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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Histórias Curiosas XLVIII

Conta-nos um colaborador nosso, ex-policial civil, que, tendo exercido a profissão entre os anos de 1986 a 2002 na região metropolitana de Porto Alegre, presenciara um curioso fato em suas investigações criminais. Curioso e cômico pelo desfecho inusitado.

Por volta de 1994, 1995, nosso amigo atuou na região da Cidade Baixa, em Porto Alegre. A Delegacia de Polícia a qual trabalhava começou a receber uma série de denúncias de um tarado que assolava a região, atacando moças jovens, principalmente estudantes. Várias mulheres descreveram os ataques do tarado, tendo ocorrido alguns casos de tentativa e, em outros, o estupro se consumou. A polícia mobilizou-se em busca do homem, com várias diligências e uma investigação criteriosa. Tanto o retrato falado quanto o modus operandi do criminoso eram convergentes. Não seria portanto difícil encontrá-lo e prendê-lo.

Só que havia um detalhe na investigação que surpreendeu os policiais. As mulheres que relataram ter sido violentadas fisicamente, após os depoimentos, eram encaminhadas à perícia médica. Só que os resultados que vinham normalmente eram classificados como inconclusos. Isto é, em algumas mulheres não se podia afirmar que houve penetração de fato ou ainda não se podia afirmar que houve violência física que configurasse violência sexual. Somente em algumas perícias foi constatada a presença de esperma nas roupas íntimas de algumas moças. Todavia, apesar disso, os investigadores prudentemente concordaram que não podiam descartar o depoimento de várias mulheres traumatizadas, além de testemunhos de terceiros e várias evidências. Embora, as dúvidas levantadas pelas perícias tivessem trazido um mistério para a resolução do caso.

Logo, porém, encontraram e prenderam o sujeito: magérrimo e maltrapilho. Ao levarem para a delegacia o criminoso, interrogaram-no e ele admitiu as tentativas e os estupros. Só que esse nosso amigo (o que nos relata esta história) e mais dois outros policiais quiseram tirar a história a limpo. Levaram o sujeito para uma salinha nos fundos da delegacia e ordenaram que ele abaixasse as calças e a cueca. Em seguida, pediram que ele se masturbasse na frente deles, mesmo com o sujeito ali completamente indefeso. Foi daí que o mistério foi resolvido. Sem precisar terminar o ato vexatório, os três policiais ordenaram que o sujeito parasse e tiveram a resposta dos ditos resultados inconclusos das perícias: a "arma" do estuprador se resumia a meros oito centímetros!!

Nota: A história é publicada pelo seu aspecto inusitado, mas de forma alguma deve ser lida como uma forma de minorizar o crime de estupro.