Páginas

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

A expansão portuguesa na Amazônia no século XVIII


"Durante o século XVII ocorre, o que Lia Machado (1989:28) denomina de 'primeiro sistema de controle territorial', baseado na construção de fortins nos locais de concentração de população indígena, com o objetivo de capturá-los e impedir sua aliança com as nações europeias, e na introdução de companhias religiosas com o objetivo de pacificar os indígenas. A área das missões ou 'território das missões' foi dividida entre várias ordens religiosas: carmelitas, franciscanos, mercedários e jesuítas, tendo sido a distribuição territorial das missões entre essas ordens regulamentada pela Coroa a fim de evitar conflitos de jurisdição. Assim sendo, os jesuítas ficaram com o sul do rio Amazonas até a fronteira com as possessões espanholas, abrangendo os rios Tocantins, Xingu, Tapajós e Madeira; os franciscanos da Piedade, ficaram com a margem esquerda do Baixo Amazonas e centro de Gurupá até o rio Urubu; os franciscanos de Santo Antônio, com as missões do Cabo Norte, Marajó e Baixo Amazonas; os mercedários com o vale do Urubu e os carmelitas com o vale dos rios Negro, Branco e Solimões.

'A Carta Régia de 21 de outubro de 1652 dava ao Padre Antônio Vieira ampla autorização para levantar igrejas, estabelecer missões, descer índios ou deixá-los em suas aldeias, tudo segundo julgasse mais conveniente, podendo requisitar dos governadores e demais autoridades quaisquer auxílio'.

Dentre todas as ordens que atuaram no Vale Amazonas, a dos Jesuítas foi a mais poderosa, pois a ela foi entregue a grande parte do poder de gestão da mão-de-obra (escrava) indígena.

Durante o século XVIII foram fundadas 62 freguesias, grande parte delas estabelecidas a partir das missões e aldeias administradas pelos missionários. Com a política pombalina essas missões passam à condição de vilas com a denominação de cidades portuguesas. As vila criadas foram as seguintes: Abaetetuba (1750); Aveiros (1751); Macapá e Ourém (1752); Colares, Maracanã, Muaná, Salvaterra, Soure e Souzel (1757); Acará, Alenquer, Almerim, Chaves, Curuçá, Faro, Melgaço, Monte Alegre, Óbidos, Oeiras, Portel, Porto de Moz e Santarém (1758); e Mazagão (1770), além de outras que foram consideradas povoados, devido à pequena população: Benfica, Monforte, Monsarás e Vila do Conde (1757); e Arrayolos, Alter do Chão, Boim, Esposende, Fragoso, Pinhel, Pombal, Veyros e Vila Franca (1758). A transformação das aldeias e missões em vilas por ordem de Mendonça Furtado, consistiu na mudança de nome, substituindo-se os nomes indígenas pelo de cidades portuguesas.

Foi o Alvará de 7 de junho de 1775, que determinou a conversão das aldeias em vilas e lugares, e segundo SIMONSEN:

'Havia por este tempo no Estado do Maranhão e Grão-Pará sessenta aldeias de índios, das quais cinco administradas por padres das Mercês, onze por Carmelitas, quinze por Capuchinhos e vinte e oito por Jesuítas. Pela simples operação de dar-lhes novos nomes, e mandar na praça do mercado de cada uma erigir um pelourinho, converteu Mendonça Furtado, estas últimas em nove lugares, dezoito vilas e uma cidade. O pelourinho (...) era nas vilas da Península Ibérica um pilar de pedra, de estilo por via de regra burlesco, (...), não pode Mendonça Furtado conter-se que não exclamasse: 'ora vejam com que facilidade de se faz uma aldeia, uma vila'.

'Tal era a configuração territorial do Brasil em 1757 quando no Governo Pombalino, os jesuítas foram expulsos, os seus bens confiscados pela Coroa e a tutela das aldeias arrancadas às Missões, passando aquelas à categoria de vila com as denominações primitivas alteradas para topônimos portugueses'.

Sebastião José de Carvalho, o Marquês de Pombal, foi encarregado pelo governo colonial por reformas como: a execução do tratado de limites (1750); o estabelecimento da Companhia Geral do Comércio do Grão Pará; o estímulo a agricultura de exportação (1755); a declaração da liberdade dos indígenas; o estímulo a miscigenação entre índios e portugueses; a expulsão dos jesuítas e de outras ordens religiosas e a introdução de escravos africanos para servir de mão de obra.

'Nas terras próximas à capital era praticado o cultivo de cana-de-açúcar e numerosos eram os engenhos e as engenhocas destinados à fabricação de aguardente. Entre as novas lavouras estimuladas por Pombal encontravam-se o cacau, o anil, o café, o algodão, o arroz branco, o cravo. Foram inclusive chamados na Europa especialistas em alguns produtos como o anil. Apesar de alguns aperfeiçoamentos técnicos e de algumas inovações, as tentativas não alcançavam resultados duráveis: só a cacauicultura apresentou êxito, principalmente na região de Cametá e Santarém, chegando a se constituir no principal produto de exportação'.

A partir desse momento, configura-se um novo sistema de controle territorial que, 'se apoiava em pelo menos quatro elementos: as fortificações; o povoamento nuclear; a criação de unidades administrativas; e o conhecimento geográfico do território'.

A criação das vilas esteve ligada à política pombalina, de expulsão dos religiosos com confisco de seus bens pela Coroa, tendo sido a tutela dos indígenas retirada das ordens religiosas. É o momento da criação das novas unidades administrativas (em 1755 é criada a Capitania de São José do Rio Negro, tendo Barcelos como capital) e a incorporação das capitanias privadas à Coroa.

Nas vilas passa a funcionar uma Câmara Municipal, cujos vereadores seriam eleitos entre os indígenas, e que teriam por objetivo estimular o desenvolvimento local. Também visava-se controlar e dar continuidade à exploração do trabalho indígena, além de prever o dízimo a ser pago por cada comunidade sobre o produto da lavoura no valor de 6%, com o objetivo de controlar a renda da produção agrícola:

'...Elevou os antigos aldeamentos de missionários à condição de vila (...), passando a funcionar uma Câmara Municipal, cujos vereadores foram tirados da massa indígena...'

A transformação das antigas missões em vilas foi somente formal, porque de fato o que ocorreu foi a desestruturação da organização produtiva dos religiosos. Em consequência, se verificou o esvaziamento populacional dos núcleos do vale do rio Amazonas e a permanência de uma população residual que subsistia por uma associação de economia de subsistência com a 'economia natural' local.

As iniciativas pombalinas só tiveram êxito no que se refere ao estímulo à agricultura de exportação, principalmente a do cacau. No entanto, se comparado ao Nordeste e Sudeste, o êxito foi modesto. Contudo, permitiu uma expansão das atividades agrícolas no Baixo Tocantins, onde Cametá, se tornou o principal centro de cultivo de cacau."

Fonte: TAVARES, Maria Goretti da Costa. A formação territorial do espaço paraense: dos fortes à criação de municípios. In: Revista ACTA Geográfica, ano II, no. 03, jan./jun. 2008, pág. 60-63


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Festa patriótica em Camaquã em 1892


"Festas patrioticas
EM CAMAQUAM

Um amigo descreve-nos do seguinte modo, de S. João Baptista de Camaquan, um sumptuoso baile ali offerecido pelo bello sexo aos nossos valorosos amigos que tomaram armas na gloriosa revolução de 17 de junho:

<<Marcharam, para Pelotas, o 11o. e 103o. corpos da Guarda Nacional, d'esta comarca. Era mais um grupo de heróes, em desaffronta da Patria, aviltada pela anarchia desenfreada, que chegou até ao assassinato!

Não chegaram, porém, ao seu destino; e voltaram felizmente, sem manchar suas armas no sangue fratricida.

Isto deu causa ao bello sexo de Camaquam - para offerecer-lhes um esplendido baile, de que nos vamos occupar.

Teve elle lugar no dia 6 de agosto, na camara municipal.

Fizeram parte da commissão promotora as exmas. sras. dd. Elvira de Azevedo do Espírito Santo, esposa do distincto juiz de direito interino d'esta comarca, dr. Terencio Francisco do Espírito Santo, d. Amelia de Souza e Silva e d. Celanira de Azevedo.

Incançaveis no cumprimento do dever que lhes impunha o patriotismo - conseguiram essas exmas. sras. ornamentar o vasto salão da Camara Municipal, com todo o esplendor.

Entre gentis arabescos de folhagem, se entrelaçavam mimosas flôres; predominando, em grande profusão, delicadas camelias. Finalmente, o salão da Camara apresentava o aspecto de um jardim aéreo.

Pelas distinctas promotoras foi offerecido ao Club Republicano de Camaquam, um lindo  quadro, bordado á seda, trabalho da exma. sra. d. Amelia de Souza, contendo o retrato de Julio de Castilhos.

Singular coincidencia!

Foi collocado o retrato do benemerito cidadão sobre imperceptiveis vestígios que deixou sobre a parede o retrato de Pedro II...

Ás 9 horas da noite, uma salva annunciou a chegada do estado-maior e officialidade do 11o. e 103o. corpos.

Uma commissão de senhoras foi recebel-os, dando o braço aos officiaes de graduação mais elevada; acompanhando-os, os outros. Chegados ao lugar de honra, a exma. sra. d. Celarina Azevedo, interessante e intelligente filha do major João da Silva Azevedo, como representante da commissão, disse-lhes:

<<Cidadãos! O motivo que, do intimo d'alma, e bom grado nosso, obriga-nos a fazer-vos a presente manifestação, é duplamente justo e nobre!

Os 11o. e 103o. corpos da Guarda Nacional, tendo em vista o patriotismo, a abnegação de todo cidadão que vê sua Patria aviltada, marcharam para desaffrontal-a!

Foi a pomba da arca da alliança - em busca do ramo de oliveira da legalidade!...

Abandonaram o lar as esposas, os tem os filhinhos - tudo o que mais amavam, porque justa era a causa.

Mas a Divina Providencia entendeu que suas armas não deviam ser manchadas no sangue de seus irmãos. Voltaram: - Eis o motivo pelo qual o sexo a que chamam fraco. Vos offerece o presente baile, nobres e dedicados soldados da causa da legalidade!

Viva o dr. Julio de Castilhos!

Viva o partido republicano!

Seguiu-lhe o coronel commandante superior, Patricio Vieira Rodrigues - agradecendo, em seu nome e no dos corpos a que se referia - a esplendida manifestação, de que tinham sido alvo.

Fez diversas apreciações sobre o governo decahido; seu estado de anarchia, que, felizmente, tinha desapparecido com o governo legal, etc.; terminando com diversos brindes.

Tomou a palavra o tenente-coronel Christovem d'Andrade, commandante do 11o. corpo, e disse que os corpos de guarda nacional a que se referia a exma. sra. d. Celanira d'Azevedo, não fizeram mais do que cumprir seu dever de republicanos e patriotas; historiou as atrocidades do governicho; em phrases vehementes, disse que a victoria da revolução de 17 de junho não o surprehendia; que ha muito considerava um facto consumado, porque conhecia o patriotismo do partido republicano, a confiança illuminada que este depositava em seu eminente chefe dr. Julio de Castilhos e, do quanto é capaz este illustre cidadão, a quem considera um verdadeiro ídolo, porque libertou um povo.

Tratou da organisação do partido republicano rio-grandense, do apparecimento de seu orgam A Federação, da sabia direcção que lhe deu Venancio Ayres, de saudosa memoria, e das glorias que em suas columnas colheu para si e para seu partido o illustre dr. Julio de Castilhos.

Assignalou os serviços prestados pelo coronel Patricio Vieira ao partido republicano d'esta localidade, de quem foi o fundador, disse que elle de um punhado de bravos, fez um exercito de combatentes. Demonstrou os assignalados serviços prestados ao partido pelo tenente-coronel Netto, e a quem tambem saudou, e terminou saudando á legalidade, o dr. Julio de Castilhos e o partido republicano rio grandense, sendo calorosamente applaudido por muitissimas e prolongadas palmas, etc.

Em seguida o tenente Napoleão José Ribeiro, pedindo a palavra, fez apologia da mulher, demonstrou sua importante missão social, a parte importante que tambem indirectamente lhe cabe nas luctas politicas e concluiu saudando o bello sexo. Começou o baile ás 10 horas da noite em que suas distinctas promotoras offereceram um calix de champagne aos officiaes presentes. O baile foi extraordinariamente concorrido, e n'elle reinou a melhor ordem possivel.

A commissão providenciou de modo que, ao aspecto da ornamentação a que nos referimos - juntou excellente copa, provida de deliciosas bebidas, doces - de tudo emfim de ha mister um baile esplendido - em toda a plenitude da palavra, como foi esse. Sabe nos o que é uma toilette chic. As que vimos, n'esse baile, nada deixam a desejar.

Ás 3 horas, concluido o baile retiraram-se os officiaes e mais convidados acompanhados pela musica. Concluimos com um viva ao bello sexo em geral e, com mais enthusiasmo, ao de S. João de Camaquam!>>"

Fonte:  A FEDERAÇÃO (RS), 23 de Setembro de 1892, pág. 02, col. 02-03

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

A proposta de nova divisão territorial do Brasil de 1931


Dois interessantes artigos publicados num jornal paulista em 1931, logo após a Revolução de 1930, que propunha, naquela época, uma nova divisão territorial no Brasil.


"Divisão territorial do Brasil - V
J. Testa

Esplanadas, nos artigos anteriores, as nossas idéas geraes sobre a questão, tentamos synthetizar o que dissemos e usar do assumpto as conclusões que elle nos sugere.

Vimos quaes as razões que militam em favor de uma revisão da nossa partilha geográfica: falta de eqüidade na divisão e desequilibrios della decorrentes, tanto no terreno economico quanto no politico; regionalismo; separatismo; rivalidades politicas e uma quasi hostilidade economica entre as unidades federadas.

Analysámos as varias soluções que têm sido aventadas para o problema - dos srs. Christiano das Neves, commandante Segadas Vianna e Sud Menucci - e vimos que as mesmas, apesar de habeis, especialmente a ultima, não resolvem todos os aspectos da questão, visto como, mantendo os mesmos nomes actuaes e Estados equivalentes, não solucionam o assumpto, transferindo-o apenas para outra ordem de idéas. Mudam-n'o de aspecto, mas seria sempre possivel recomeçar a discussão, no novo terreno.

A reforma que propomos é mais radical: o Brasil futuro não se parecerá em nada com o presente, sob esse ponto de vista; os nomes das unidades serão mudados, proscrevendo-se os antigos; as fronteiras actuaes se interpenetrarão, numa [ilegível] que não permittirá reconstituições; em vez de 3 ou 4 unidades equilibradas, o que daria, com pouca differença, a actual situação, teremos 10, alem de varias outras immediatamente collocadas; as regiões de pequena população e, pois, incapazes de se governarem a si proprias com a devida efficiencia, tornar-se-ão territorios; e, por ultimo, o retalhamento dos latifundios estaduaes presentes, permittirá ao paiz um maior desenvolvimento, além de acabar com o fantasma do separatismo.

Uma divisão assim feita, como já tivemos occasião de discutir, satisfaria de uma só vez a todas aquellas razões que acima apontámos.

Vejamos, agora, o modus faciendi. Ao contrario do que poderia parecer, não pretendemos preconisar uma formula rigida e inalteravel. Antes, ao contrario, o modo como se fará a divisão poderá obedecer a criterios variaveis, desde que só enquadre, de um modo geral, dentro daquellas normas que expuzemos. Por outras palavras, queremos dizer que o numero de 18 provincias e 10 territorios, que propomos, poderá ser levemente alterado, desdobrando-se, por exemplo, em duas a da Amazonia, ou subdividindo mais os territorios, sem que isso importe alteração á essencia do plano. Da mesma forma, as linhas divisorias poderão ser ou não naturaes e, ainda, na zona central, occupada pelos Estados de Diamantina, Guanabara, Itatiaya, Mogy Guassú e Tietê, poderia talvez ser estabelecida uma dupla fileira, de estados centraes e maritimos, para evitar as estensas linguas de terra que dariam os quaes propomos.

São, porém detalhes. De um modo geral, o plano que suggerimos é o representado no clichê amnexo. Daria elle em resultado 18 estados ou provincias, todos maritimos, com um maximo de 4.000.000 habitantes ou 400 mil km2, e um minimo de 1.000.000 de habitantes e 100.000 km2, mínimo esse que nos parece sufficiente para permittir a organização de um Estado.

Os territorios apresentariam uma media de 600.000 km2 a 700.000 habitantes, se fossem 10. Seria, entretanto, preferível augmentar-lhes o numero para 12 ou 15.

É evidente que os Estados occupariam a faixa litoranea, em cujos 2.500.000 de km2, approximadamente, se accumula 4/5 da nossa população. A 5a. parte, restante, que occupa no 'hinterland' cerca de 6.000.000 de km2, seria partida em territorios nacionaes, governados por mandatarios da União, até que futuramente, pudessem ser elevados a Estados, quando o seu desenvolvimento o permittisse. A futura constituição preveria esse caso, e, ou prescreveria uma reforma geral da divisão geographica em occasião determinada, ou requerida pelos interessados, ou estabeleceria a passagem automatica de cada territorio a Estado, desde que sattisfizesse ás condições exigidas, que seriam previamente fixadas.

Eis a divisão que proporiamos, e de que dá melhor idéa o 'clichê' ao lado:

Amazonia (parte de Amazonas e de Pará, até o Tocantins e o delta; cap. Manáos; sup. 400.000 km2 e popul. 1.000.000 habs.).

Gurupy (parte de Pará e de Maranhão, até o Mearim; cap. Belém; 200.000 km2 e 1.000.000 habs.).

Parnahyba (parte de Maranhão, de Piauhy e de Ceará, até o Acarahú; cap. Terezina; 180.000 km2 e 1.000.000 de habs.).

Nordeste (parte de Ceará, de Rio Grande do Norte e de Parahyba e de Pernambuco, até o Piranhas; cap. Fortaleza, 100.000 km2 e 1.800.000 habs.).

Borborema (parte de Rio Grande do Norte, de Parahyba e de Pernambuco até o Pajehú e o Capiberibe; cap. João Pessoa; sup. 120.000; e pop. 1.800.000).

Guararapés (parte de Pernambuco e todo o actual Estado de Alagoas, até o S. Francisco; cap. Recife; 110.000 km2 e 2.800.000 habitantes).

São Francisco (Sergipe e parte da Bahia, até o Jacuhype; cap. Salvador; 100.000 km2 e 2.000.000 habs.).

Paraguassú (parte do Estado da Bahia, do Jacuhype ao Pardo; cap. Ilhéos; 130.000 km2 e 2.000.000 de habs.).

Belmonte (parte da Bahia, de Minas e do Espírito Santo, do Pardo ao Doce; cap. Caravellas; 150 mil km2 e 1.000.000 de habs.).

Diamantina (parte de Espírito Santo, de Minas e do Rio de Janeiro, do Doce ao Parahyba; cap. Victoria; 100.000 km2 e 2.500.000 habs.).

Guanabara (parte dos Estados de Minas e Rio, do Parahyba á margem oriental da bahia de Guanabara; cap. Bello Horizonte; 100 mil km2 e 3.000.000 de habs.).

Itatiaya (Districto Federal, parte do Rio de Janeiro, de S.Paulo e de Minas, da margem occidental da bahia de Guanabara até Ubatuba; cap. Rio de Janeiro. 100.000 km2 e 4.000.000 de habs., inclusiveis 2.000.000 da Capital Federal).

Cafelândia ou Mogy-Guassú (parte de São Paulo, de Minas e de Goyaz; de Ubatuba até Bertioga, no litoral e alargando-se para o interior; cap. Ribeirão Preto; 120.000 km2 e 2.500.000 habs.).

Tietê (parte do Estado de São Paulo, de Bertioga até Itanhaen, no litoral, e abrangendo S. Paulo e Santos; cap. São Paulo; 100.000 km2 e 3.000.000 de habs.).

Tibagy (parte de S. Paulo e de Paraná, de Itanhaen a Paranaguá e subindo pelo Tibagy; cap. Corityba; 100.000 km2 e 2.000.000 de habs.).

Rio Negro (parte do Paraná, de Sta. Catharina, e do Rio Grande, até á ilha de Sta. Catharina, no litoral; cap. Florianopolis; 100.000 km2 e 1.000.000 de habs.).

Coxilha (parte de Santa Catharina e de Rio Grande, até Porto Alegre; cap. Porto Alegre; 120.000 km2 e 2.000.000 de habs.).

Pampa ou Piratiny (de Porto Alegre ao extremo sul; cap. Pelotas; 130.00 km2 e 1.200.00 habitantes)."

Fonte: DIARIO NACIONAL: A DEMOCRACIA EM MARCHA (SP), 20 de Março de 1931, pág. 04

"Divisão Territorial do Brasil - VI

(...)

Territorios. (...)

1) O primeiro territorio de Rio Branco, poderia ser constituido pela zona limitada entre os rios Branco, Negro e a Venezuela. A séde do governo seria Bôa Vista.

2) Viria, a seguir o de Rio Negro, a sudoeste desse, limitado entre esse rio e o Amazonas; capital S. Gabriel.

3) Javary, entre esse rio e o Juruá, abrangendo, nas cabeceiras, parte do Acre actual; cap. Cruzeiro do Sul.

4) Juruá, entre este rio e o Purus; cap. Teffé.

5) Madeira, entre o Purus e o Roosevelt; cap. Humaytá.

6) Tapajós, entre o Roosevelt e o Telles Pires, descendo pelo Tapajós. Essa zona é tão aspera como as anteriores, porém ainda mais deserta, donde o ser esse territorio talvez inexequivel, a menos que se fizesse especialmente uma conquista ao sertão bruto, a começar pela edificação de uma capital e pela construção de estradas.

7) Xingu, entre este rio e o Telles Pires. Nas mesmas condições do anterior territorio. As cachoeiras do Xingu, Tapajós, e seus affluentes, têm impedido, nessa zona, o accesso do seringueiro-bandeirante para o interior, como fez no Amazonas e Acre.

8) Araguaya, entre este rio e o Xingú. Já era possivel, aqui, obter-se uma capital em S. João da Barra. E o Araguaya, com pequenos trabalhos de desobstrucção, torna-se francamente navegavel. Haja vista o que realizou o heroico e malogrado Couto de Magalhães.

9) Tocantins, entre este rio e o Araguaya. Zona já perfeitamente aproveitavel, pelo interior de Goyaz. A cap. seria Bomfim ou Porto Nacional.

10) Planalto. Do Tocantins á Serra de Taguatinga, abrangendo também a metade sul do Maranhão. Capital em Palma ou Carolina.

11) Rio Grande, abrangendo o sul de Piauhy e de Ceará, oeste de Pernambuco e nordeste de Bahia, até o Rio Grande. Capital em Joazeiro, Petrolina ou Barra do Rio Grande.

12) Paracatu, sul da Bahia, norte de Minas e centro leste de Goyaz. Capital Januaria.

13) Cuyabá, centro de Mato Grosso e centro-oeste de Goyaz. Capital Cuyabá.

14) Corumbá, sul de Mato Grosso, menos a parte que formaria, com S. Paulo e Paraná, o Estado de Tibagy. Capital Corumbá ou Aquidauana.

15) Trombetas (zona fronteiriça da Guyana Ingleza, do Rio Branco ao Trombetas). Esta região, que o general Rondon ha pouco explorou e sobre a qual escreveu o sr. Gastão Cruls 'A Amazonia que eu vi', seria tambem, por ora, inaproveitavel, devido ás cachoeiras, a menos que se construisse uma estrada de penetração.

16) Oyapock. Zona pouco mais accessivel, do Trombetas ao Oceano. Poderia ser estabelecida a sêde do governo em uma das pequenas povoações que orlam o rio Parú."

Fonte: DIARIO NACIONAL: A DEMOCRACIA EM MARCHA (SP), 26 de Abril de 1931, pág. 04




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

O crime do Aldeamento de Nonoai


"Aldeamento de Nonohay

Ainda escripto e gravado se acha em letras de sangue, os tristes acontecimentos perpetrados pelos indigenas.

Ainda de toda a parte se ouvem os echos lamentaveis da viuva, e dos orphãos lançados ao desespero e miseria pela crueldade dos selvagens, que, despresando os mais doces afagos e saudaveis conselhos, prestes se apresentão em empolgar a seta mortífera contra aquelle que, com os mais sollicitos cuidados esparge sobre elles exemplos de virtude, e amor paternal.

Ainda com dôr commemora-se o dia 8 de Janeiro de 1856, em que teve lugar o assassinato na pessoa do digno cidadão Clementino dos Santos Pacheco, que, albergando carinhoso os Indigenas, teve por premio no albor de seus dias, uma morte cruel, deixando em inconsolavel dôr a terna esposa, e perda irremediavel à patria, e amigos: mas, ainda assim, os habitantes deste malfadado municipio (Passo Fundo) nutrirão esperanças com a directoria do mui digno tenente coronel José Joaquim de Oliveira, que, incorruptivel em sua sã moral e virtudes, administra com docil genio e cathequese de Nonohay; e decorridos hão tres annos e cinco mezes depois de tão memorial acontecimento, quando surge de novo no meio do paz e harmonia, a discordia, e o crime entre os dous toldos administrados por tão illustre director, com estado de achar-se hoje o mesmo, e mais habitantes do municipio, em sentinella alerta, esperando a cada instante serem victimas de tão irreconciliaveis filhos das selvas, brutaes indigenas; porquanto tendo desapparecido dois indios do toldo de baixo, o cacique Jacintho e outro de nome Salvador, presumen os mais indios do dito toldo, que forão elles assassinados pelos indios do toldo de cima, em razão da rivalidade que ha muito reina entre elles; cuja presumição deu lugar, a que se retirasse do aldeamento o indio Antonio Prudence, e cacique Fongue, com todos os mais indigenas alojados no mesmo toldo, e se fossem acampara na costa do matto; cujo procedimento sendo estranho ao digno director Oliveira, foi ter com elles afim de conduzil-os ao aldeamento mas que! qual não foi o sobresalto deste, quando chegando ao lugar onde elles estávão acampados, em vez de ser recebido com o respeito e humildade de que sempre foi credor, é aceito no meio das lanças e ar carrancudo d'aquelles que sempre lhe renderão homenagens?! O septuaginario e virtuoso director indifferente a tão estranho proceder, exhorta-os, chama-os ao gremio da paz, procede ás mais sérias investigações no descobrimento dos dois indios: mas que! nada descobre, e, em desharmonia permanece os dois toldos, e só se espera o momento de apparecer a luta entre elles, o assassino, e o roubo entre os habitantes do municipio, caso não houver providencias energicas a respeito.

Eis pois, a exposição fiel d'um Passo-Fundense, que, amante da paz e da ordem, e conhecedor do perigo de que está imminente leva ao conhecimento do publico o procedimento dos indigenas, afim de que seja sua exposição tomada em consideração, e se administre ao digno director Oliveira os recursos necessarios para manter a ordem e tranquilidade dos indigenas.

Passo Fundo, 20 de julho de 1859."

Fonte: O CONCILIADOR (RS), 10 de Agosto de 1859, pág. 02, col. 03, pág. 03, col. 01

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Padre Ozy Fogaça - Reportagem nacional em 1980


"Padre Fogaça: 'Ou faço a cabeça do prefeito, ou não me chamo Salomé.'

Reportagem de Marina Wodtke

Com o mesmo desembaraço com que distribui hóstias a seus fiéis, o padre gaúcho José Ozy Alves Fogaça, de 50 anos, joga futebol, faz pronunciamentos na Câmara Municipal de Pelotas no Rio Grande do Sul, advoga com habilidade na defesa de réus, fala aos microfones da Rádio Cultura e ainda tem tempo para cair na folia e brincar no carnaval - desta vez vestido de Salomé. Esta não é a primeira vez que ele sai no mais famoso carnaval gaúcho, o da cidade de Pelotas, a 350 quilômetros de Porto Alegre. Em 1972, o padre resolveu fazer parte de um bloco burlesco, o Bafo da Onça, vestido de jogador de futebol. Ele lembra que 'o pessoal do bloco sempre ensaiou na minha paróquia, a dos bairro Augusto Simões Lopes'. E conta: 'Os ensaios eram num terreno baldio, desocupado, próximo à igreja. Naquele ano, porém, alguém resolveu fazer uma roça de milho e acabou com o carnaval. Então pedi licença para usar o salão da minha paróquia a Nossa Senhora Aparecida. Permiti porque não tinha motivo para dizer não aos meus fiéis. A partir daí, acompanhei os ensaios e, quando todos estavam prontos para enfrentar a avenida, alguém me convidou: Vamos entrar nessa, padre Ozy? Apareceu uma peruca loira, que botei na cabeça, e usei o meu velho uniforme de futebol. Saí com o bloco, pensando: Seja o que Deus Nosso Senhor quiser'.

Desse memorável carnaval em diante, padre Ozy não abandonou mais a avenida, apesar das críticas do clero local e da própria sociedade pelotense, uma das mais tradicionais e fechadas do Rio Grande do Sul. 'Sempre gostei do povo e, gostando do povo, nunca deixei de amar o carnaval, a união perfeita de todas as classes sociais, talvez uma das formas democráticas mais puras'. Um ano depois, para o aborrecimento do bispo diocesano, Dom Antônio Záttera, o padre vestiu-se de Emerson Fittipaldi e recebeu os aplausos do público que se acotovelava na Avenida Pedro Osório, onde se realiza o carnaval pelotense. Dom Záttera proibiu o Padre Fogaça de participar novamente de 'semelhantes festejos populares'. Admoestado durante dois anos, ele apenas acompanhou os festejos de longe, como presidente do Bloco Burlesco Bafo da Onça, que congrega mil dos dez mil habitantes do bairro Augusto Simões Lopes. Em 1977, voltou a desfilar na avenida fantasiado como Político dos Anos 30, numa sátira ao início da ditadura getulista e, em 78, subiu num carro alegórico ironizando a sua própria profissão, a de radialista. No ano passado, para não ser inquirido por um tribunal eclesiástico, ele preferiu uma participação mais modesta. Contentou-se em comentar para o rádio o carnaval pelotense.

Este ano, Padre Ozy resolveu rasgar a bandeira e fazer a sua cabeça e a de todos os paroquianos, saindo no carnaval com duas fantasias, a de Salomé - a personagem de Chico City - e como integrante da Comissão de Frente da Escola de Samba General Telles, já que o Bafo da Onça não desfila. Ele explica o porquê da Salomé. 'Em novembro de 76 fui eleito vereador pela Arena com 2.004 votos. O MDB elegeu o prefeito e a maioria na Câmara Municipal, 11 contra dez. Como a Salomé critica a situação, resolvi fazer a cabeça do Prefeito Irajá Andara Rodrigues, nosso João Baptista'. Fogaça, na verdade, é admirador do Presidente João Figueiredo, tanto assim que foi um dos primeiros a assegurar a sua participação no PDS.

'Não sou eu quem está com ele, é o João que está comigo'. Além de ser um dos politicos locais mais votados, o  Padre Fogaça já está na mira das velhas raposas da política pelotense que não sabem se dão a ele o cargo de vice-prefeito ou o fazem deputado estadual nas próximas eleições. 'Se eu for escolher, fico como vereador mesmo. Dá mais trabalho, mas permaneço mais perto do povo'.

O tradicional estilo populista é cultivado pelo Padre Ozy Fogaça que tem, diariamente, às 10 horas, um programa de cinco minutos na Rádio Cultura de Pelotas. É o Fala o Povo, que detém o maior Ibope da cidade. 'Recebo 20 cartas por dia apoiando ou dando contra aquilo que eu falo. Isso é ótimo porque o povo me ouve e se manifesta'.

Outra maneira que o religioso descobriu para estar perto da população é como assistente jurídico da SANSA (Sociedade Assistencial Nossa Senhora Aparecida), entidade vinculada à paróquia que ele dirigia até há um ano. Foi o próprio Ozy quem criou a SANSA e, segundo as línguas mais ferinas da cidade, ele quis passar os bens da entidade para a Fundação Assistencial Doutor Padre Ozy Alves Fogaça. Dom Antônio Záttera processou-o por 'reter para usos próprios bens da diocese'. Além disso, impediu-o, em 19 de fevereiro de 1979, de rezar missa, ministrar sacramentos e declarou-o excomungado. Em agosto do ano passado, pouco depois de voltar atrás em suas decisões, Dom Antônio Záttera aposentou-se, deixando o explosivo caso do Padre Ozy (Zizi para os íntimos) nas mãos de seu sucessor, Dom Jayme Chemello, com quem Fogaça mantém boas relações.

'Atualmente a Igreja não tem nada contra mim. Estou pensando até em voltar a ter uma paróquia. Ou, talvez, em ser capelão do Presídio Central, logo após o carnaval'.

Na verdade, Padre Ozy está licenciado da Igreja. O afastamento aconteceu logo após a sua decisão de concorrer à vereança da cidade. 'Dom Antônio, na ocasião, fez um pronunciamento afirmando que nenhum religioso poderia apoiar ou candidatar-se por qualquer partido. Entendi as palavras como uma indireta para mim e pedi um afastamento provisório', afirma o pároco gaúcho. E continua: 'Completei 25 anos de sacerdócio e quero voltar a ter uma paróquia, apesar de achar melhor atuar na Câmara de Vereadores, onde falo e sou rebatido, do que no púlpito, onde falo e ninguém diz nada contra'.

Além das atividades tão variadas, como comentarista de rádio, vereador, advogado, jogador de futebol, folião, Padre Ozy também encontra tempo para cultos profanos e cultiva uma velha amizade com a umbanda. Ele é sócio-honorário do Centro Espírita e Umbandista Nossa Senhora da Conceição e não perde a festa de Iemanjá, realizada todos os anos, no dia 2 de fevereiro. 'Acredito na doutrina da Igreja Católica e no ritual de umbanda', afirma. 'Sabe, como tudo que me tem acontecido, confio na força natural dos pretos velhos', diz o padre, que anuncia jamais ter jogado búzios e não saber quem é seu guia de cabeça. Apesar disso, declara-se devoto de São Jorge.

De uma forma contraditória, no entanto, ele se diz favorável ao pensamento do temível religioso francês Lefebvre, é admirador incondicional do cardeal gaúcho D. Vicente Scherer, e bom conhecedor da doutrina de João Paulo II. Aliás, é com os atos do Papa que ele justifica os seus. 'Se João Paulo II foi à Turquia e celebrou culto numa Igreja Ortodoxa, não vejo por que eu não possa participar das cerimônias de umbanda, tão próxima a nós. E, afinal, é uma maneira que eu encontro de trazer católicos perdidos de volta ao seio da Igreja. Todos sabem que a religião católica está passando por uma crise. Os fiéis estão se afastando dos templos e todas as maneiras são válidas para atraí-los de volta'. Padre Ozy admira os cultos em latim. 'O povo gosta de coisa que não entende. É por isso que frequenta a umbanda e adora o linguajar ininteligível dos pretos-velhos. Se o latim ainda vigorasse, o mistério permaneceria e teríamos mais gente nas igreja aos domingos'.

As posições do Padre Ozy Fogaça, no entanto, além de não agradaram à Igreja, também não são bem recebidas por seus próprios colegas da Câmara de Vereadores. Logo após anunciar que sairia neste carnaval vestido de Salomé, foi seriamente advertido. Um de seus colegas, o líder emedebista (hoje PMDB) Edmundo Wendt pediu a sua cassação baseado 'na falta de decoro parlamentar' e ameaçou-o, inclusive, de linchá-lo se fosse à avenida fantasiado. 'Dei parte à polícia e estou me cuidando, afinal não tenho o corpo fechado e não sei se numa hora dessas meu São Jorge possa vir me dar proteção', revela o padre.

Os demais colegas são mais discretos em suas censuras. José Karini, ex-Arena, diz que não acha certo, mas que 'cada um sabe de sua vida'. Francisco de Paula Morais (PMDB), presidente da Cãmara, afirma que 'seria melhor o padre conter seus impulsos burlescos longe dos olhares e críticas do povão'. Diz ainda: Não acho certo ele sair com uma fantasia satírica. Ele poderia se conter e ser menos espalhafatoso'. Mas o Padre Ozy vai em frente e afirma que este ano vai mesmo é 'sair de Salomé e fazer a cabeça de todo João Batista que atravessar o meu caminho'."

Fonte: MANCHETE (RJ), 23 de Fevereiro de 1980, edição 1453, pág. 14-15

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Nossa visita a Balneário Arroio do Silva, Santa Catarina


Nossos registros fotográficos de nossa visita à cidade de Balneário Arroio do Silva, sul de Santa Catarina. Cidade encantadora, belas praias e um interessante e barato centro de compras. Vale a visita!



Nossa visita à Araranguá, Santa Catarina

Center Shopping de Araranguá

Nossos registros fotográficos de nossa visita à cidade de Araranguá, Santa Catarina, em janeiro de 2019. 


Igreja Nossa Senhora Mãe dos Homens

Monumento a Iracy Luchina


Aspectos da cidade de Araranguá


Nossa visita a Morro dos Conventos, Araranguá, Santa Catarina

Entardecer na Praia do Paiquerê, Balneário Morro dos Conventos, Araranguá, Santa Catarina

Estivemos neste último mês de janeiro de 2019 no lindíssimo e tranquilo Balneário Morro dos Conventos, localizado na cidade de Araranguá, sul do estado de Santa Catarina. Esses são os nossos registros fotográficos deste aconchegante lugar. Vale a pena a visita!


Foto da entrada do balneário

Falésia

Farol de Morro dos Conventos

OktoberSummer - evento de inspiração germânica organizado no verão em Morro dos Conventos




Praia do Paiquerê, Morro dos Conventos




Vista do Rio Araranguá a partir do Morro do Farol



Praia vista a partir da pista de voo livre

Pista de voo livre

Encontro do Rio Araranguá com o Oceano Atlântico


Conjunto residencial do Paiquerê

Detalhe da natureza local

Caminho para a Praia do Paiquerê

Praia do Paiquerê