natural de Solsona, na província de Lleida.

Montserrat de Pallarés, natural de Talarn, na província de Lleida, também atingiu a condição de cavaleiro do Principado da Catalunha em 1650.

Segundo Río Martínez, em Aragão, se encontra esse sobrenome com solares em Estadella e Zaragoza. Também em Alberite, em 1649, e em Pradilla e Luesa, no ano de 1806.

Etimologicamente, o sobrenome é um toponímico relacionado a Pallars, comarca pertencente à província de Lleida. Portanto, significa 'nativo de Pallars'. Pallars provém, por sua vez, do substantivo catalão pallarés que significa 'cabana feita de palha', 'casa de palha'."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Ortíz


"Sobrenome muito antigo, de origem moçárabe, mais precisamente da importante cidade medieval de Toledo.

Já no ano de 1167 desempenhava o cargo de Alcaide de Toledo, o fidalgo Dom Orti Ortíz, e há dados que seus descendentes habitaram continuamente na mesma cidade até nossos dias, sempre ocupando cargos e funções de honra e serviço. Deste núcleo original toledano, surgiram diversos ramais que se estenderão por Castela-a-Velha, León, Castelha-a-Nova, Vascongadas, Navarra, Aragão, Andaluzia, Múrcia, Extremadura, Portugal, e mesmo posteriormente passado às diversas regiões coloniais ibéricas da América.

Nas terras do antigo Reino de Aragão, tiveram solares com este sobrenome as povoações de Tauste, Pilzán, Quinto de Ebro, Calatayud, La Almunia de Doña Godina, Tarazona e San Martín del Río. Também se documenta em todas as regiões espanholas, linhagens primitivas deste sobrenome, com especial participação de seus portadores nas batalhas da Reconquista.

A origem etimológica de Ortíz remete a um primitivo nome masculino hispânico, provavelmente vasconço. Segundo a interpretação tradicional, Ortíz será o equivalente castelhano do nome pessoal latino Fortis que significa  'forte, robusto', tendo o 'f' subtraído com a adaptação para o castelhano medieval."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Mur


"Sobrenome muito antigo catalão-aragonês, encontrado sobejamente em famílias de Aragão, Catalunha e Valência. Os García Carraffa contam que num pergaminho de Limousin do século XVI existe a seguinte narrativa: no tempo de Ramón Berenguer, Conde de Barcelona, era conde da Sardenha, Ramón de Jofré, que morreu em 1068, deixando duas herdeiras. Uma delas casou com o Visconde de Autrec e outra com o Conde Bernat Roger de Pallás. Da união Jofré-Pallás resultaram três filhos, que receberam respectivamente: o primeiro, o título do pai, isto é, Conde de Pallás; o segundo, o senhorio de Tamaru, e o terceiro, os senhorios de Puig e Mur. Os Mur primitivos, portanto, são descendentes do terceiro filho do Conde Bernat Roger de Pallás.

Juan de Mur ou Muro, atingiu o título de Infante junto ao rei Pedro III de Aragão. Um dos seus filhos, Domingo de Mur ou Muro, foi senhor da vila de Muro de Roda, sendo um de seus netos Pedro de Mur proprietário de um solar na cidade de Jaca, onde se casou e constitui uma linhagem distinta.

Ramón de Mur atingiu o cargo de Bailio Geral de Alcañiz, em 1406. Também foi cavaleiro 'mesnadero' do rei Fernando I de Aragão e Bailio Geral de Aragão em 1412.

Pedro Mur Ximénez de Aragüés, natural de Tarazona, na província de Zaragoza, foi Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago, na qual ingressou em 1593.

Gaspar de Mur, Lugar-tenente de Dom Juan de Aragão, Duque de Luna, e Capitão de Forças, reuniu setenta montanheses do Vale de Arán, no ano de 1524, para barrar a invasão francesa em Aragão.

As formas Mur e Muro tendem a ser convergentes, embora tenham se diferenciado com o decorrer do tempo."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Luis


"Não é um sobrenome frequente na Península Ibérica, sendo muito mais comum seu uso como nome próprio individual. Etimologicamente, deriva do nome germânico Hludwig, latinizado posteriormente em Ludovicus.

O antigo cronista Miguel de Salazar afirma que os Luis de Aragão tem sua origem em alguns cavaleiros franceses, aparentados com a Casa Real daquele reino, que passaram à Península Ibérica para os esforços da Reconquista Cristã. Registra-se que um deles assentou uma casa solar nas imediações de Huesca, na vila de Nocito. Com o passar do tempo, houveram outros solares importantes em todo o vale de Nocito.

Bizén d'O Río Martínez elenca como mais antigas casas solares na região as que se encontram nas localidades de Nocito, Chimillas, Aquilué e Alerre. O autor também sustenta que os Luis de Alerre deram origem à linhagem distinta dos Lulos.

Curiosamente, o brasão de armas da família apresenta três flor-de-lis, denotando sua vinculação com a casa real da França."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.

Sobrenome Naval


"Antigo sobrenome aragonês, originário da vila de Naval, no distrito judicial de Barbastro, na província de Huesca.

No ano de 1393, o rei Pedro de Aragão deu privilégio de nobreza a Fortunio Naval, como prêmio pelos seus bons serviços. Um ramal descendente de Fortunio fundou um solar fidalgo na localidade de Laspuña, próximo à vila de Benasque, no distrito de Boltaña, e outra ramal em Olvena, no distrito de Benabarre; ambos na província de Huesca. Desta última, houve uma linhagem derivada que se estabeleceu nas vilas de Torres del Obispo e Estadilla.

Na vila de Caspe, em Zaragoza, houve outra casa com este sobrenome, cujos descendentes foram sempre considerados fidalgos. Outra família assentou-se em La Puebla de Albortón, na mesma província, donde floresceu Agustín Naval, que alcançou a condição de Infanção perante a Real Audiência de Aragão, em 1788.

Outros fidalgos: Pedro Naval, natural de Capella, em Huesca, 1800; Francisco Naval, Infantaria, 1810, nobre; Eduardo Naval Arroyo, Infantaria, 1808, nobre.

Etimologicamente, Naval procede de 'nabal', que é uma forma regional para o termo latino 'napus', que significa 'nabo'. Portanto, o significado do sobrenome é 'lugar em que plantam nabos', "plantação de nabos'."

Fonte: Real Sociedade Aragonesa de Genealogia.