"A história começa pelos idos de 1900. Um simples povoado. Algumas casas. Sebastião Maia, primeiro morador. Depois vieram os Cardoso, os Raupp, os Rodrigues, etc... Essa gente veio do Litoral.
Em 1916, foi declarado Distrito de São Francisco de Paula. Jaquirana teve outros nomes: Vista Alegre pela bela localização em 1916, Vila do Chapéu, referente ao Morro do Chapéu, em 1938, sendo o ponto mais alto do município 1.086 metros acima do nível do mar e Jaquirana desde 1944, nome indígena YAQUI-RANA que vem do tupi-guarani, que significa Cigarra Cantadeira.
Constituição Étnica: 40% imigrantes portugueses, 30% imigrantes italianos, 20% imigrantes alemães e 10% imigrantes poloneses. Em janeiro de 1986 foi formada a Comissão Emancipacionista e dia 20 de setembro de 1987, o povo deu o sim na consulta plebiscitária, sendo que em 8 de dezembro de 1987 pela Lei no. 8.457 foi criado o município de Jaquirana. Em outubro de 1988 ocorreu a primeira eleição elegendo prefeito e vereadores que tomaram posse em 1o. de janeiro de 1989.
VULTOS HISTÓRICOS DO MUNICÍPIO
Sebastião Maia foi o primeiro morador, 1a. professora foi Deotília Cardoso Lopes, 1o. escrivão Vespúcio Porto Quadros, 1o. padre depois da criação da Paróquia São Sebastião foi Pe. Carlos Aumond e ainda Boaventura Rodrigues, Olavo Damkwart, Leopoldino de Oliveira Reis, líderes revolucionários, além de outros.
ÁREA E LIMITES
A área do município é de 895 km2, população em 1998 aproximadamente 6.000 habitantes. Limita-se ao Norte com Bom Jesus, ao Sul com Cambará do Sul e São José dos Ausentes e a Oeste com São Francisco de Paula. Quilometragem de estradas/distância entre municípios: Jaquirana a Bom Jesus 36 km, à Cambará do Sul 46 km, à São José dos Ausentes 51 km, à Caxias do Sul 110 km e a Porto Alegre 200 km.
RIQUEZA DO MUNICÍPIO
A principal fonte de riqueza do município é a madeira, por isso que chamamos Jaquirana a Capital da Madeira, onde há várias indústrias com incentivos a reflorestamento e florestamentos, madeira bruta, beneficiada e madeira de exportação. Na agropecuária, bovino de corte, produção de milho, feijão, maçã, pimentão, moranga e em pequena escala uva, caqui, pêssego, alho e mel.
A prefeitura de Jaquirana aposta no turismo e na instalação de mais empresas para empregar mão-de-obra. O município oferece esse potencial nas belezas de suas reservas naturais e na matéria-prima. Cercada por três rios - das Antas, Camisas e Tainhas - Jaquirana apresenta formações ideais para o turismo ecológico, visto as cascatas e paisagens dos campos e florestas. As principais atrações são a Cachoeira dos Venâncios (Rio Camisas), a Cascata Princesa dos Campos (Rio das Antas) e a Cascata Passo do'S' (rio Tainhas).
Na sede do município, o principal chamativo é o Morro do Cristo Redentor, onde há uma réplica da estátua do Corcovado, no Rio de Janeiro. Do alto de aproximadamente 100 metros é possível enxergar toda a cidade. É um local religioso dos habitantes.
Na área econômica, a exploração florestal está garantida. No entanto, a prefeitura pretende atrair empresas moveleiras ao município, para aproveitar o potencial madeireiro. Neste ano foram distribuídas 2 milhões de mudas de pinus, cultivadas no viveiro municipal, aos produtores. É uma forma de incentivar ainda mais a indústria de corte e beneficiamento de madeira.
Um bom exemplo da produção local é o Engenho Jaquirana, que vende aos Estados Unidos, mensalmente, 300 metros cúbicos de madeira."
Fonte: ATLÂNTICO (RS), 23 de Novembro de 1998, pág. 04