Por volta da década de 60 apareceu no antigo Instituto
Agronômico do Sul, um doutor pesquisador que tinha por apelido “Potó”. Adepto
de muita teoria, mas pouco afeito a prática, resolveu desenvolver uma pesquisa
sobre o cultivo de amendoim.
Lavoura
preparada pelos funcionários do instituto, ele somente supervisionava e dava
ordens, na verdade, indo muito pouco ao local acompanhar o manejo da plantação.
Conforme a plantação começou a crescer, passou a levar os colegas para ver a
lavoura, o que considerava ser um exemplo de técnicas agronômicas aplicadas à
pesquisa.
Entretanto,
logo veio à decepção, pois a folha começou a secar e, em seguida, o restante da
planta. Indignado com o resultado, Potó considerando que a pesquisa tinha sido
um verdadeiro fracasso, de que suas técnicas não tinham valido nada, ordena a
seus subordinados que não se comente o ocorrido com ninguém e que se arranque e
queime toda a plantação.
Um dos
funcionários, meio que inconformado com a decisão do doutor, argumenta com o
Potó:
- Mas
doutor, o amendoim é de excelente qualidade!
- Se
isso prestasse, tinha algum pé de fruta! Mas olha... Secou tudo! – retrucou o
Potó.
O peão
interfere de novo e arranca um pé da planta e mostra ao Potó uma cachopa da
fruta (expressão que o próprio Potó gostava de usar).
Resumindo,
o eminente doutor pesquisador não sabia que amendoim dava debaixo da terra.