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segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Lenda do Baú das Moedas de Ouro por Felipe Brandolin

E-mail recebido pelo autor do blog, enviado pelo Sr. Felipe Brandolin, na data de 04/07/2011, às 21:40h:

"Professor Joaquim Dias,
  
Com certa e grata surpresa tive a felicidade de encontrar no Blog CAPÃO DO LEÃO HISTÓRIA CULTURAL [sic} o nome do meu estimado e já falecido amigo Carlos Maldonado Fuentes, que muito me marcou com sua alegria, convivência e proezas. Achei interessantíssimo sua iniciativa de publicar a história que por tantos anos ouvi falar da boca do velho Carlitos Fuentes. Era um amigo ímpar! Sem igual, para ser verdadeiro. Entretanto, contador de causos como só ele.
A história do Caderno da Dorotea tem um fundo de verdade sim. Só que o amigo Carlitos e é bom dizer aumentava muito o que descobria. Não inventava, mas aumentava as estórias de dar dó. O tal caderninho que ele uma vez nos mostrou para mim, para o João Renato, para o Paulo e para o Castelhano, fala de algo escondido no Capão do Leão, porém não se sabe se é ouro ou não. A tal de Dorotea escreveu que uns disseram pra ela que podia ser ouro aquilo que tinha sido enterrado, mas nem ela mesmo afirmava isso com todas as letras. Tem outra coisa também. Não pensa que o Carlitos só andou por aí atrás de ouro. Ele percorreu esta fronteira de ponta a ponta atrás de ouro. Onde havia estória ele ia. Umas eram verdadeiras, outras ela chegava lá e não era nada. A única coisa que sei que ele encontrou uma vez foi um bocal de prata, que ele dizia que era do Gumercindo Saraiva. Sei lá! Mas este homem colecionou histórias Rio Grande afora.
Ele também tentou fazer um livro sobre a história de Bagé e região, juntou um monte de coisas, mas jamais publicou nada. Sei que muita coisa ele perdeu quando fizeram uma limpeza geral na chácara dele e tem uns familiares dele que acharam que aquilo era papel velho e queimaram.
O João Renato jura que foi junto o caderninho da Dorotea que o Carlitos tanto falava e é possível que tenha ido mesmo. Mas teria valido a pena o sr. professor ter conhecido ele. Como o Carlitos tinha estórias. Não havia churrasco ou mocotó dos amigos ou parentada que ninguém parasse para ouvir o Carlitos.
Queria poder ajudar o senhor com mais informações, mas só sei que tem um filho dele e faz já muitos anos que não o vejo que estaria morando em Viamão. Só isso que sei dizer.

[parte intencionalmente suprimida: informações pessoais]

Amigo, meu grande abraço pra ti e parabéns pelo teu projeto."

Felipe Brandolin
Caçapava do Sul/RS